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14 de Maio de 2024

A Palavra de Deus na Bíblia (4): Interpretação e tradução da Bíblia

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A Palavra de Deus na Bíblia (4): Interpretação e tradução da Bíblia

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11/07/2015 14:19 - Atualizado em 13/07/2015 14:54

A Palavra de Deus na Bíblia (4): Interpretação e tradução da Bíblia 0

11/07/2015 14:19 - Atualizado em 13/07/2015 14:54

A interpretação dos textos bíblicos continua a suscitar em nossos dias um vivo interesse e provoca importantes discussões. Elas adquiriram dimensões novas nestes últimos anos. Dado à importância fundamental da Bíblia para a fé cristã, para a vida da Igreja e para as relações dos cristãos com os fiéis das outras religiões, a Pontifícia Comissão Bíblica foi solicitada a se pronunciar a esse respeito (Pontifícia Comissão Bíblica (PCB), 1993).

1. A Hermenêutica Bíblica Judaica

A criação da exegese judaica1 ocorreu no período anterior à revolta macabéia:

Os macabeus (do hebraico מכבים ou מקבים, makabim ou maqabim, “martelos”; em grego: Μακκαβαῖοι, AFI: [makav›εï]) foram os integrantes de um exército rebelde judeu que assumiu o controle de partes da Terra de Israel, até então um Estado-cliente do Império Selêucida. Os macabeus fundaram a dinastia dos Hasmoneus, que governou de 164 a 37 a.C., reimpuseram a religião judaica, expandiram as fronteiras de Israel e reduziram no país a influência da cultura helenística. Seu membro mais conhecido foi Judas Macabeus, assim apelidado devido à sua força e determinação. Os macabeus durante anos lideraram o movimento que levou à independência da Judeia, e que reconsagrou o Templo de Jerusalém, que havia sido profanado pelos gregos. Após a independência, os hasmoneus deram origem à linhagem real que governou Israel até sua subjugação pelo domínio romano em 37 a.C2.

Grande número de “correções”(tiqunêsoperin) foi obra de escribas saduceus.

Durante o tempo de Cristo e do Novo Testamento, aqueles que eram saduceus eram aristocratas. Eles tinham a tendência de ser ricos e de ocupar cargos poderosos, incluindo o cargo de primeiro sacerdote e de sumo sacerdote. Eles também ocupavam a maioria dos 70 lugares do conselho regente chamado de Sinédrio. Religiosamente, os saduceus eram mais conservadores na área de doutrina do que os fariseus. Os fariseus enxergavam a tradição oral como tendo autoridade igual à Palavra escrita de Deus, enquanto os saduceus consideravam apenas a Palavra Escrita como sendo de Deus. Os saduceus trabalhavam arduamente para preservar a autoridade da Palavra escrita de Deus, especialmente os livros de Moisés (Gênesis até Deuteronômio). Enquanto eles poderiam ser elogiados por isso, eles definitivamente não foram perfeitos em suas opiniões doutrinárias3

Personagens da época hasmonéia de modo que os fariseus herdaram um texto já corrigido:

As moedas revelam a unidade e aspirações dos Hasmoneus, que a princípio foram reconhecidos apenas como sumos sacerdotes e governantes dos judeus, mas, a partir de Aristóbulo (104-103 aC), assumiram o título de reis, apesar da vigorosa oposição dos fariseus. Conforme foram estendendo suas conquistas territoriais tornaram-se mais cruéis, porém se enfraqueceram por crescentes divisões políticas e religiosas. Os saduceus, aristocracia de filiação partidária, teriam uma atitude liberal e veriam com bons olhos o ajuste aos novos tempos. Os fariseus (“separados”), no entanto, levantaram-se em oposição a Alexandre Janeu, e buscaram o isolamento na vida nacional, defenderam o ascetismo e acusaram os governantes da época de interferir com o cumprimento da promessa de Deus através da casa de Davi4.

Para falar de gênesis e desenvolvimento da interpretação bíblica das épocas persa e helenística, diversos são os fatores a serem considerados:

Escritos tardios, ou “deutero-canônicos”: como as coleções da literatura sapiencial e apocalíptica constituíssem necessariamente uma interpretação e reflexão sobre os livros e tradições de época anterior, também os “apócrifos”, livros sem valor para a coleção sagrada (cânon), prosseguiram no esforço de atualização e reescritura dos textos bíblicos;

Muitos textos bíblicos já ofereciam dificuldades de intelecção, além de verdadeiras corrupções textuais, exigindo todo um esforço de interpretação;

Momentos de ameaça de desintegração sociorreligiosa, como o exílio da Babilônia fez necessária a criação de “releitura” e uma nova compreensão de velhos textos legais e tradições históricas;

A necessidade de traduzir textos sagrados dos hebraicos para a língua aramaica, e para língua grega, obrigava a um grande esforço de interpretação e de atualização dos textos hebraicos.

Para muitos autores, a Escritura é a primeira intérprete de si mesma. Um fenômeno de intertextualidade5, na verdade, no tocante à formação de textos antigos, como aqueles do AT, no qual não cabe estabelecer um corte radical entre a forma final de um texto e os comentários posteriores. Desde os começos da tradição bíblica, a interpretação é parte integrante do seu texto.

O problema da interpretação da Bíblia não é uma invenção moderna como algumas vezes se quer fazer crer. A Bíblia mesma atesta que sua interpretação apresenta dificuldades. Ao lado de textos límpidos, ela comporta passagens obscuras. Lendo certos oráculos de Jeremias, Daniel (Dn 9,2) se interrogava longamente sobre o sentido deles (PCB, 1993).

Os profetas clássicos do oitavo século inspiraram-se em tradições antigas, para interpretar os acontecimentos de sua época. Seus discípulos não fizeram outra coisa que continuar este processo interpretativo, criando e recriando o texto. O processo da interpretação continuará, inclusive, depois da estabilização do texto.

O judaísmo está totalmente conformado pela interpretação da Escritura. É o judaísmo do período farisaico que estabelece uma ponte entre a Torá6 revelada e a interpretação da mesma transmitida na Tradição, projetando, no Sinai, o início desta relação. Deste modo, a interpretação revela novos significados, alcançados, não por revelação direta, mas através do trabalho exegético.

Na história da interpretação judaica, um dado importante é a tradição histórica, na qual o elemento hermenêutico reside na convicção de que a tradição é regra de exegese de textos sagrados.

Isto é, o contexto da recepção de textos torna-se critério hermenêutico para entender e reescrever outros textos. Isto porque, para eles, a revelação (fonte de autoridade e a função do texto escrito) não era nem imediata, nem direta. Esta se produz sempre em contacto com a tradição autorizada que a transmite e interpreta.

No caso das relações entre os textos e exegese, pode-se distinguir, a partir de pontos de vista diversos: a Escritura (= textos bíblicos) é à base da exegese, que, por princípio, é derivada, ou pelo contrário, a Escritura é ela mesma um texto interpretado e a quinta-essência de toda a tradição interpretativa7.

Nesta perspectiva, A Bíblia é o precipitado último de um longo processo exegético (Trebolle, 1996.p. 515). O texto bíblico nasceu imerso numa corrente de tradições orais e foi sempre acompanhado por um corpo de comentários orais, a Mishná rabínica8 (a tradição oral por excelência do Judaísmo), pois a tradição oral nunca deixou de influir na interpretação do texto bíblico e, inclusive, na sua própria conformação.

Referências:

1TREBOLLE, J.B. A Bíblia Judaica e a Bíblia cristã. Introdução à História da Bíblia. Petrópolis: Vozes, 1996, p. 511-592.

2http://pt.ask.com/wiki/Macabeus Acesso 10/06/2015.

3Leia mais:http://www.gotquestions.org/Portugues/Saduceus-Fariseus.html#ixzz3dEoLl7MC

4http://estudandoprofecia.blogspot.com.br/2012/09/periodo-entre-dois-testamentos.html Acesso 10/06/2015.

5A intertextualidade ocorre quando um texto está inserido em outro texto, podendo acontecer de maneira implícita (sem citação expressa da fonte) ou explícita (quando há citação da fonte do intertexto). Muitos compositores e escritores brasileiros utilizaram-se desse recurso, elaborando um texto novo a partir de um texto já existente, os chamados textos fontes, considerados fundamentais em uma determinada cultura por fazerem parte da memória coletiva de uma sociedade. Pensemos na estrutura da palavra intertextualidade: o sufixo inter, de origem latina, refere-se a uma noção de relação, dependência. Dessa forma, podemos dizer que a intertextualidade acontece quando os textos conversam entre si, estabelecendo assim uma relação dialógica, representada em citações, paródias ou paráfrases. Sua importância é inquestionável para a leitura e a produção de sentidos, pois realça o estudo da coerência através do conhecimento declarativo ou através do conhecimento construído a partir de nossas vivências. http://www.portugues.com.br/redacao/intertextualidade/ Acesso 10/06/2015.

6Torá (do hebraico ת??????ּוֹרָה, significando instrução, apontamento, lei) é o nome dado aos cinco primeiros livros do Tanakh (também chamados de HamishaHumsheiTorah, ח??? ????? ????משהחומשיתורה - as cinco partes da Torá) e que constituem o texto central dojudaísmo. Contém os relatos sobre a criação do mundo, da origem da humanidade, do pacto de Deus com Abraão e seus filhos, e a libertação dos filhos de Israel do Egito e sua peregrinação de quarenta anos até a terra prometida. Inclui também os mandamentos e leis que segundo o judaísmo tradicional, foram dadas a Moisés para que a entregasse e ensinasse ao povo de Israel. Chamada também de Lei de Moisés (ToratMoshê, ת?????????????)ּוֹרַת־מֹשֶׁה), por vezes o termo “Torá” é usado dentro do judaísmo rabínico para designar todo o conjunto da tradição judaica, incluindo aTorá escrita, a Torá oral (ver Talmud) e os ensinamentos rabínicos. http://br.ask.com/wiki/Tor%C3%A1?lang=pt&o=2801&ad=doubleDownan=apnap=ask.com Acesso 10/06/2015.

7A costumeira tradução de Midrashim como “lendas,” fábulas” ou “contos” é não somente inadequada, como na verdade, errônea. O termo “Midrashim” é derivado do radical hebraico darash, que significa pesquisar, investigar. O Midrash, então, é uma exposição dos pessukim (versículos) da Torá, que foi extraído por Nossos Sábios depois de eles terem sondado as profundezas de cada passuk e todas as palavras e letras ali contidas, na busca por seu verdadeiro significado. Segundo a tradição Sinaítica, as palavras da Torá podem ser explanadas pelos Sábios de Torá em diversos níveis de entendimento. Todos eles são verdadeiros, pois D’us criou a Torá de tal maneira que cada uma de suas palavras e letras está imbuída de significado, dando margem a grande número de interpretações. http://www.chabad.org.br/datas/shavuot/a%20tora/midrashim.htm Acesso 10/06/2015.

8WEINGREEN, J. From Bible to Mishna. The Continuity of Tradition, Orford, 1959.




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A Palavra de Deus na Bíblia (4): Interpretação e tradução da Bíblia

11/07/2015 14:19 - Atualizado em 13/07/2015 14:54

A interpretação dos textos bíblicos continua a suscitar em nossos dias um vivo interesse e provoca importantes discussões. Elas adquiriram dimensões novas nestes últimos anos. Dado à importância fundamental da Bíblia para a fé cristã, para a vida da Igreja e para as relações dos cristãos com os fiéis das outras religiões, a Pontifícia Comissão Bíblica foi solicitada a se pronunciar a esse respeito (Pontifícia Comissão Bíblica (PCB), 1993).

1. A Hermenêutica Bíblica Judaica

A criação da exegese judaica1 ocorreu no período anterior à revolta macabéia:

Os macabeus (do hebraico מכבים ou מקבים, makabim ou maqabim, “martelos”; em grego: Μακκαβαῖοι, AFI: [makav›εï]) foram os integrantes de um exército rebelde judeu que assumiu o controle de partes da Terra de Israel, até então um Estado-cliente do Império Selêucida. Os macabeus fundaram a dinastia dos Hasmoneus, que governou de 164 a 37 a.C., reimpuseram a religião judaica, expandiram as fronteiras de Israel e reduziram no país a influência da cultura helenística. Seu membro mais conhecido foi Judas Macabeus, assim apelidado devido à sua força e determinação. Os macabeus durante anos lideraram o movimento que levou à independência da Judeia, e que reconsagrou o Templo de Jerusalém, que havia sido profanado pelos gregos. Após a independência, os hasmoneus deram origem à linhagem real que governou Israel até sua subjugação pelo domínio romano em 37 a.C2.

Grande número de “correções”(tiqunêsoperin) foi obra de escribas saduceus.

Durante o tempo de Cristo e do Novo Testamento, aqueles que eram saduceus eram aristocratas. Eles tinham a tendência de ser ricos e de ocupar cargos poderosos, incluindo o cargo de primeiro sacerdote e de sumo sacerdote. Eles também ocupavam a maioria dos 70 lugares do conselho regente chamado de Sinédrio. Religiosamente, os saduceus eram mais conservadores na área de doutrina do que os fariseus. Os fariseus enxergavam a tradição oral como tendo autoridade igual à Palavra escrita de Deus, enquanto os saduceus consideravam apenas a Palavra Escrita como sendo de Deus. Os saduceus trabalhavam arduamente para preservar a autoridade da Palavra escrita de Deus, especialmente os livros de Moisés (Gênesis até Deuteronômio). Enquanto eles poderiam ser elogiados por isso, eles definitivamente não foram perfeitos em suas opiniões doutrinárias3

Personagens da época hasmonéia de modo que os fariseus herdaram um texto já corrigido:

As moedas revelam a unidade e aspirações dos Hasmoneus, que a princípio foram reconhecidos apenas como sumos sacerdotes e governantes dos judeus, mas, a partir de Aristóbulo (104-103 aC), assumiram o título de reis, apesar da vigorosa oposição dos fariseus. Conforme foram estendendo suas conquistas territoriais tornaram-se mais cruéis, porém se enfraqueceram por crescentes divisões políticas e religiosas. Os saduceus, aristocracia de filiação partidária, teriam uma atitude liberal e veriam com bons olhos o ajuste aos novos tempos. Os fariseus (“separados”), no entanto, levantaram-se em oposição a Alexandre Janeu, e buscaram o isolamento na vida nacional, defenderam o ascetismo e acusaram os governantes da época de interferir com o cumprimento da promessa de Deus através da casa de Davi4.

Para falar de gênesis e desenvolvimento da interpretação bíblica das épocas persa e helenística, diversos são os fatores a serem considerados:

Escritos tardios, ou “deutero-canônicos”: como as coleções da literatura sapiencial e apocalíptica constituíssem necessariamente uma interpretação e reflexão sobre os livros e tradições de época anterior, também os “apócrifos”, livros sem valor para a coleção sagrada (cânon), prosseguiram no esforço de atualização e reescritura dos textos bíblicos;

Muitos textos bíblicos já ofereciam dificuldades de intelecção, além de verdadeiras corrupções textuais, exigindo todo um esforço de interpretação;

Momentos de ameaça de desintegração sociorreligiosa, como o exílio da Babilônia fez necessária a criação de “releitura” e uma nova compreensão de velhos textos legais e tradições históricas;

A necessidade de traduzir textos sagrados dos hebraicos para a língua aramaica, e para língua grega, obrigava a um grande esforço de interpretação e de atualização dos textos hebraicos.

Para muitos autores, a Escritura é a primeira intérprete de si mesma. Um fenômeno de intertextualidade5, na verdade, no tocante à formação de textos antigos, como aqueles do AT, no qual não cabe estabelecer um corte radical entre a forma final de um texto e os comentários posteriores. Desde os começos da tradição bíblica, a interpretação é parte integrante do seu texto.

O problema da interpretação da Bíblia não é uma invenção moderna como algumas vezes se quer fazer crer. A Bíblia mesma atesta que sua interpretação apresenta dificuldades. Ao lado de textos límpidos, ela comporta passagens obscuras. Lendo certos oráculos de Jeremias, Daniel (Dn 9,2) se interrogava longamente sobre o sentido deles (PCB, 1993).

Os profetas clássicos do oitavo século inspiraram-se em tradições antigas, para interpretar os acontecimentos de sua época. Seus discípulos não fizeram outra coisa que continuar este processo interpretativo, criando e recriando o texto. O processo da interpretação continuará, inclusive, depois da estabilização do texto.

O judaísmo está totalmente conformado pela interpretação da Escritura. É o judaísmo do período farisaico que estabelece uma ponte entre a Torá6 revelada e a interpretação da mesma transmitida na Tradição, projetando, no Sinai, o início desta relação. Deste modo, a interpretação revela novos significados, alcançados, não por revelação direta, mas através do trabalho exegético.

Na história da interpretação judaica, um dado importante é a tradição histórica, na qual o elemento hermenêutico reside na convicção de que a tradição é regra de exegese de textos sagrados.

Isto é, o contexto da recepção de textos torna-se critério hermenêutico para entender e reescrever outros textos. Isto porque, para eles, a revelação (fonte de autoridade e a função do texto escrito) não era nem imediata, nem direta. Esta se produz sempre em contacto com a tradição autorizada que a transmite e interpreta.

No caso das relações entre os textos e exegese, pode-se distinguir, a partir de pontos de vista diversos: a Escritura (= textos bíblicos) é à base da exegese, que, por princípio, é derivada, ou pelo contrário, a Escritura é ela mesma um texto interpretado e a quinta-essência de toda a tradição interpretativa7.

Nesta perspectiva, A Bíblia é o precipitado último de um longo processo exegético (Trebolle, 1996.p. 515). O texto bíblico nasceu imerso numa corrente de tradições orais e foi sempre acompanhado por um corpo de comentários orais, a Mishná rabínica8 (a tradição oral por excelência do Judaísmo), pois a tradição oral nunca deixou de influir na interpretação do texto bíblico e, inclusive, na sua própria conformação.

Referências:

1TREBOLLE, J.B. A Bíblia Judaica e a Bíblia cristã. Introdução à História da Bíblia. Petrópolis: Vozes, 1996, p. 511-592.

2http://pt.ask.com/wiki/Macabeus Acesso 10/06/2015.

3Leia mais:http://www.gotquestions.org/Portugues/Saduceus-Fariseus.html#ixzz3dEoLl7MC

4http://estudandoprofecia.blogspot.com.br/2012/09/periodo-entre-dois-testamentos.html Acesso 10/06/2015.

5A intertextualidade ocorre quando um texto está inserido em outro texto, podendo acontecer de maneira implícita (sem citação expressa da fonte) ou explícita (quando há citação da fonte do intertexto). Muitos compositores e escritores brasileiros utilizaram-se desse recurso, elaborando um texto novo a partir de um texto já existente, os chamados textos fontes, considerados fundamentais em uma determinada cultura por fazerem parte da memória coletiva de uma sociedade. Pensemos na estrutura da palavra intertextualidade: o sufixo inter, de origem latina, refere-se a uma noção de relação, dependência. Dessa forma, podemos dizer que a intertextualidade acontece quando os textos conversam entre si, estabelecendo assim uma relação dialógica, representada em citações, paródias ou paráfrases. Sua importância é inquestionável para a leitura e a produção de sentidos, pois realça o estudo da coerência através do conhecimento declarativo ou através do conhecimento construído a partir de nossas vivências. http://www.portugues.com.br/redacao/intertextualidade/ Acesso 10/06/2015.

6Torá (do hebraico ת??????ּוֹרָה, significando instrução, apontamento, lei) é o nome dado aos cinco primeiros livros do Tanakh (também chamados de HamishaHumsheiTorah, ח??? ????? ????משהחומשיתורה - as cinco partes da Torá) e que constituem o texto central dojudaísmo. Contém os relatos sobre a criação do mundo, da origem da humanidade, do pacto de Deus com Abraão e seus filhos, e a libertação dos filhos de Israel do Egito e sua peregrinação de quarenta anos até a terra prometida. Inclui também os mandamentos e leis que segundo o judaísmo tradicional, foram dadas a Moisés para que a entregasse e ensinasse ao povo de Israel. Chamada também de Lei de Moisés (ToratMoshê, ת?????????????)ּוֹרַת־מֹשֶׁה), por vezes o termo “Torá” é usado dentro do judaísmo rabínico para designar todo o conjunto da tradição judaica, incluindo aTorá escrita, a Torá oral (ver Talmud) e os ensinamentos rabínicos. http://br.ask.com/wiki/Tor%C3%A1?lang=pt&o=2801&ad=doubleDownan=apnap=ask.com Acesso 10/06/2015.

7A costumeira tradução de Midrashim como “lendas,” fábulas” ou “contos” é não somente inadequada, como na verdade, errônea. O termo “Midrashim” é derivado do radical hebraico darash, que significa pesquisar, investigar. O Midrash, então, é uma exposição dos pessukim (versículos) da Torá, que foi extraído por Nossos Sábios depois de eles terem sondado as profundezas de cada passuk e todas as palavras e letras ali contidas, na busca por seu verdadeiro significado. Segundo a tradição Sinaítica, as palavras da Torá podem ser explanadas pelos Sábios de Torá em diversos níveis de entendimento. Todos eles são verdadeiros, pois D’us criou a Torá de tal maneira que cada uma de suas palavras e letras está imbuída de significado, dando margem a grande número de interpretações. http://www.chabad.org.br/datas/shavuot/a%20tora/midrashim.htm Acesso 10/06/2015.

8WEINGREEN, J. From Bible to Mishna. The Continuity of Tradition, Orford, 1959.




Padre Pedro Paulo Alves dos Santos
Autor

Padre Pedro Paulo Alves dos Santos

Doutor em Teologia Bíblica