29 de Abril de 2024
Artigo 27: Por que existe o celibato?
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24/05/2018 00:00 - Atualizado em 25/05/2018 13:53
Artigo 27: Por que existe o celibato? 0
24/05/2018 00:00 - Atualizado em 25/05/2018 13:53
Entramos agora em mais um ciclo de catequeses do Papa São João Paulo II na Teologia do Corpo, com o tema: CELIBATO. Se a TdC fala tanto sobre a riqueza da complementaridade dos sexos, a beleza da sexualidade e do nosso destino à comunhão, haveria lugar para se viver o celibato? Não seria esse um estado de vida incompatível com o amor verdadeiro ao qual todos nós somos convidados a experimentarmos já aqui neste mundo?
“A questão do chamado à uma exclusiva doação de si a Deus na virgindade e no celibato mergulha profundamente as raízes no solo evangélico da Teologia do Corpo.” (Teologia do Corpo, 73, 1). O celibato (ou continência) “pelo Reino dos Céus” é a constatação “... de que existe uma condição de vida não matrimonial em que o homem, masculino e feminino, encontra ao mesmo tempo a plenitude da doação pessoa e da intersubjetiva comunhão de pessoas, graças à glorificação de todo o seu ser psicossomático na união perene com Deus.” (Teologia do Corpo, 73, 1).
Veremos mais adiante que, enquanto João Paulo II apresenta o matrimônio como no “princípio”. A virgindade, ao contrário, é mostrada à luz do seu “fim”, ou seja, como vimos no ciclo anterior de catequeses, para a nossa comunhão de amor final e definitiva com o próprio Deus, quando homens e mulheres já precisarão mais se casar e nem se dar em casamento (cf Mc 12, 25). Ambos – casamento e celibato -- são um dom dado por Deus, cuja resposta depende da liberdade humana.
O celibato não é um mandamento, mas um conselho, mas vem imediatamente depois da conversa de Jesus com os fariseus sobre a indissolubilidade matrimonial:
“Responderam eles: ‘Se é assim a condição do homem em relação à mulher, não vale a pena casar-se.’ Respondeu Jesus> ‘Nem todos são capazes de compreender essas palavras mas só aqueles a quem é concedido. Com efeito, há eunucos que nasceram assim, desde o ventre materno. E há eunucos que foram feitos eunucos pelos homens. E há eunucos que se fizeram eunucos pelo Reino dos Céus. Quem tiver capacidade para compreender, que compreenda.” (Mt 19, 10-12)
Jesus indica claramente um conselho e não um mandamento. Um dom, mas também uma opção pessoal. Diz João Paulo II que trata-se de uma “orientação carismática” para o nosso futuro estado escatológico. O celibato é, já aqui na terra, uma antecipação das futuras núpcias celestes, uma proclamação da ressurreição da carne. Estudaremos mais um pouco sobre esse estado virginal no próximo artigo.
Artigo 27: Por que existe o celibato?
24/05/2018 00:00 - Atualizado em 25/05/2018 13:53
Entramos agora em mais um ciclo de catequeses do Papa São João Paulo II na Teologia do Corpo, com o tema: CELIBATO. Se a TdC fala tanto sobre a riqueza da complementaridade dos sexos, a beleza da sexualidade e do nosso destino à comunhão, haveria lugar para se viver o celibato? Não seria esse um estado de vida incompatível com o amor verdadeiro ao qual todos nós somos convidados a experimentarmos já aqui neste mundo?
“A questão do chamado à uma exclusiva doação de si a Deus na virgindade e no celibato mergulha profundamente as raízes no solo evangélico da Teologia do Corpo.” (Teologia do Corpo, 73, 1). O celibato (ou continência) “pelo Reino dos Céus” é a constatação “... de que existe uma condição de vida não matrimonial em que o homem, masculino e feminino, encontra ao mesmo tempo a plenitude da doação pessoa e da intersubjetiva comunhão de pessoas, graças à glorificação de todo o seu ser psicossomático na união perene com Deus.” (Teologia do Corpo, 73, 1).
Veremos mais adiante que, enquanto João Paulo II apresenta o matrimônio como no “princípio”. A virgindade, ao contrário, é mostrada à luz do seu “fim”, ou seja, como vimos no ciclo anterior de catequeses, para a nossa comunhão de amor final e definitiva com o próprio Deus, quando homens e mulheres já precisarão mais se casar e nem se dar em casamento (cf Mc 12, 25). Ambos – casamento e celibato -- são um dom dado por Deus, cuja resposta depende da liberdade humana.
O celibato não é um mandamento, mas um conselho, mas vem imediatamente depois da conversa de Jesus com os fariseus sobre a indissolubilidade matrimonial:
“Responderam eles: ‘Se é assim a condição do homem em relação à mulher, não vale a pena casar-se.’ Respondeu Jesus> ‘Nem todos são capazes de compreender essas palavras mas só aqueles a quem é concedido. Com efeito, há eunucos que nasceram assim, desde o ventre materno. E há eunucos que foram feitos eunucos pelos homens. E há eunucos que se fizeram eunucos pelo Reino dos Céus. Quem tiver capacidade para compreender, que compreenda.” (Mt 19, 10-12)
Jesus indica claramente um conselho e não um mandamento. Um dom, mas também uma opção pessoal. Diz João Paulo II que trata-se de uma “orientação carismática” para o nosso futuro estado escatológico. O celibato é, já aqui na terra, uma antecipação das futuras núpcias celestes, uma proclamação da ressurreição da carne. Estudaremos mais um pouco sobre esse estado virginal no próximo artigo.
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