28 de Abril de 2024
Artigo 26: Nosso corpo espiritualizado
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04/05/2018 15:29 - Atualizado em 04/05/2018 15:29
Artigo 26: Nosso corpo espiritualizado 0
04/05/2018 15:29 - Atualizado em 04/05/2018 15:29
Encerramos nossas reflexões sobre o terceiro ciclo de catequeses da Teologia do Corpo de São João Paulo II, destacando um fato extraordinário do nosso destino glorioso final: a espiritualização do nosso corpo na ressurreição da carne. O que significa isso?
Recordemos o que, no Princípio, lá no início do livro de Gênesis, vivíamos numa comunhão plena com Deus e entre nós mesmos. Desde que o pecado entrou no mundo, porém, ele corrompeu todo o nosso ser, inclusive a nossa carne. O corpo, que originalmente era instrumento divino para nos ajudar a viver o amor, acabou, pelo pecado, se tornando instrumento do mal para dominar o nosso espírito e o derrubar.
A ressurreição de Cristo --- como primícias -- vem revelar definitivamente o valor primordial e definitivo do corpo humano. A ressurreição é, de fato, a resposta salvífica eloquente à inevitável morte do corpo que nos veio como consequência do pecado. Cristo ressuscitado anuncia com seu corpo glorioso a redenção do corpo (cf. Rm 8,23) que se consumará na nossa futura ressurreição (cf. I Cor 15, 42-49). São Paulo nos explica que somos portadores da imagem do Cristo ressuscitado. Somos como a lua: não temos luz própria mas refletimos a luz do Sol, que é Jesus.
“O corpo humano carrega em si a ‘potencialidade da ressurreição’, isto é, a aspiração e a capacidade de se tornar definitivamente incorruptível, glorioso, cheio de força e espiritual; isto acontece porque, persistindo desde o princípio na unidade psicossomática do ser pessoal, ele pode colher e reproduzir nessa ‘terrena’ imagem e semelhança de Deus, também a imagem ‘celeste’ do último Adão, Cristo.” (Teologia do Corpo, 71, 4)
Já desde aqui nessa vida somos convidados a anunciar a realidade futura da nossa glorificação. Somos convidados a tratarmos bem o nosso corpo e o corpo dos outros. Devemos “ajudar” o nosso corpo para que ele e o meu espirito – que busca Deus de modo sincero – possam ir se re-harmonizando, começando a entrar novamente em comunhão. Isso já vai nos preparando para o que viveremos em plenitude a realidade de termos um corpo espiritualizado.
“Como se fala da ressurreição do corpo, isto é do homem na sua autêntica corporeidade, por consequência, o ‘corpo espiritual’ deveria significar exatamente a perfeita sensibilidade dos sentidos, a sua perfeita harmonização com a atividade do espírito humano na verdade e na liberdade.” (Teologia do Corpo, 72, 4).
Assim como Cristo ressuscitado mostrou como o corpo glorioso pode realizar atividade bem terrenas, próprias da vida material como comer e beber com seus amigos, mas também conseguia entrar em lugares fechados, algo que, hoje, só imaginamos que um “fantasma” pudesse fazer... conversava com os discípulos e, de repente, sumia da sua frente... não! Não era um fantasma! Era um corpo espiritualizado: um corpo totalmente dócil à santa vontade do seu espírito. O que o espírito determinar, o corpo realizará sem qualquer barreira física, limitação ou entrave.
A realidade que vivemos hoje e bem descrita por São Paulo --- “Não faço o bem que quero e faço o mal que não quero.” (Rm 7, 19), --- essa dominação não maia acontecerá! O nosso ser inteiro – corpo e espírito – será verdadeiramente e plenamente livre! Cristo veio nos devolver a nossa dignidade, veio nos restaurar e nos dar vida plena. Acolhamos este dom amoroso e testemunhemos essa realidade salvífica desde essa vida terrena.
Artigo 26: Nosso corpo espiritualizado
04/05/2018 15:29 - Atualizado em 04/05/2018 15:29
Encerramos nossas reflexões sobre o terceiro ciclo de catequeses da Teologia do Corpo de São João Paulo II, destacando um fato extraordinário do nosso destino glorioso final: a espiritualização do nosso corpo na ressurreição da carne. O que significa isso?
Recordemos o que, no Princípio, lá no início do livro de Gênesis, vivíamos numa comunhão plena com Deus e entre nós mesmos. Desde que o pecado entrou no mundo, porém, ele corrompeu todo o nosso ser, inclusive a nossa carne. O corpo, que originalmente era instrumento divino para nos ajudar a viver o amor, acabou, pelo pecado, se tornando instrumento do mal para dominar o nosso espírito e o derrubar.
A ressurreição de Cristo --- como primícias -- vem revelar definitivamente o valor primordial e definitivo do corpo humano. A ressurreição é, de fato, a resposta salvífica eloquente à inevitável morte do corpo que nos veio como consequência do pecado. Cristo ressuscitado anuncia com seu corpo glorioso a redenção do corpo (cf. Rm 8,23) que se consumará na nossa futura ressurreição (cf. I Cor 15, 42-49). São Paulo nos explica que somos portadores da imagem do Cristo ressuscitado. Somos como a lua: não temos luz própria mas refletimos a luz do Sol, que é Jesus.
“O corpo humano carrega em si a ‘potencialidade da ressurreição’, isto é, a aspiração e a capacidade de se tornar definitivamente incorruptível, glorioso, cheio de força e espiritual; isto acontece porque, persistindo desde o princípio na unidade psicossomática do ser pessoal, ele pode colher e reproduzir nessa ‘terrena’ imagem e semelhança de Deus, também a imagem ‘celeste’ do último Adão, Cristo.” (Teologia do Corpo, 71, 4)
Já desde aqui nessa vida somos convidados a anunciar a realidade futura da nossa glorificação. Somos convidados a tratarmos bem o nosso corpo e o corpo dos outros. Devemos “ajudar” o nosso corpo para que ele e o meu espirito – que busca Deus de modo sincero – possam ir se re-harmonizando, começando a entrar novamente em comunhão. Isso já vai nos preparando para o que viveremos em plenitude a realidade de termos um corpo espiritualizado.
“Como se fala da ressurreição do corpo, isto é do homem na sua autêntica corporeidade, por consequência, o ‘corpo espiritual’ deveria significar exatamente a perfeita sensibilidade dos sentidos, a sua perfeita harmonização com a atividade do espírito humano na verdade e na liberdade.” (Teologia do Corpo, 72, 4).
Assim como Cristo ressuscitado mostrou como o corpo glorioso pode realizar atividade bem terrenas, próprias da vida material como comer e beber com seus amigos, mas também conseguia entrar em lugares fechados, algo que, hoje, só imaginamos que um “fantasma” pudesse fazer... conversava com os discípulos e, de repente, sumia da sua frente... não! Não era um fantasma! Era um corpo espiritualizado: um corpo totalmente dócil à santa vontade do seu espírito. O que o espírito determinar, o corpo realizará sem qualquer barreira física, limitação ou entrave.
A realidade que vivemos hoje e bem descrita por São Paulo --- “Não faço o bem que quero e faço o mal que não quero.” (Rm 7, 19), --- essa dominação não maia acontecerá! O nosso ser inteiro – corpo e espírito – será verdadeiramente e plenamente livre! Cristo veio nos devolver a nossa dignidade, veio nos restaurar e nos dar vida plena. Acolhamos este dom amoroso e testemunhemos essa realidade salvífica desde essa vida terrena.
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