25 de Abril de 2024
Artigo 25 - Ressurreição: nossa realização final
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20/04/2018 11:44 - Atualizado em 20/04/2018 11:44
Artigo 25 - Ressurreição: nossa realização final 0
20/04/2018 11:44 - Atualizado em 20/04/2018 11:44
Na nossa vida e condição presentes – o que a Teologia do Corpo chama de homem “histórico” – o coração humano vive na constate batalha entre o corpóreo e o espiritual. As coisas materiais (inclusive o nosso corpo) que foram criadas para o nosso bem e deveriam estar em consonância com o nosso espírito, por causa do pecado, muitas vezes nos atrapalham a encontrar e felicidade e o amor autêntico.
Experimentamos constantemente aquilo que diz São Paulo: ele até tenta se esforçar para fazer o bem, mas... acaba cedendo ao mal (cf. Rm 7, 14-16). Por mais que busquemos seriamente a santidade, a concupiscência acaba falando mais alto em algumas ocasiões.
Na ressurreição final, conforme explica São João Paulo II nesse terceiro ciclo de Catequeses:
“O homem “escatológico” estará livre dessa “oposição”. Na ressurreição, o corpo voltará à perfeita unidade e harmonia com o espírito: o homem já não experimentará a oposição entre o que nele é espiritual e o que corpóreo. A “espiritualização” significa não só que o espírito dominará o corpo, mas, diria, que ele permeará completamente o corpo, e que as forças do espírito permearão as energias do corpo.” (Teologia do Corpo, 67, 1)
O papa explica, ainda, que nessa realidade futura que almejamos não haverá uma “desumanização”, nem uma “desencarnação”: continuaremos com nossa identidade feminina e masculina e, ao mesmo tempo viveremos uma perfeita “espiritualização” do corpo. É o que o autor chama de “divinização”, ou seja, seremos a perfeita imagem e semelhança do nosso Criador. Não se trata de uma realidade idêntica à do princípio – afinal, todos nós conhecemos o pecado – mas de uma experiência de graça e comunhão com Deus no “outro mundo” inteiramente nova.
O significado esponsal dos nossos corpos masculino e feminino chegará à plenitude nas núpcias celestes que viveremos com Deus na vida eterna, quando ele será “tudo em todos” (cf I Cor 15, 28). De forma virginal, cada um de nós se apresentará diante do nosso Divino esposo, descobrindo o sentido último do nosso corpo que foi criado para ser dom: “... em seguida à visão de Deus “face a face”, nascerá... um amor de tal profundidade e força de concentração em Deus mesmo, que absorverá completamente a sua inteira subjetividade psicossomática.” (Teologia do Corpo, 68, 3).
É algo tão fantástico e, ao mesmo tempo forte a ponto de impulsionar todos os nossos desejos, de corpo e de alma, para buscar essa comunhão perfeita com o único amor capaz de nos preencher e nos realizar verdadeiramente.
Artigo 25 - Ressurreição: nossa realização final
20/04/2018 11:44 - Atualizado em 20/04/2018 11:44
Na nossa vida e condição presentes – o que a Teologia do Corpo chama de homem “histórico” – o coração humano vive na constate batalha entre o corpóreo e o espiritual. As coisas materiais (inclusive o nosso corpo) que foram criadas para o nosso bem e deveriam estar em consonância com o nosso espírito, por causa do pecado, muitas vezes nos atrapalham a encontrar e felicidade e o amor autêntico.
Experimentamos constantemente aquilo que diz São Paulo: ele até tenta se esforçar para fazer o bem, mas... acaba cedendo ao mal (cf. Rm 7, 14-16). Por mais que busquemos seriamente a santidade, a concupiscência acaba falando mais alto em algumas ocasiões.
Na ressurreição final, conforme explica São João Paulo II nesse terceiro ciclo de Catequeses:
“O homem “escatológico” estará livre dessa “oposição”. Na ressurreição, o corpo voltará à perfeita unidade e harmonia com o espírito: o homem já não experimentará a oposição entre o que nele é espiritual e o que corpóreo. A “espiritualização” significa não só que o espírito dominará o corpo, mas, diria, que ele permeará completamente o corpo, e que as forças do espírito permearão as energias do corpo.” (Teologia do Corpo, 67, 1)
O papa explica, ainda, que nessa realidade futura que almejamos não haverá uma “desumanização”, nem uma “desencarnação”: continuaremos com nossa identidade feminina e masculina e, ao mesmo tempo viveremos uma perfeita “espiritualização” do corpo. É o que o autor chama de “divinização”, ou seja, seremos a perfeita imagem e semelhança do nosso Criador. Não se trata de uma realidade idêntica à do princípio – afinal, todos nós conhecemos o pecado – mas de uma experiência de graça e comunhão com Deus no “outro mundo” inteiramente nova.
O significado esponsal dos nossos corpos masculino e feminino chegará à plenitude nas núpcias celestes que viveremos com Deus na vida eterna, quando ele será “tudo em todos” (cf I Cor 15, 28). De forma virginal, cada um de nós se apresentará diante do nosso Divino esposo, descobrindo o sentido último do nosso corpo que foi criado para ser dom: “... em seguida à visão de Deus “face a face”, nascerá... um amor de tal profundidade e força de concentração em Deus mesmo, que absorverá completamente a sua inteira subjetividade psicossomática.” (Teologia do Corpo, 68, 3).
É algo tão fantástico e, ao mesmo tempo forte a ponto de impulsionar todos os nossos desejos, de corpo e de alma, para buscar essa comunhão perfeita com o único amor capaz de nos preencher e nos realizar verdadeiramente.
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