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Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, 14/05/2024

14 de Maio de 2024

Livros do Antigo Testamento (55)

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Livros do Antigo Testamento (55)

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25/05/2018 13:48 - Atualizado em 25/05/2018 13:48

Livros do Antigo Testamento (55) 0

25/05/2018 13:48 - Atualizado em 25/05/2018 13:48

Neste artigo prosseguimos com as observações sobre este livro sui generis dentre os livros do Pentateuco. Ele não contou histórias dos patriarcas ou de Moisés. Ele recolhe uma legislação específica, aquela da liturgia, cultual, formada por sacrifícios de todas as espécies, mas, particularmente ele nos deu a razão dos sacrifícios e oferendas na vida do povo de Deus: a vida da santidade. Ele estabelece esta prescrição para a eticização da vida cotidiana dos judeus. Trata-se de uma teologia do culto e da ética judaica. E tudo isso ocorre e se explica à luz do Sinai, no auge do caminho do deserto: O Código de Santidade!

II. Código de Santidade (17,1-26,46):

1. O Senhor disse a Moisés: 2.“Dirás a toda a assembleia de Israel o seguinte: sede santos, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo (Lv 19, 1-2).

É um conjunto de leis introduzidas pela fórmula «Sede santos porque Eu sou Santo”, que inclui leis sobre:

A imolação de animais e leis do sangue (17),

Leis em matéria sexual (18),

Deveres para com o próximo (19),

Penas pelos pecados sexuais (20),

Santidade dos sacerdotes (21-22),

Calendário das festas (23),

Luzes do santuário e pães da oferenda ou da proposição (24,1-9),

Ano Sabático e Jubileu (25),

Bênçãos e maldições (26).

Como se torna evidente, neste grande conjunto de leis cultuais, quase metade do livro é constituída pelo “Código de Santidade” (17-26).

Isto significa que este livro não é, o que aparentemente parece, um formulário legal de ações sacrificiais, ou de normas morais de purificação. Trata-se do caminho da Salvação, pela santificação. Aliás, assim, realiza-se a volta ao estado da criação.

Destacaremos alguns destes capítulos, por serem caminhos de excelência na trajetória de santificação humana.

1. Deveres para com o próximo (19)

O Capítulo 19 em sua extensão associa-se à Ex 12-24, uma meditação ou aplicação aos Mandamentos, em particular o Decálogo. Deus entregara a Israel um caminho seguro de Salvação, a obediência aos Mandamentos. Há diversas alusões:

19, v.3-4:

3. Cada um de vós respeite a sua mãe e o seu pai, e guarde os meus sábados. Eu sou o Senhor, vosso Deus. 4.Não vos volteis para os ídolos, e não façais para vós deuses de metal fundido. Eu sou o Senhor, vosso Deus.

19, v.11-12:

11. Não furtareis, não usareis de embustes nem de mentiras uns para com os outros. 12. Não jurareis falso em meu nome, porque profanaríeis o nome de vosso Deus. Eu sou o Senhor.

19, v. 16:

16. Não semearás a difamação no meio de teu povo, nem te apresentarás como testemunha contra a vida do teu próximo. Eu sou o Senhor.

19, v. 30:

Observareis meus sábados e respeitareis meu santuário. Eu sou o Senhor.

19, v. 32:

Levanta-te diante dos cabelos brancos; honra a pessoa do velho, e teme a teu Deus. Eu sou o Senhor.

2. Santidade dos sacerdotes (21-22)

Serão santos para o seu Deus e não profanarão o seu nome, porque oferecem ao Senhor os sacrifícios consumidos pelo fogo, o pão de seu Deus. Serão santos. 7. Não desposarão uma mulher prostituta ou desonrada, nem uma mulher repudiada por seu marido, porque são santos para o seu Deus. 8. Terás, pois, o sacerdote por santo, porque ele oferece o pão de teu Deus: ele será santo para ti, porque eu, o Senhor que vos santifico, sou santo (Lv 21, 6-8).

Serão santos para o seu Deus: Este capítulo coloca uma questão central para o culto, o papel e a identidade dos sacerdotes. Eles serão regrados pela suma Lei de Deus: ‘ser santos’!

Terás, pois, o sacerdote por santo, porque ele oferece o pão de teu Deus: ele será santo para ti, porque eu, o Senhor que vos santifico, sou santo’: Trata-se também de honrá-los. Israel não pode ignorar a importância da classe sacerdotal na edificação da Vocação à Santidade da Comunidade.

Eles têm oficio que os santifica; o culto é fonte de santificação, não é ação supersticiosa, mágica ou evasiva: ‘porque ele oferece o pão de teu Deus’.

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Livros do Antigo Testamento (55)

25/05/2018 13:48 - Atualizado em 25/05/2018 13:48

Neste artigo prosseguimos com as observações sobre este livro sui generis dentre os livros do Pentateuco. Ele não contou histórias dos patriarcas ou de Moisés. Ele recolhe uma legislação específica, aquela da liturgia, cultual, formada por sacrifícios de todas as espécies, mas, particularmente ele nos deu a razão dos sacrifícios e oferendas na vida do povo de Deus: a vida da santidade. Ele estabelece esta prescrição para a eticização da vida cotidiana dos judeus. Trata-se de uma teologia do culto e da ética judaica. E tudo isso ocorre e se explica à luz do Sinai, no auge do caminho do deserto: O Código de Santidade!

II. Código de Santidade (17,1-26,46):

1. O Senhor disse a Moisés: 2.“Dirás a toda a assembleia de Israel o seguinte: sede santos, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo (Lv 19, 1-2).

É um conjunto de leis introduzidas pela fórmula «Sede santos porque Eu sou Santo”, que inclui leis sobre:

A imolação de animais e leis do sangue (17),

Leis em matéria sexual (18),

Deveres para com o próximo (19),

Penas pelos pecados sexuais (20),

Santidade dos sacerdotes (21-22),

Calendário das festas (23),

Luzes do santuário e pães da oferenda ou da proposição (24,1-9),

Ano Sabático e Jubileu (25),

Bênçãos e maldições (26).

Como se torna evidente, neste grande conjunto de leis cultuais, quase metade do livro é constituída pelo “Código de Santidade” (17-26).

Isto significa que este livro não é, o que aparentemente parece, um formulário legal de ações sacrificiais, ou de normas morais de purificação. Trata-se do caminho da Salvação, pela santificação. Aliás, assim, realiza-se a volta ao estado da criação.

Destacaremos alguns destes capítulos, por serem caminhos de excelência na trajetória de santificação humana.

1. Deveres para com o próximo (19)

O Capítulo 19 em sua extensão associa-se à Ex 12-24, uma meditação ou aplicação aos Mandamentos, em particular o Decálogo. Deus entregara a Israel um caminho seguro de Salvação, a obediência aos Mandamentos. Há diversas alusões:

19, v.3-4:

3. Cada um de vós respeite a sua mãe e o seu pai, e guarde os meus sábados. Eu sou o Senhor, vosso Deus. 4.Não vos volteis para os ídolos, e não façais para vós deuses de metal fundido. Eu sou o Senhor, vosso Deus.

19, v.11-12:

11. Não furtareis, não usareis de embustes nem de mentiras uns para com os outros. 12. Não jurareis falso em meu nome, porque profanaríeis o nome de vosso Deus. Eu sou o Senhor.

19, v. 16:

16. Não semearás a difamação no meio de teu povo, nem te apresentarás como testemunha contra a vida do teu próximo. Eu sou o Senhor.

19, v. 30:

Observareis meus sábados e respeitareis meu santuário. Eu sou o Senhor.

19, v. 32:

Levanta-te diante dos cabelos brancos; honra a pessoa do velho, e teme a teu Deus. Eu sou o Senhor.

2. Santidade dos sacerdotes (21-22)

Serão santos para o seu Deus e não profanarão o seu nome, porque oferecem ao Senhor os sacrifícios consumidos pelo fogo, o pão de seu Deus. Serão santos. 7. Não desposarão uma mulher prostituta ou desonrada, nem uma mulher repudiada por seu marido, porque são santos para o seu Deus. 8. Terás, pois, o sacerdote por santo, porque ele oferece o pão de teu Deus: ele será santo para ti, porque eu, o Senhor que vos santifico, sou santo (Lv 21, 6-8).

Serão santos para o seu Deus: Este capítulo coloca uma questão central para o culto, o papel e a identidade dos sacerdotes. Eles serão regrados pela suma Lei de Deus: ‘ser santos’!

Terás, pois, o sacerdote por santo, porque ele oferece o pão de teu Deus: ele será santo para ti, porque eu, o Senhor que vos santifico, sou santo’: Trata-se também de honrá-los. Israel não pode ignorar a importância da classe sacerdotal na edificação da Vocação à Santidade da Comunidade.

Eles têm oficio que os santifica; o culto é fonte de santificação, não é ação supersticiosa, mágica ou evasiva: ‘porque ele oferece o pão de teu Deus’.

Padre Pedro Paulo Alves dos Santos
Autor

Padre Pedro Paulo Alves dos Santos

Doutor em Teologia Bíblica