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Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, 14/05/2024

14 de Maio de 2024

Artigo 19: Sexualidade reprimida x Sexualidade redimida

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14 de Maio de 2024

Artigo 19: Sexualidade reprimida x Sexualidade redimida

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04/01/2018 16:08 - Atualizado em 04/01/2018 16:09

Artigo 19: Sexualidade reprimida x Sexualidade redimida 0

04/01/2018 16:08 - Atualizado em 04/01/2018 16:09

As palavras de Cristo em Mt 5, 27-28 --  “Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu porém vos digo: todo aquele que olha para uma mulher com desejo libidinoso já cometeu adultério com ela no seu coração.” – “não contém, de nenhum modo, a condenação do corpo e da sexualidade.” (Teologia do Corpo 66, 1), nos recorda São João Paulo II.

A Teologia do Corpo nos convida a uma visão adequada da sexualidade humana sem se deixar contaminar pelo maniqueísmo, ou seja, a doutrina absolutamente equivocada de que tudo o que diz respeito ao corpo é feito, sujo e mau e que só aquilo que é espiritual teria valor. Não absolutamente. Também nos alerta contra certas posições contemporâneas que consideram o ser humano como essencialmente mau, expressas principalmente por Freud, Marx e Nietzsche, que são os chamados “mestres da suspeita”.

“... toda realidade do desejo e da concupiscência, não consentem que se faça de tal... o critério absoluto da antropologia e da ética... embora seja indubitavelmente um coeficiente importante para compreender o homem, suas ações e o seu valor moral.” (Teologia do Corpo 66, 2)

O papa alerta que não podemos jamais nos deter unicamente na concupiscência “... para pôr o coração em estado de contínua e irreversível suspeita...” (Teologia do Corpo, 66, 4). Isso porque a redenção do coração é um chamado que Cristo faz ao homem e uma realidade eficaz em sua vida. Por meio dessa eficácia redentora, o homem ganha força espiritual para redescobrir o significado esponsal do corpo e a liberdade do dom que são os fundamentos do amor verdadeiro. É uma mudança de paradigma que vem de dentro, do mais profundo do ser humano.

E quando somos capazes de consentir a esse “chamado interior” tudo muda na nossa vida e o “eco” dos valores do princípio, ou seja, da vida da graça antes do pecado contaminar o nosso coração, fala cada vez mais alto em nós. É o que São João Paulo II chama de “força original”.

“Não sente acaso o homem, juntamente com a concupiscência, profunda necessidade de conservar a dignidade das relações recíprocas, que encontram expressão no corpo, graças à sua masculinidade e feminilidade? Não sente acaso a necessidade de as impregnar de tudo o que é nobre e belo? Não sente acaso a necessidade de lhes conferir o valor supremo que é o amor?” (Teologia do Corpo, 66, 5)

Vivemos o tempo todo esse campo de batalha, esse cabo de guerra. De um lado  as más inclinações que nos levam ao pecado e do outro essa “força original” que se torna para nós “força redentora”. Assim, passamos de uma ideia errônea que muitos possuem a respeito do sonho divino para os nossos relacionamentos. Não se trata de vivermos uma “sexualidade reprimida”, mas, sim, uma “sexualidade redimida”. O primeiro passo é abrir o coração e deixar a “força redentora” de Cristo permear todas as dimensões da sua vida.

 

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04/01/2018 16:08 - Atualizado em 04/01/2018 16:09

As palavras de Cristo em Mt 5, 27-28 --  “Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu porém vos digo: todo aquele que olha para uma mulher com desejo libidinoso já cometeu adultério com ela no seu coração.” – “não contém, de nenhum modo, a condenação do corpo e da sexualidade.” (Teologia do Corpo 66, 1), nos recorda São João Paulo II.

A Teologia do Corpo nos convida a uma visão adequada da sexualidade humana sem se deixar contaminar pelo maniqueísmo, ou seja, a doutrina absolutamente equivocada de que tudo o que diz respeito ao corpo é feito, sujo e mau e que só aquilo que é espiritual teria valor. Não absolutamente. Também nos alerta contra certas posições contemporâneas que consideram o ser humano como essencialmente mau, expressas principalmente por Freud, Marx e Nietzsche, que são os chamados “mestres da suspeita”.

“... toda realidade do desejo e da concupiscência, não consentem que se faça de tal... o critério absoluto da antropologia e da ética... embora seja indubitavelmente um coeficiente importante para compreender o homem, suas ações e o seu valor moral.” (Teologia do Corpo 66, 2)

O papa alerta que não podemos jamais nos deter unicamente na concupiscência “... para pôr o coração em estado de contínua e irreversível suspeita...” (Teologia do Corpo, 66, 4). Isso porque a redenção do coração é um chamado que Cristo faz ao homem e uma realidade eficaz em sua vida. Por meio dessa eficácia redentora, o homem ganha força espiritual para redescobrir o significado esponsal do corpo e a liberdade do dom que são os fundamentos do amor verdadeiro. É uma mudança de paradigma que vem de dentro, do mais profundo do ser humano.

E quando somos capazes de consentir a esse “chamado interior” tudo muda na nossa vida e o “eco” dos valores do princípio, ou seja, da vida da graça antes do pecado contaminar o nosso coração, fala cada vez mais alto em nós. É o que São João Paulo II chama de “força original”.

“Não sente acaso o homem, juntamente com a concupiscência, profunda necessidade de conservar a dignidade das relações recíprocas, que encontram expressão no corpo, graças à sua masculinidade e feminilidade? Não sente acaso a necessidade de as impregnar de tudo o que é nobre e belo? Não sente acaso a necessidade de lhes conferir o valor supremo que é o amor?” (Teologia do Corpo, 66, 5)

Vivemos o tempo todo esse campo de batalha, esse cabo de guerra. De um lado  as más inclinações que nos levam ao pecado e do outro essa “força original” que se torna para nós “força redentora”. Assim, passamos de uma ideia errônea que muitos possuem a respeito do sonho divino para os nossos relacionamentos. Não se trata de vivermos uma “sexualidade reprimida”, mas, sim, uma “sexualidade redimida”. O primeiro passo é abrir o coração e deixar a “força redentora” de Cristo permear todas as dimensões da sua vida.

 

Tatiana e Ronaldo de Melo
Autor

Tatiana e Ronaldo de Melo

Núcleo de Formação e Espiritualidade da Pastoral Familiar da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro