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06 de Maio de 2025

Cardeal Aviz: “o consagrado e a consagrada devem ser pessoas humanamente felizes e realizadas”

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Cardeal Aviz: “o consagrado e a consagrada devem ser pessoas humanamente felizes e realizadas”

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04/02/2014 16:29 - Atualizado em 04/02/2014 16:39
Por: Andréia Gripp (andreiagripp@testemunhodefe.com.br) e Igor Marques (igor@testemunhodefe.com.br)

Cardeal Aviz: “o consagrado e a consagrada devem ser pessoas humanamente felizes e realizadas” 0

Cardeal Aviz: “o consagrado e a consagrada devem ser pessoas humanamente felizes e realizadas” / Arqrio

A segunda palestra da manhã do Curso para Bispos desta terça-feira, dia 4 de fevereiro, foi ministrada pelo Cardeal João Brás de Aviz, prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedade de Vida Apostólica. Ele falou sobre o Decreto do Concílio Vaticano II “Perfectae Caritatis”, sobre a renovação da vida consagrada.

>>> Bispos refletem dimensão missionária da Igreja

Dom João iniciou sua conferência relembrando a Jornada Mundial da Juventude que, segundo ele, foi “um verdadeiro fenômeno”. E agradeceu à Arquidiocese do Rio: “renovamos nossa gratidão especialmente à Igreja no Rio, que carregou o peso maior da construção do evento, com suas inevitáveis surpresas”, disse.

Em seguida, falou sobre o impulso que o Concílio Vaticano II deu à vida consagrada, iniciando um caminho de renovação dessa experiência.

O prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedade de Vida Apostólica, fez uma leitura do caminho de reflexão do magistério da Igreja ao longo desses 50 anos após o Concílio Vaticano II. Para ele, os documentos da Igreja que tratam sobre o tema, deixam claro que não existe contraposição entre a dimensão hierárquica e a dimensão carismática.

E citou o Beato João Paulo II, que em 1998 afirmou em sua mensagem aos participantes do Congresso Mundial dos Movimentos Eclesiais, realizado em Roma: “Ambas são co-essenciais à constituição divina da Igreja, fundada por Jesus, porque concorrem juntas para tornar presentes o mistério de Cristo e a Sua obra salvífica no mundo. Juntas, além disso, tem em vista renovar, segundo seus modos próprios, a autoconsciência da Igreja, que se pode dizer, em certo sentido, ela mesma movimento, enquanto acontecimento no tempo e no espaço, da missão do Filho, por obra do Pai no poder do Espírito Santo”.

Testemunho de vida

Diante dos desafios que a sociedade atual impõe à Igreja, o Cardeal Aviz ressaltou que hoje, mais do que nunca, a presença da mulher consagrada e do homem consagrado na Igreja e no mundo precisa ser um testemunho para a sociedade, que convida a não ter medo de ser feliz.

“O consagrado e a consagrada devem ser eles mesmos pessoas humanamente felizes e realizadas, testemunhando com autenticidade que seguir Deus e viver o Evangelho realizam as pessoas”, frisou.

Para Dom Gregório Paixão, bispo de Petrópolis, o Cardeal Cardeal João Brás de Aviz em sua conferência trouxe um novo foco sobre a vida consagrada, num momento de transformação dessa experiência. “Sabendo que as nossas dioceses contam com os consagrados, sabendo que precisamos desse testemunho, porque os religiosos são aqueles mais disponíveis à missão, especialmente em regiões como a Amazônia e os estados do Nordeste do país, Dom Aviz destacou a importância do acolhimento da vida religiosa por parte dos bispos e da ajuda que devem dar ao aprofundamento da reflexão e formação nesse tempo histórico”, disse.

Renovação com continuidade

E como viver a renovação da vida e da disciplina da vida religiosa, conforme propôs o Concílio Vaticano II há 50 anos?

“Repropondo um contínuo retorno às fontes da vida cristã, a inspiração primitiva e original dos institutos e adaptação às novas condições dos tempos”, respondeu o Cardeal, que ainda apresentou 10 pontos importantes que devem ser levados em consideração, segundo o espírito do Decreto “Perfectae Caritatis”:

1. Fazer do seguimento de Cristo proposto no evangelho a regra suprema.

2. Conhecer e observar fielmente o espírito e as intenções específicas dos fundadores, como também as sãs tradições.

3. Participar da vida da Igreja favorecendo as iniciativas e as intenções da Igreja local em matéria bíblica, litúrgica, dogmática, pastoral, ecumênica, missionária e social.

4. Informar os membros sobre as condições dos homens e da época, das necessidades da Igreja para julgar e se inserir com sabedoria.

5. Promover antes de tudo a renovação espiritual que deve ter sempre a primazia.

6. Adaptar-se por toda a parte, mas especialmente nos territórios de missão, às condições físicas e psíquicas de hoje, dos membros, às necessidades do apostolado e às exigências da cultura, às circunstâncias sociais e econômicas.

7. Cultivar o espírito de oração, indo às fontes da espiritualidade cristã.

8. Em primeiro lugar ter todos os dias em mãos a Sagrada Escritura.

9. Celebrar de coração e boca a sagrada liturgia, sobretudo o mistério eucarístico.

10. Alimentados pela Palavra e pela Eucaristia, amar os irmãos, respeitar e estimar os pastores com espírito filial, viver e sentir mais e mais com a Igreja, dedicando-se inteiramente à sua missão.


Foto: Gustavo de Oliveira


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