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Luzes e sombras da vida religiosa hoje

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06/02/2014 15:30 - Atualizado em 06/02/2014 20:11
Por: Fabíola Goulart (fabiolagoulart@testemunhodefe.com.br) e Igor Marques (igor@testemunhodefe.com.br)

Luzes e sombras da vida religiosa hoje 0

Luzes e sombras da vida religiosa hoje / Arqrio

Para dar continuidade nas reflexões sobre a vida religiosa, o bispo diocesano de Garanhuns/PE, Dom Fernando Guimarães, falou sobre as luzes e sombras que existem sobre a atual realidade da vida consagrada aos bispos na manhã desta quinta-feira, dia 6 de fevereiro.

>>> Dom Filippo: “O serviço é a suprema dimensão sacerdotal”

Dom Fernando tem uma experiência de 20 anos a serviço da Santa Sé, primeiro como comissário junto à Comissão para os Sacramentos e, depois, quanto o Papa Bento XVI passou para a Congregação para o Clero a competência para os processos de dispensa das obrigações sacerdotais de toda a Igreja, como coordenador deste departamento. O religioso redentorista ainda citou aos presentes a comemoração dos seus 49 anos de profissão religiosa, no último dia 25 de janeiro.

A conferência foi dividida em três partes. Na primeira, o bispo pernambucano apresentou alguns dos elementos luminosos que tornam, ontem e hoje, a vida religiosa tão importante para a Igreja. Em um segundo momento, ele suscitou algumas interrogações que, na situação atual da vida religiosa, trazem alguns desafios quanto ao futuro. Enfim, o prelado se inspirou no Concílio Vaticano II ao abordar as indicações principais para a superação da crise.

Luzes e sombras

temp_titledom_fernando_2_06022014152133O bispo lançou um olhar sobre o chamado a vida religiosa, tratado como uma realidade carismática para a Igreja, citando trechos da Constituição Apostólica Lumen Gentium, um dos documentos do Concílio Vaticano II.

“A contribuição da vida consagrada tem sido enorme, ao longo da história da Igreja. E ainda hoje, quanta dedicação, quanto esforço em tantas e tantos que assumem sua consagração em situações difíceis e, com generosidade, levam adiante o carisma próprio da vida consagrada. A Igreja ficaria mais empobrecida, se viesse a lhe faltar, um dia, este contributo carismático.” explicou.

Mas nem só de alegrias vive o cenário da vocação religiosa, assinalou Dom Fernando. Segundo ele, algumas realidades geram preocupação, como o aumento no número de abandonos da vocação no clero e nos institutos de vida consagrada e sociedades de vida apostólica. A saída pode caracterizar algum induto para deixar o instituto, um decreto de demissão, secularizações ad experimentum e secularizações para incardinações em uma diocese.

Algumas causas, apontadas por Dom Fernando, são a ausência de vida espiritual, de oração pessoal, de oração comunitária, de vida sacramental, e a perda de sentido de pertença à comunidade, ao instituto e, em alguns casos, à própria Igreja. Outros motivos seriam problemas mais comuns, como incompreensões e tensões de relacionamento, e problemas afetivos.

Porém, de acordo como prelado, os desafios não podem intimidar a Igreja. “Estou profundamente convicto de que na vida consagrada há muita vida. Às vezes esta vida não parece tão visível porque, como se costuma dizer, uma árvore que cai faz mais barulho do que uma floresta que cresce. Na vida consagrada, como em todas as realidades humanas e eclesiais, existem problemas, mas eles não nos podem impedir de ver a vida”, afirmou Dom Fernando, citando o atual secretário da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades Apostólicas, Dom José Rodríguez Carballo.

Esperanças

De acordo com o bispo conferencista, os desafios provocam a necessidade de reler o documento do Concílio Vaticano II sobre a vida religiosa, o Perfectae Caritatis, onde são indicados os elementos fundamentais para uma autentica reforma da vida religiosa.

“Essas indicações do Concílio Vaticano II são, mesmo 50 anos após, totalmente válidas, atuais, como se tivessem sido escritas hoje. É o essencial da renovação, temos que voltar às fontes, beber da água pura dessa fonte para que a vida religiosa, superando as dificuldades que ela tem enfrentado possa continuar a ser aquilo que ela é chamada a ser na Igreja, este testemunho carismático da transcendência de Deus”, esclareceu.

"A palestra destacou que na vida religiosa há muita doação e vivência e que precisamos vencer as tentações e fraquezas que nos fazem sentir um vazio no nosso coração”, opinou o bispo de Caxias do Sul, Dom Alessandro Ruffinoni.



Fotos: Gustavo de Oliveira



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