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06 de Maio de 2025

Bispos: colaboradores do Papa para edificação da Igreja

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06/02/2014 18:45
Por: Nathalia Cardoso (nathalia@testemunhodefe.com.br) e Teresa Fernandes (teresafernandes@testemunhodefe

Bispos: colaboradores do Papa para edificação da Igreja 0

Bispos: colaboradores do Papa para edificação da Igreja / Arqrio

A relação entre o Papa e os bispos tem como único fim a edificação da Igreja e a comunhão de fé e de caridade de toda a Igreja, de acordo com o arcebispo de Taranto (Itália), D. Filippo Santoro. Ele proferiu a Conferência “Papado e Episcopado no Concílio Vaticano II” na tarde desta quinta-feira, 6 de fevereiro, durante o Curso Anual dos Bispos do Brasil. O evento segue até a sexta-feira, 7, na residência do Sumaré, no Rio de Janeiro.

Dom Filippo Santoro explicou que tanto para o bispo de Roma quanto para o conjunto dos bispos, tudo deriva de um mesmo e único sacramento (o episcopado), da uma mesma e única missão que é aquela de construir e conservar a Igreja na comunhão, de um mesmo e único poder dado em consideração desta missão. No entanto, este poder é atualizado segundo o ofício que se recebe. Nessa perspectiva, o “ministério petrino pode ser compreendido adequadamente só no interior do sacramento da ordem episcopal”, de acordo com o Concílio Vaticano II.

Ele explicou que o Papa possui uma missão própria: ser princípio e fundamento, isto é, o início fundante da natureza comunal da Igreja na sua experiência de fé. Santoro lembrou o discurso de Bento XVI aos membros da Cúria e da Prelatura Romana para a apresentação dos votos natalícios, 22 de dezembro de 2005. “Enquanto bispo de Roma, ele é também papa, isto é, pastor e chefe da Igreja universal, chefe de todos os bispos e de todos os fieis; e a sua autoridade papal não tem vigor apenas em alguns determinados casos excepcionais, mas subsiste e obriga sempre, em todo tempo e em todo lugar”, de acordo com Bento XVI.temp_titlefilippo2_06022014183854

De acordo com o palestrante, a reflexão sobre o ministério petrino, a partir da consideração da sua natureza episcopal, nos permite evidenciar a colocação da eclesiologia conciliar: se com o Vaticano I emergia uma visão da Igreja que partia do “chefe”, o bispo de Roma, com o Vaticano II se parte, ao invés, do colégio apostólico instituído por Cristo mesmo e perpetuado em seus sucessores, os quais estão todos unidos no fundamento da Igreja universal.

O episcopado como colégio não pode existir sem seu chefe, destacou D. Filippo. “Não se trata de “ditadura”, como alguém poderia entender maliciosamente, mas de poder real que tem como único fim a edificação mesma da Igreja e a comunhão de fé e de caridade de toda a Igreja e, portanto, também do episcopado”, explicou.

“O Senhor pôs só Simão como Pedro e detentor das chaves da Igreja, e o constituiu pastor de todo o rebanho, enquanto o poder de ligar e desligar dada a Pedro foi concedido também ao colégio dos apóstolos unido ao seu chefe”, completou.

Igreja Universal e Igreja Particular

A autoridade do bispo de Roma não duplica ou sufoca a responsabilidade do bispo local, mas ao contrário garante sua verdadeira dimensão, explicou o arcebispo. “Coloca-a koinonia (comunhão) das Igrejas, lá onde a edificação da Igreja local encontra a sua plena medida”, ressaltou.

Para compreender o verdadeiro sentido da aplicação analógica do termo comunhão junto as Igrejas particulares, é necessário antes de tudo levar em conta que estas, enquanto “partes da única Igreja de Cristo” tem em tudo, isto é com a Igreja universal, uma peculiar relação de “mutua interioridade”. Por isso, “a Igreja Universal não pode ser concebida como a soma das Igrejas particulares e nem como uma federação de Igrejas particulares”.

Entre a Igreja Universal e a Igreja Particular existe uma correlação de força da mesma matriz que é a Igreja de Pentecostes com a sua irrepetibilidade. Além disso, entre Igreja universal e particular existe um relacionamento único e irrepetível, fundado sobre a natureza da Igreja e sobre a sua diversidade por uma sociedade natural territorial, partindo da qual é compreensível e justificado o relacionamento que intercorre entre o Papa e o bispo.

Sinodalidade e colegialidade

A conferência trouxe uma reflexão sobre o papado e o episcopado, segundo o bispo da diocese de Itabira, em Coronel Fabriciano (MG), Dom Marco Aurélio Gubiotti. Ele explicou que a palestra destacou que a relação entre Papa e bispos reforça as dimensões da unicidade, da colegialidade e sinodalidade.

“Como nós bispos nos relacionamos com o Papa e vice-versa para construirmos a unidade da Igreja a partir das reflexões do Concílio Vaticano II e a leitura que está sendo feita nesses 50 anos”, explicou.

De acordo com ele, a fala de D. Filippo Santoro reforça as dimensões da colegialidade e sinodalidade. “Não muda as nossas convicções de fé apresentadas e reafirmadas sobre o primado papal no Concílio Vaticano II, mas a maneira do exercício de serviço. Como nós bispos colaboraremos a partir de nossas igrejas particulares, de nossas dioceses com o primado petrino”.

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