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Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, 28/04/2024

28 de Abril de 2024

Natal: a esperança que refaz o ser humano

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28 de Abril de 2024

Natal: a esperança que refaz o ser humano

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19/12/2014 16:12 - Atualizado em 19/12/2014 16:14

Natal: a esperança que refaz o ser humano 0

19/12/2014 16:12 - Atualizado em 19/12/2014 16:14

“No princípio era o Verbo... e o Verbo era Deus... Todas as coisas foram feitas por meio d’Ele, e, sem Ele; coisa alguma foi feita de quanto existe... E o Verbo fez-Se carne e habitou entre nós” (Jo. 1, 1.3.14).

“... Não havia lugar para eles na hospedaria” (Lc 2, 7). “Veio para a sua casa, e os seus não O receberam.”...

O Verbo estava no mundo, e o mundo por meio d’Ele foi feito, mas o mundo não O conheceu” (Jo 1, 11.10).

Porque é que, numa estrebaria de Belém, nasce da Virgem Maria Aquele que é nascido do Pai desde toda a eternidade, Deus de Deus, Luz da Luz? Porque é que naquela noite, quando Ele nasceu de Maria, Virgem, não havia lugar para eles na hospedaria? Porque é que os seus não O receberam? E porque é que o mundo não O reconheceu?

Assim como os cidadãos de Belém, todos e cada um dos homens, de todas as épocas, podem dizer ao Verbo que se fez carne: Não te acolho, não há lugar. Mas, também, podem pensar no quanto terão perdido os habitantes da “cidade de David”, por não terem aberto a porta! Quanto perde cada ser humano que não deixa nascer, sob o teto do seu coração, Cristo, “a, verdadeira luz, que a todo o homem ilumina” (Jo 1, 9). Quanto perde o ser humano quando não consegue ver n’Ele a própria humanidade. Cristo veio ao mundo para revelar plenamente o ser e para dar-lhe a conhecer a sua vocação sublime (cf. “Gaudium et Spes” 22;Jo 1, 12).

O clamor que brota da solenidade do Natal do Senhor é para que abramos nosso coração e nossas vidas a Cristo. Acolher a Cristo em nossos corações é dar condições para que o ser humano se beneficie da caridade do Senhor, que se torna esperança para o ser humano e é manifestada na justiça, na fraternidade, na solidariedade. Mas, num mundo marcado pela injustiça, violência das armas, das drogas, que, em nome de diversos interesses se expulsam multidões de homens da Terra, do seu trabalho e os condenam à fome e escravidão, continua a se dizer: “não haver lugar para Ele na hospedaria”, por que não há lugar para o ser humano viver com dignidade.

Deus, que se fez homem, poderia ter vindo ao mundo de modo diverso de como veio? Poderia haver para Ele lugar na hospedaria? Não “deveria” Ele, desde o princípio, estar como aqueles para os quais não há lugar?

Descobrimos novamente a verdadeira alegria do Natal. Ainda que o mundo O não conheça, Ele É! Ainda que os seus O não recebam, Ele vem! E ainda que não haja lugar para ele na hospedaria. Ele nasce! (cf. Mensagem de João Paulo II no Natal de 1981)

Ser testemunhas do Natal significa, então, transformar a vida em dom de caridade e de generosidade para todos. Caridade que é a manifestação da bondade, da docilidade, da ajuda solidária a todos aqueles que sofrem na miséria, na doença e no abandono e sinal de esperança para todos. Deus é caridade! E fonte de nossa esperança!

Feliz Natal!


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Natal: a esperança que refaz o ser humano

19/12/2014 16:12 - Atualizado em 19/12/2014 16:14

“No princípio era o Verbo... e o Verbo era Deus... Todas as coisas foram feitas por meio d’Ele, e, sem Ele; coisa alguma foi feita de quanto existe... E o Verbo fez-Se carne e habitou entre nós” (Jo. 1, 1.3.14).

“... Não havia lugar para eles na hospedaria” (Lc 2, 7). “Veio para a sua casa, e os seus não O receberam.”...

O Verbo estava no mundo, e o mundo por meio d’Ele foi feito, mas o mundo não O conheceu” (Jo 1, 11.10).

Porque é que, numa estrebaria de Belém, nasce da Virgem Maria Aquele que é nascido do Pai desde toda a eternidade, Deus de Deus, Luz da Luz? Porque é que naquela noite, quando Ele nasceu de Maria, Virgem, não havia lugar para eles na hospedaria? Porque é que os seus não O receberam? E porque é que o mundo não O reconheceu?

Assim como os cidadãos de Belém, todos e cada um dos homens, de todas as épocas, podem dizer ao Verbo que se fez carne: Não te acolho, não há lugar. Mas, também, podem pensar no quanto terão perdido os habitantes da “cidade de David”, por não terem aberto a porta! Quanto perde cada ser humano que não deixa nascer, sob o teto do seu coração, Cristo, “a, verdadeira luz, que a todo o homem ilumina” (Jo 1, 9). Quanto perde o ser humano quando não consegue ver n’Ele a própria humanidade. Cristo veio ao mundo para revelar plenamente o ser e para dar-lhe a conhecer a sua vocação sublime (cf. “Gaudium et Spes” 22;Jo 1, 12).

O clamor que brota da solenidade do Natal do Senhor é para que abramos nosso coração e nossas vidas a Cristo. Acolher a Cristo em nossos corações é dar condições para que o ser humano se beneficie da caridade do Senhor, que se torna esperança para o ser humano e é manifestada na justiça, na fraternidade, na solidariedade. Mas, num mundo marcado pela injustiça, violência das armas, das drogas, que, em nome de diversos interesses se expulsam multidões de homens da Terra, do seu trabalho e os condenam à fome e escravidão, continua a se dizer: “não haver lugar para Ele na hospedaria”, por que não há lugar para o ser humano viver com dignidade.

Deus, que se fez homem, poderia ter vindo ao mundo de modo diverso de como veio? Poderia haver para Ele lugar na hospedaria? Não “deveria” Ele, desde o princípio, estar como aqueles para os quais não há lugar?

Descobrimos novamente a verdadeira alegria do Natal. Ainda que o mundo O não conheça, Ele É! Ainda que os seus O não recebam, Ele vem! E ainda que não haja lugar para ele na hospedaria. Ele nasce! (cf. Mensagem de João Paulo II no Natal de 1981)

Ser testemunhas do Natal significa, então, transformar a vida em dom de caridade e de generosidade para todos. Caridade que é a manifestação da bondade, da docilidade, da ajuda solidária a todos aqueles que sofrem na miséria, na doença e no abandono e sinal de esperança para todos. Deus é caridade! E fonte de nossa esperança!

Feliz Natal!


Cônego Manuel Manangão
Autor

Cônego Manuel Manangão

Vigário Episcopal para a Caridade Social