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Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, 10/05/2024

10 de Maio de 2024

Da Caridade à Esperança

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21/11/2014 10:21 - Atualizado em 21/11/2014 10:21

Da Caridade à Esperança 0

21/11/2014 10:21 - Atualizado em 21/11/2014 10:21

Estamos chegando ao fim do Ano da Caridade e às portas do Ano da Esperança, instituídos pelo nosso 11º PPC para 2014 e 2015. Seguem em perfeita consonância com o Ano da Fé aberto pelo Papa Bento XVI.

Dizia-nos o Papa Bento XVI que pela fé, homens e mulheres confessam a beleza de seguir o Senhor Jesus e o reconhecem vivo e presente na vida e na história. Pela fé, os discípulos formaram a primeira comunidade reunida em torno dos apóstolos, na oração, na fração do Pão, e pondo em comum aquilo que possuíam (cf. At 2, 42-47). Viviam profundamente a experiência da caridade. “A fé sem a caridade não dá fruto, e a caridade sem a fé seria um sentimento constantemente à mercê da dúvida. Fé e caridade reclamam-se mutuamente, de tal modo que uma consente à outra realizar o seu caminho”, evidenciou o Papa Bento XVI.

       O ano que vivemos foi uma excelente oportunidade para fazermos mais intensamente a experiência da fé, vivendo o testemunho da caridade.

Como dizia-nos Santo Agostinho: “Se vês a caridade, vês a Trindade”. A atividade da Igreja deve ser manifestação de um amor que procura o bem integral do homem através da evangelização. É amor o serviço que a Igreja dedica aos sofredores e necessitados. É o serviço da caridade.

Nos trabalhos realizados em cada comunidade de nossa arquidiocese, nossos paroquianos dedicam amorosamente a sua vida a quem vive sozinho, marginalizado ou excluído, considerando-o como o primeiro a quem atende, porque é precisamente nele que se espelha o próprio rosto de Cristo.

Diz-nos o Papa Francisco que “A Palavra de Deus ensina que, no irmão, está o prolongamento permanente da Encarnação para cada um de nós: Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a Mim mesmo o fizestes” (Mt 25, 40). Por isso, como já nos lembrava o Papa Bento XVI na Encíclica “Deus Caritas” est, o serviço da caridade é, e será sempre, uma dimensão constitutiva da missão da Igreja e expressão irrenunciável da sua própria essência.

A caridade – o amor – é possível, e nós somos capazes de praticá-la porque criados à imagem de Deus. Viver o amor e, deste modo, fazer entrar a luz de Deus no mundo: que é o convite que todos nós recebemos e carinhosamente devemos aceitar.

Nossa sociedade necessita do testemunho de todos que, iluminados pela Palavra do Senhor, tornam-se sinal vivo da presença do Ressuscitado no mundo. Somos chamados a ser discípulos e missionários da transformação da realidade à luz do Reino de Deus. Nossa missão é comunicar a vida de Cristo a todos. E o testemunho da caridade faz toda a diferença.

       Diante das angústias de todos os tempos e dos rostos sofredores de cada ser humano, Cristo nos convoca ao compromisso de fazer com que a beleza da dignidade querida por Deus seja construída em nossas vidas. A caridade torna-se sinal de esperança para tantos desanimados pelas dores da vida.

       Devemos ser sempre competentes na arte de acolher o próximo e através da caridade, que anuncia o amor de Deus pela humanidade para promover a dignidade e a comunhão fraterna que geram esperança em cada ser humano.

       Somos homens e mulheres de esperança, que com empenho procuramos contribuir para que o mundo se torne um pouco mais luminoso e humano, e assim, abra, também, as suas portas para o futuro (cf. “Spe salvi” 35). Que vivendo as ações generosas que visibilizam a caridade, sejamos o sinal de esperança em nossas comunidades em meio a tantas contradições de nossa sociedade. Coragem!

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21/11/2014 10:21 - Atualizado em 21/11/2014 10:21

Estamos chegando ao fim do Ano da Caridade e às portas do Ano da Esperança, instituídos pelo nosso 11º PPC para 2014 e 2015. Seguem em perfeita consonância com o Ano da Fé aberto pelo Papa Bento XVI.

Dizia-nos o Papa Bento XVI que pela fé, homens e mulheres confessam a beleza de seguir o Senhor Jesus e o reconhecem vivo e presente na vida e na história. Pela fé, os discípulos formaram a primeira comunidade reunida em torno dos apóstolos, na oração, na fração do Pão, e pondo em comum aquilo que possuíam (cf. At 2, 42-47). Viviam profundamente a experiência da caridade. “A fé sem a caridade não dá fruto, e a caridade sem a fé seria um sentimento constantemente à mercê da dúvida. Fé e caridade reclamam-se mutuamente, de tal modo que uma consente à outra realizar o seu caminho”, evidenciou o Papa Bento XVI.

       O ano que vivemos foi uma excelente oportunidade para fazermos mais intensamente a experiência da fé, vivendo o testemunho da caridade.

Como dizia-nos Santo Agostinho: “Se vês a caridade, vês a Trindade”. A atividade da Igreja deve ser manifestação de um amor que procura o bem integral do homem através da evangelização. É amor o serviço que a Igreja dedica aos sofredores e necessitados. É o serviço da caridade.

Nos trabalhos realizados em cada comunidade de nossa arquidiocese, nossos paroquianos dedicam amorosamente a sua vida a quem vive sozinho, marginalizado ou excluído, considerando-o como o primeiro a quem atende, porque é precisamente nele que se espelha o próprio rosto de Cristo.

Diz-nos o Papa Francisco que “A Palavra de Deus ensina que, no irmão, está o prolongamento permanente da Encarnação para cada um de nós: Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a Mim mesmo o fizestes” (Mt 25, 40). Por isso, como já nos lembrava o Papa Bento XVI na Encíclica “Deus Caritas” est, o serviço da caridade é, e será sempre, uma dimensão constitutiva da missão da Igreja e expressão irrenunciável da sua própria essência.

A caridade – o amor – é possível, e nós somos capazes de praticá-la porque criados à imagem de Deus. Viver o amor e, deste modo, fazer entrar a luz de Deus no mundo: que é o convite que todos nós recebemos e carinhosamente devemos aceitar.

Nossa sociedade necessita do testemunho de todos que, iluminados pela Palavra do Senhor, tornam-se sinal vivo da presença do Ressuscitado no mundo. Somos chamados a ser discípulos e missionários da transformação da realidade à luz do Reino de Deus. Nossa missão é comunicar a vida de Cristo a todos. E o testemunho da caridade faz toda a diferença.

       Diante das angústias de todos os tempos e dos rostos sofredores de cada ser humano, Cristo nos convoca ao compromisso de fazer com que a beleza da dignidade querida por Deus seja construída em nossas vidas. A caridade torna-se sinal de esperança para tantos desanimados pelas dores da vida.

       Devemos ser sempre competentes na arte de acolher o próximo e através da caridade, que anuncia o amor de Deus pela humanidade para promover a dignidade e a comunhão fraterna que geram esperança em cada ser humano.

       Somos homens e mulheres de esperança, que com empenho procuramos contribuir para que o mundo se torne um pouco mais luminoso e humano, e assim, abra, também, as suas portas para o futuro (cf. “Spe salvi” 35). Que vivendo as ações generosas que visibilizam a caridade, sejamos o sinal de esperança em nossas comunidades em meio a tantas contradições de nossa sociedade. Coragem!

Cônego Manuel Manangão
Autor

Cônego Manuel Manangão

Vigário Episcopal para a Caridade Social