03 de Fevereiro de 2025
Em contato com a dinâmica da Palavra
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13/07/2014 00:00 - Atualizado em 15/07/2014 15:45
Em contato com a dinâmica da Palavra 0
13/07/2014 00:00 - Atualizado em 15/07/2014 15:45
A narrativa da parábola da semente diz não só sobre a Palavra de Deus e de seus ouvintes. Também dos meios que podem ser disponibilizados. Por isso, não é simples detalhe narrativo ter Jesus saído de casa e se sentado às margens do mar da Galileia. É a preparação da cena: uma grande multidão se reuniu em volta dele e, por isso, entrou em uma barca e sentou-se, enquanto a multidão ficava de pé, na praia (Mt 13, 1-2). A disposição do Mestre é evidente e criativa. Serve-se do meio simples de que dispõe. Para ser visto e ouvido, o Mediador do ensinamento, o semeador da Palavra.
Para nós, o meio não é a mensagem, simplesmente. Assim sendo, a música, o canto, a poesia, o teatro, o cinema, a novela podem ser seus veículos, em forma já traduzida, interpretada e aplicada pelos que a vivenciam. O lúdico e o estético servem apenas para predispor à aprendizagem. Facilitam-na. Solicitam a vivência como transmissão da Palavra, pois se evangeliza com a verdade de si mesmo. Verdade é comprometimento, é convicção, é disposição de dar o tempo e a própria vida. Por isso, a rejeição, a perseguição e o martírio estão sempre no horizonte de quem semeia. Também de quem acolhe. Eis a fraqueza e força da evangelização: a liberdade e a disponibilidade das pessoas.
Fracassos de recepção: as sementes que caem à beira do caminho; as que caem em terreno pedregoso; as que caem em terra sem profundidade; as que caem entre espinhos. Muito mais expressivo é o sucesso das sementes que caíram em terra boa e frutificam a base de cem, de sessenta e de trinta frutos por semente. Nesse caso, realiza-se a profecia, quanto ao poder da Palavra, qual chuva e neve, que descem do céu para irrigar e fecundar a terra (Is 55, 10).
Jesus é o Mestre. Ensinou, ensinando. A orar, orando. A louvar, louvando. A amar, amando. A servir, servindo. A perdoar, perdoando. A sofrer, sofrendo. Enfim, a agir, agindo. “Dei-vos o exemplo para que façais o mesmo” (Jo 13,15). Por isso, o apelo: “Aprendei de mim” (Mt 11, 29). Ensinou a preparar evangelizadores, multiplicadores, e a enviá-los: “Ide, portanto” (Mt 28, 19).
O que se propõe como conteúdo e método de evangelizar, desde o primeiro anúncio até a catequese, supõe a intimidade com a Palavra de Deus e o próprio Deus da Palavra. Quem evangeliza é um servidor. Nada mais. Introduz e motiva à compreensão da mensagem, à semelhança do diácono Filipe. Explicou o profeta Isaías ao etíope, que lia sem compreender (At 8, 26-36). Ensinou-lhe o surpreendente: a descobrir Jesus, o Messias, Justo sofredor, na leitura. Da compreensão à aceitação da fé e do batismo. Eis o belo sentido da catequese: ecoar a Palavra no outro para ouvir sua resposta, a aceitação da fé em Deus.
Em contato com a dinâmica da Palavra
13/07/2014 00:00 - Atualizado em 15/07/2014 15:45
A narrativa da parábola da semente diz não só sobre a Palavra de Deus e de seus ouvintes. Também dos meios que podem ser disponibilizados. Por isso, não é simples detalhe narrativo ter Jesus saído de casa e se sentado às margens do mar da Galileia. É a preparação da cena: uma grande multidão se reuniu em volta dele e, por isso, entrou em uma barca e sentou-se, enquanto a multidão ficava de pé, na praia (Mt 13, 1-2). A disposição do Mestre é evidente e criativa. Serve-se do meio simples de que dispõe. Para ser visto e ouvido, o Mediador do ensinamento, o semeador da Palavra.
Para nós, o meio não é a mensagem, simplesmente. Assim sendo, a música, o canto, a poesia, o teatro, o cinema, a novela podem ser seus veículos, em forma já traduzida, interpretada e aplicada pelos que a vivenciam. O lúdico e o estético servem apenas para predispor à aprendizagem. Facilitam-na. Solicitam a vivência como transmissão da Palavra, pois se evangeliza com a verdade de si mesmo. Verdade é comprometimento, é convicção, é disposição de dar o tempo e a própria vida. Por isso, a rejeição, a perseguição e o martírio estão sempre no horizonte de quem semeia. Também de quem acolhe. Eis a fraqueza e força da evangelização: a liberdade e a disponibilidade das pessoas.
Fracassos de recepção: as sementes que caem à beira do caminho; as que caem em terreno pedregoso; as que caem em terra sem profundidade; as que caem entre espinhos. Muito mais expressivo é o sucesso das sementes que caíram em terra boa e frutificam a base de cem, de sessenta e de trinta frutos por semente. Nesse caso, realiza-se a profecia, quanto ao poder da Palavra, qual chuva e neve, que descem do céu para irrigar e fecundar a terra (Is 55, 10).
Jesus é o Mestre. Ensinou, ensinando. A orar, orando. A louvar, louvando. A amar, amando. A servir, servindo. A perdoar, perdoando. A sofrer, sofrendo. Enfim, a agir, agindo. “Dei-vos o exemplo para que façais o mesmo” (Jo 13,15). Por isso, o apelo: “Aprendei de mim” (Mt 11, 29). Ensinou a preparar evangelizadores, multiplicadores, e a enviá-los: “Ide, portanto” (Mt 28, 19).
O que se propõe como conteúdo e método de evangelizar, desde o primeiro anúncio até a catequese, supõe a intimidade com a Palavra de Deus e o próprio Deus da Palavra. Quem evangeliza é um servidor. Nada mais. Introduz e motiva à compreensão da mensagem, à semelhança do diácono Filipe. Explicou o profeta Isaías ao etíope, que lia sem compreender (At 8, 26-36). Ensinou-lhe o surpreendente: a descobrir Jesus, o Messias, Justo sofredor, na leitura. Da compreensão à aceitação da fé e do batismo. Eis o belo sentido da catequese: ecoar a Palavra no outro para ouvir sua resposta, a aceitação da fé em Deus.
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