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Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, 03/02/2025

03 de Fevereiro de 2025

Toque festivo de sinos

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04/04/2014 16:30

Toque festivo de sinos 0

04/04/2014 16:30

Toque festivo de sinos / Arqrio

É da tradição católica os sinos dobrarem de alegria por motivo de festa. É o que aconteceu no dia 3 de abril de 2014 por ocasião da canonização do Bem-aventurado padre Anchieta, nas igrejas de todo o território da nação brasileira.

São José de Anchieta, Apóstolo do Brasil, é o título durante a homilia fúnebre do missionário jesuíta, dado pelo padre doutor Bartolomeu Simões Pereira (1578-1603), primeiro prelado da Prelazia de São Sebastião do Rio de Janeiro.

Anchieta nasceu em 19 de março de 1534, em Tenerife, nas Ilhas Canárias, na Espanha. Educado em Portugal, estudou na Universidade de Coimbra. Aos 17 anos de idade, aos pés da imagem da Virgem Maria, venerada na Catedral de Coimbra, resolveu dedicar sua vida ao serviço de Deus e dos homens, fazendo voto pessoal de castidade. Posteriormente, impressionado com as cartas de São Francisco Xavier sobre as missões, decidiu entrar para a Companhia de Jesus, que o enviaria ao Brasil. Ainda noviço, chegou em, Salvador, na Bahia, aos 24 de janeiro de 1554, vigília da festa da Conversão de São Paulo. Foi ordenado sacerdote, em 1566.

Anchieta veio sem exigir nada para si, apenas disposto a dar a vida pelos habitantes do desconhecido mundo novo. Para ele e os demais jesuítas, tudo era dificuldade. Porém, enfrentaram as adversidades, sem meios materiais e apoio da Coroa. Conflitaram com os colonos que viam nos índios, quando aldeados, presas fáceis para escravizar. Além disso, tiveram que se adaptar à nova terra, ao clima e à alimentação.

Fez-se tudo para todos índios, portugueses e brasileiros, compartilhando sua vida com os costumes da nova terra. Sua dedicação foi integral e sem retorno em 44 anos de vida missionária, muitos dos quais como terceiro provincial dos jesuítas. Mais do que um elogio, ser apóstolo do Brasil é um título merecido e que lhe convém, pois contribuiu enormemente para a formação da brasilidade.

Anchieta foi catequista, dramaturgo, poeta, educador e árbitro. Fundou: povoados e aldeias, dos quais surgiram as cidades de São Paulo e de São Vicente. Erigiu: colégios e santas casas de misericórdia. Construiu: igrejas e oratórios. Contribuiu para o estudo do tupi e guarani, da fauna e flora.

Morreu a 9 de junho de 1597, na Província do Espírito Santo, na Aldeia de Reritiba, atual cidade de Anchieta. Nunca, porém, foi esquecido na história do Brasil e da Igreja na pátria. A propósito, o Papa Francisco escreveu na “Evangelii Gaudium”: “O crente é, fundamentalmente, uma pessoa que faz memória” (n. 13). Portanto, ao reconhecermos a vida santa do padre Anchieta, recordamos e atualizamos seu testemunho de fé. É a “memória agradecida”.

São José de Anchieta é modelo de sacerdote santo, missionário jesuíta, evangelizador e educador. Ensina-nos a sermos servidores e solidários. Inspira-nos a anunciarmos o Evangelho mesmo com dificuldades. Ele nos desperta à catequese permanente. Intercessor, há de nos ajudar a sermos fiéis à origem cristã da nossa pátria. Eis os motivos pelos quais os sinos dobraram.

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Toque festivo de sinos

04/04/2014 16:30

É da tradição católica os sinos dobrarem de alegria por motivo de festa. É o que aconteceu no dia 3 de abril de 2014 por ocasião da canonização do Bem-aventurado padre Anchieta, nas igrejas de todo o território da nação brasileira.

São José de Anchieta, Apóstolo do Brasil, é o título durante a homilia fúnebre do missionário jesuíta, dado pelo padre doutor Bartolomeu Simões Pereira (1578-1603), primeiro prelado da Prelazia de São Sebastião do Rio de Janeiro.

Anchieta nasceu em 19 de março de 1534, em Tenerife, nas Ilhas Canárias, na Espanha. Educado em Portugal, estudou na Universidade de Coimbra. Aos 17 anos de idade, aos pés da imagem da Virgem Maria, venerada na Catedral de Coimbra, resolveu dedicar sua vida ao serviço de Deus e dos homens, fazendo voto pessoal de castidade. Posteriormente, impressionado com as cartas de São Francisco Xavier sobre as missões, decidiu entrar para a Companhia de Jesus, que o enviaria ao Brasil. Ainda noviço, chegou em, Salvador, na Bahia, aos 24 de janeiro de 1554, vigília da festa da Conversão de São Paulo. Foi ordenado sacerdote, em 1566.

Anchieta veio sem exigir nada para si, apenas disposto a dar a vida pelos habitantes do desconhecido mundo novo. Para ele e os demais jesuítas, tudo era dificuldade. Porém, enfrentaram as adversidades, sem meios materiais e apoio da Coroa. Conflitaram com os colonos que viam nos índios, quando aldeados, presas fáceis para escravizar. Além disso, tiveram que se adaptar à nova terra, ao clima e à alimentação.

Fez-se tudo para todos índios, portugueses e brasileiros, compartilhando sua vida com os costumes da nova terra. Sua dedicação foi integral e sem retorno em 44 anos de vida missionária, muitos dos quais como terceiro provincial dos jesuítas. Mais do que um elogio, ser apóstolo do Brasil é um título merecido e que lhe convém, pois contribuiu enormemente para a formação da brasilidade.

Anchieta foi catequista, dramaturgo, poeta, educador e árbitro. Fundou: povoados e aldeias, dos quais surgiram as cidades de São Paulo e de São Vicente. Erigiu: colégios e santas casas de misericórdia. Construiu: igrejas e oratórios. Contribuiu para o estudo do tupi e guarani, da fauna e flora.

Morreu a 9 de junho de 1597, na Província do Espírito Santo, na Aldeia de Reritiba, atual cidade de Anchieta. Nunca, porém, foi esquecido na história do Brasil e da Igreja na pátria. A propósito, o Papa Francisco escreveu na “Evangelii Gaudium”: “O crente é, fundamentalmente, uma pessoa que faz memória” (n. 13). Portanto, ao reconhecermos a vida santa do padre Anchieta, recordamos e atualizamos seu testemunho de fé. É a “memória agradecida”.

São José de Anchieta é modelo de sacerdote santo, missionário jesuíta, evangelizador e educador. Ensina-nos a sermos servidores e solidários. Inspira-nos a anunciarmos o Evangelho mesmo com dificuldades. Ele nos desperta à catequese permanente. Intercessor, há de nos ajudar a sermos fiéis à origem cristã da nossa pátria. Eis os motivos pelos quais os sinos dobraram.

Dom Edson de Castro Homem
Autor

Dom Edson de Castro Homem

Bispo Auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro