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Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, 10/05/2024

10 de Maio de 2024

A caridade da Igreja: expressão solidária do amor de Deus

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10 de Maio de 2024

A caridade da Igreja: expressão solidária do amor de Deus

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01/12/2013 00:00 - Atualizado em 03/12/2013 01:24

A caridade da Igreja: expressão solidária do amor de Deus 0

01/12/2013 00:00 - Atualizado em 03/12/2013 01:24

A caridade da Igreja: expressão solidária do amor de Deus / Arqrio

Na próxima semana acontecerá a formatura de mais um grupo de agentes de pastoral que atuarão nas muitas paróquias da arquidiocese no âmbito da organização das pastorais sociais. Dizia-nos o Papa Bento XVI, repetindo Santo Agostinho: “Se vês a caridade, vês a Trindade”. A atividade da Igreja deve ser manifestação de um amor que procura o bem integral do homem através da sua evangelização. É amor, o serviço que a Igreja dedica aos sofredores e necessitados. É serviço da caridade.

O amor ao próximo, radicado no amor de Deus, é um dever para todos. No seio da comunidade não deve haver formas de pobreza tais, que sejam negados a alguém os bens necessários para uma vida digna. A caridade não é atividade de assistência social que se pode deixar a outros. Ela pertence à sua natureza, é expressão irrenunciável da essência da Igreja, que é a família de Deus no mundo. Nesta não deve haver ninguém que sofra por falta do necessário. Este jeito de ser deve atingir as pessoas para além das fronteiras da Igreja.

Nos diz o Papa Francisco: “Confessar um Pai que ama infinitamente cada ser humano implica descobrir que ‘assim lhe confere uma dignidade infinita’. Confessar que o Filho de Deus assumiu a nossa carne humana significa que cada pessoa humana foi elevada até ao próprio coração de Deus. Confessar que Jesus deu o seu sangue por nós impede-nos de ter qualquer dúvida acerca do amor sem limites que enobrece todo o ser humano.

A sua redenção tem um sentido social, porque ‘Deus, em Cristo, não redime somente a pessoa individual, mas também as relações sociais entre os homens’. Confessar que o Espírito Santo atua em todos implica reconhecer que Ele procura permear toda a situação humana e todos os vínculos sociais: ‘O Espírito Santo possui uma inventiva infinita, própria da mente divina, que sabe prover a desfazer os nós das vicissitudes humanas mais complexas e impenetráveis’.

A evangelização procura colaborar também com esta ação libertadora do Espírito. O próprio mistério da Trindade nos recorda que somos criados à imagem desta comunhão divina, pelo que não podemos realizar-nos nem salvar-nos sozinhos. A partir do coração do Evangelho, reconhecemos a conexão íntima que existe entre evangelização e promoção humana, que se deve necessariamente exprimir e desenvolver em toda a ação evangelizadora” (Exortação Apostólica “Evangelii Gaudium” 178).

A Igreja é força viva em que pulsa a dinâmica do amor suscitado pelo Espírito de Cristo. Este amor não oferece aos homens apenas uma ajuda material, mas sentido para a vida. Por isso, é dever da Igreja contribuir para a purificação da razão e o despertar das forças morais, sem as quais não se constroem estruturas justas. Todos, hierarquia e fiéis leigos, são chamados a trabalhar por uma ordem justa na sociedade.

A caridade é possível, e nós somos capazes de praticá-la porque criados à imagem de Deus. Viver o amor é, deste modo, fazer entrar a luz de Deus no mundo: tal é o convite que nossos agentes de pastoral receberam e carinhosamente aceitaram. Felicidades na nova missão!

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A caridade da Igreja: expressão solidária do amor de Deus / Arqrio

A caridade da Igreja: expressão solidária do amor de Deus

01/12/2013 00:00 - Atualizado em 03/12/2013 01:24

Na próxima semana acontecerá a formatura de mais um grupo de agentes de pastoral que atuarão nas muitas paróquias da arquidiocese no âmbito da organização das pastorais sociais. Dizia-nos o Papa Bento XVI, repetindo Santo Agostinho: “Se vês a caridade, vês a Trindade”. A atividade da Igreja deve ser manifestação de um amor que procura o bem integral do homem através da sua evangelização. É amor, o serviço que a Igreja dedica aos sofredores e necessitados. É serviço da caridade.

O amor ao próximo, radicado no amor de Deus, é um dever para todos. No seio da comunidade não deve haver formas de pobreza tais, que sejam negados a alguém os bens necessários para uma vida digna. A caridade não é atividade de assistência social que se pode deixar a outros. Ela pertence à sua natureza, é expressão irrenunciável da essência da Igreja, que é a família de Deus no mundo. Nesta não deve haver ninguém que sofra por falta do necessário. Este jeito de ser deve atingir as pessoas para além das fronteiras da Igreja.

Nos diz o Papa Francisco: “Confessar um Pai que ama infinitamente cada ser humano implica descobrir que ‘assim lhe confere uma dignidade infinita’. Confessar que o Filho de Deus assumiu a nossa carne humana significa que cada pessoa humana foi elevada até ao próprio coração de Deus. Confessar que Jesus deu o seu sangue por nós impede-nos de ter qualquer dúvida acerca do amor sem limites que enobrece todo o ser humano.

A sua redenção tem um sentido social, porque ‘Deus, em Cristo, não redime somente a pessoa individual, mas também as relações sociais entre os homens’. Confessar que o Espírito Santo atua em todos implica reconhecer que Ele procura permear toda a situação humana e todos os vínculos sociais: ‘O Espírito Santo possui uma inventiva infinita, própria da mente divina, que sabe prover a desfazer os nós das vicissitudes humanas mais complexas e impenetráveis’.

A evangelização procura colaborar também com esta ação libertadora do Espírito. O próprio mistério da Trindade nos recorda que somos criados à imagem desta comunhão divina, pelo que não podemos realizar-nos nem salvar-nos sozinhos. A partir do coração do Evangelho, reconhecemos a conexão íntima que existe entre evangelização e promoção humana, que se deve necessariamente exprimir e desenvolver em toda a ação evangelizadora” (Exortação Apostólica “Evangelii Gaudium” 178).

A Igreja é força viva em que pulsa a dinâmica do amor suscitado pelo Espírito de Cristo. Este amor não oferece aos homens apenas uma ajuda material, mas sentido para a vida. Por isso, é dever da Igreja contribuir para a purificação da razão e o despertar das forças morais, sem as quais não se constroem estruturas justas. Todos, hierarquia e fiéis leigos, são chamados a trabalhar por uma ordem justa na sociedade.

A caridade é possível, e nós somos capazes de praticá-la porque criados à imagem de Deus. Viver o amor é, deste modo, fazer entrar a luz de Deus no mundo: tal é o convite que nossos agentes de pastoral receberam e carinhosamente aceitaram. Felicidades na nova missão!

Cônego Manuel Manangão
Autor

Cônego Manuel Manangão

Vigário Episcopal para a Caridade Social