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Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, 10/05/2024

10 de Maio de 2024

Artconfé na Feira da Providência

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Artconfé na Feira da Providência

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22/11/2013 17:59 - Atualizado em 22/11/2013 17:59

Artconfé na Feira da Providência 0

22/11/2013 17:59 - Atualizado em 22/11/2013 17:59

Artconfé na Feira da Providência / Arqrio

Ainda ouvimos muito falar sobre as desigualdades sociais presentes em nosso mundo, que condenam um numeroso grupo de pessoas ao êxodo, ao exílio, à deterioração física e psíquica e inclusive à perda precoce da vida. Também ouvimos falar de que os governos das nações estão preocupados pelo aumento dos postos de trabalho, ou até ouvimos falar de que este ou aquele país está em situação plena de emprego.
O fato é que, na maioria dos casos pelo mundo afora, a realidade do emprego é uma situação aflitiva para grande parte de nossa população, que continua atormentada pelo flagelo da miséria. Isto nos põe diante de uma questão básica para a cidadania e a promoção do bem comum.
Falar sobre a dignidade da pessoa humana, é falar também do princípio ético da solidariedade. O outro, que sofre na miséria ou passa fome, interpela e atinge nossa própria identidade de ser humano. Não se deixar interpelar e não agir diante da pessoa vilipendiada pela miséria é desumanizar-se. Participar do resgate da dignidade do outro, ao contrário, é humanizar-se com ele. Enquanto houver um ser humano na miséria ou na fome, é a humanidade toda que sofre em sua dignidade ofendida.
O Papa João Paulo II nos alertou inúmeras vezes em relação à injustiça gerada toda vez que a realidade econômica se sobrepõe à pessoa humana e condiciona o desenvolvimento dos povos às regras cegas do mercado. Como é possível que ainda haja quem morra de fome, quem esteja condenado ao analfabetismo, quem viva privado de cuidados médicos elementares, quem não tenha casa onde se abrigar e emprego onde ganhar o necessário para o sustento de sua família? (Cf. Novo Milênio Ineunte, 10 e 14).
Também o Papa Francisco em inúmeras ocasiões tem nos apresentado sua preocupação diante da fome de tantos e das condições de miséria nas nações que favorecem as migrações em vista de vida melhor, nos conclamando a uma atitude de solidariedade transformadora. Este alerta vale para nós cristãos por princípio de fé e vale para todos os homens de boa vontade.
Estas questões e a procura de viver a mensagem do Evangelho levou um grupo de mulheres e homens envolvidos em tantas pastorais a fomentar e desenvolver relações de uma verdadeira economia solidária, de comunhão como alternativa para a inclusão social.
Este projeto tem a finalidade de reafirmar a valorização e reconhecimento do trabalho e o cuidado com a sustentabilidade da vida humana, através da organização e mobilização das mulheres, mediante a visibilidade e valorização de suas atividades produtivas.
É bonito ver como, em três anos de existência do grupo, cresceu a união e a comunhão na resolução das dificuldades, assim como melhorou a qualidade dos produtos feitos. Isto é fruto de uma busca por assessorias que ajudassem a entender as lógicas da economia e suas possíveis saídas, assim como da busca por capacitação nas várias técnicas de artesanato.
Sempre ouvimos dizer que a união faz a força. É verdade. A união faz a força, desperta a busca da comunhão, da solidariedade, da justiça e da partilha. O Amor de Deus no coração do ser humano alimenta o sonho de realização de cada ser humano, de cada pessoa. O nosso coração iluminado pela realização plena na eternidade nos faz testemunhas do Amor de Deusa no hoje a vida.
O grupo Artcomfé está novamente na Feira da Providência deste ano. Vá conferir seu trabalho.

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Artconfé na Feira da Providência

22/11/2013 17:59 - Atualizado em 22/11/2013 17:59

Ainda ouvimos muito falar sobre as desigualdades sociais presentes em nosso mundo, que condenam um numeroso grupo de pessoas ao êxodo, ao exílio, à deterioração física e psíquica e inclusive à perda precoce da vida. Também ouvimos falar de que os governos das nações estão preocupados pelo aumento dos postos de trabalho, ou até ouvimos falar de que este ou aquele país está em situação plena de emprego.
O fato é que, na maioria dos casos pelo mundo afora, a realidade do emprego é uma situação aflitiva para grande parte de nossa população, que continua atormentada pelo flagelo da miséria. Isto nos põe diante de uma questão básica para a cidadania e a promoção do bem comum.
Falar sobre a dignidade da pessoa humana, é falar também do princípio ético da solidariedade. O outro, que sofre na miséria ou passa fome, interpela e atinge nossa própria identidade de ser humano. Não se deixar interpelar e não agir diante da pessoa vilipendiada pela miséria é desumanizar-se. Participar do resgate da dignidade do outro, ao contrário, é humanizar-se com ele. Enquanto houver um ser humano na miséria ou na fome, é a humanidade toda que sofre em sua dignidade ofendida.
O Papa João Paulo II nos alertou inúmeras vezes em relação à injustiça gerada toda vez que a realidade econômica se sobrepõe à pessoa humana e condiciona o desenvolvimento dos povos às regras cegas do mercado. Como é possível que ainda haja quem morra de fome, quem esteja condenado ao analfabetismo, quem viva privado de cuidados médicos elementares, quem não tenha casa onde se abrigar e emprego onde ganhar o necessário para o sustento de sua família? (Cf. Novo Milênio Ineunte, 10 e 14).
Também o Papa Francisco em inúmeras ocasiões tem nos apresentado sua preocupação diante da fome de tantos e das condições de miséria nas nações que favorecem as migrações em vista de vida melhor, nos conclamando a uma atitude de solidariedade transformadora. Este alerta vale para nós cristãos por princípio de fé e vale para todos os homens de boa vontade.
Estas questões e a procura de viver a mensagem do Evangelho levou um grupo de mulheres e homens envolvidos em tantas pastorais a fomentar e desenvolver relações de uma verdadeira economia solidária, de comunhão como alternativa para a inclusão social.
Este projeto tem a finalidade de reafirmar a valorização e reconhecimento do trabalho e o cuidado com a sustentabilidade da vida humana, através da organização e mobilização das mulheres, mediante a visibilidade e valorização de suas atividades produtivas.
É bonito ver como, em três anos de existência do grupo, cresceu a união e a comunhão na resolução das dificuldades, assim como melhorou a qualidade dos produtos feitos. Isto é fruto de uma busca por assessorias que ajudassem a entender as lógicas da economia e suas possíveis saídas, assim como da busca por capacitação nas várias técnicas de artesanato.
Sempre ouvimos dizer que a união faz a força. É verdade. A união faz a força, desperta a busca da comunhão, da solidariedade, da justiça e da partilha. O Amor de Deus no coração do ser humano alimenta o sonho de realização de cada ser humano, de cada pessoa. O nosso coração iluminado pela realização plena na eternidade nos faz testemunhas do Amor de Deusa no hoje a vida.
O grupo Artcomfé está novamente na Feira da Providência deste ano. Vá conferir seu trabalho.

Cônego Manuel Manangão
Autor

Cônego Manuel Manangão

Vigário Episcopal para a Caridade Social