Arquidiocese do Rio de Janeiro

29º 22º

Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, 09/05/2024

09 de Maio de 2024

Campanha Eleitoral

Enviando...
Por favor, preencha os campos adequadamente.
Ocorreu um erro no envio do e-mail.
E-mail enviado com sucesso.

09 de Maio de 2024

Campanha Eleitoral

Se você encontrou erro neste texto ou nesta página, por favor preencha os campos abaixo. O link da página será enviado automaticamente a ArqRio.

Enviando...
Por favor, preencha os campos adequadamente.
Ocorreu um erro no envio do erro.
Erro relatado com sucesso, obrigado.

29/10/2013 17:56 - Atualizado em 07/01/2014 22:32

Campanha Eleitoral 0

29/10/2013 17:56 - Atualizado em 07/01/2014 22:32

Campanha Eleitoral / Arqrio

Deus criou o homem para viver em sociedade e depositou em todo coração bem formado o desejo do bem comum e da paz. Em vista disso, o indivíduo é alguém responsável por tudo o que se refere à terra onde nasceu, que responde por si e pelo conjunto, pelo sucesso e pela solução das dificuldades, embora cada um em graus diferentes. No entanto o egoísmo e a ganância, verdadeiros ídolos do nosso tempo, vão-se manifestando numa verdadeira extensão do mal: a corrupção, verdadeira praga a corroer a vida humana.

Não há economia, nem política, nem outra realidade humana que consiga sobreviver quando a corrupção se instala. A história é cheia de nações e impérios que foram corroídos por dentro por esta realidade: egoísmo, ganância e corrupção, associados a outros males que andam sempre juntos. Quando estes elementos se instalam são sempre dolorosas as ocorrências, e trágicas as consequências para a vida. A corrupção apresenta a progressiva desintegração do ser, dos costumes, e isto leva à destruição do indivíduo e afeta a vida comunitária, o bem comum.

Muitas vezes, o campo da política, pelo desenfreado desejo de poder que não tem como finalidade o bem comum, mas apenas as satisfações pessoais marcadas pela ganância e egoísmo, é o espaço onde o conjunto destes verdadeiros ídolos se apresentam de forma contundente. E ainda que o tempo da campanha eleitoral ainda não tenha chegado conforme a lei determina, a corrida eleitoral já começou com a maratona para convencer o eleitor.

Diante das notícias que apresentam os resultados pífios da ação dos políticos, e o pouco interesse com a coisa pública e o bem comum, o desencanto dos eleitores pode ser uma realidade presente nas comunidades. Por isso, a proximidade de nova eleição, ainda que só aconteça daqui a um ano, proporciona a oportunidade para um exame do relacionamento entre o agir de cada indivíduo, quer já esteja na politica ou seja candidato novo a cargo eleitoral, e o bem-estar da sociedade.

A sociedade deve escolher dignos representantes para que se tenha um governo honesto, fundamentado em leis bem elaboradas e segundo os ditames éticos. O voto do eleitor é o seu poderoso instrumento de mudança. A seleção do candidato com os olhos voltados para a dignificação das funções públicas é decorrência da nossa formação cristã e cívica.

Assim, podemos começar a delinear alguns dos critérios para a escolha dos futuros candidatos. Sabemos que a paz é um grande clamor e uma reivindicação de todos. No atual momento da história da humanidade, diante da crescente onda de violência e exclusão social, a proposta de uma cultura da paz tem adquirido grande importância. A paz é sempre fruto e presença de justiça, solidariedade, partilha, desenvolvimento e progresso dos povos.

Ao escolher os candidatos, é preciso saber o que eles pensam sobre cada uma destas condições para a existência de uma verdadeira cultura da paz. É preciso saber como eles realmente têm-se portado na vida pública e na comunidade em que vivem. É preciso saber se o discurso não é apenas um conjunto de palavras usadas somente para atrair o eleitor.

O primeiro passo para a construção da paz é a defesa da vida e da dignidade da pessoa humana em todas as suas manifestações, desde a concepção até o fim natural, com a morte, passando pela defesa da infância e da adolescência, do combate ao uso de drogas, à prostituição, à pornografia e à exploração do trabalho infantil.

Fiquemos atentos. Formemos nossos grupos para conversar sobre o assunto em nossas comunidades. Comecemos a ouvir as pessoas.

Leia os comentários

Deixe seu comentário

Resposta ao comentário de:

Enviando...
Por favor, preencha os campos adequadamente.
Ocorreu um erro no envio do comentário.
Comentário enviado para aprovação.
Campanha Eleitoral / Arqrio

Campanha Eleitoral

29/10/2013 17:56 - Atualizado em 07/01/2014 22:32

Deus criou o homem para viver em sociedade e depositou em todo coração bem formado o desejo do bem comum e da paz. Em vista disso, o indivíduo é alguém responsável por tudo o que se refere à terra onde nasceu, que responde por si e pelo conjunto, pelo sucesso e pela solução das dificuldades, embora cada um em graus diferentes. No entanto o egoísmo e a ganância, verdadeiros ídolos do nosso tempo, vão-se manifestando numa verdadeira extensão do mal: a corrupção, verdadeira praga a corroer a vida humana.

Não há economia, nem política, nem outra realidade humana que consiga sobreviver quando a corrupção se instala. A história é cheia de nações e impérios que foram corroídos por dentro por esta realidade: egoísmo, ganância e corrupção, associados a outros males que andam sempre juntos. Quando estes elementos se instalam são sempre dolorosas as ocorrências, e trágicas as consequências para a vida. A corrupção apresenta a progressiva desintegração do ser, dos costumes, e isto leva à destruição do indivíduo e afeta a vida comunitária, o bem comum.

Muitas vezes, o campo da política, pelo desenfreado desejo de poder que não tem como finalidade o bem comum, mas apenas as satisfações pessoais marcadas pela ganância e egoísmo, é o espaço onde o conjunto destes verdadeiros ídolos se apresentam de forma contundente. E ainda que o tempo da campanha eleitoral ainda não tenha chegado conforme a lei determina, a corrida eleitoral já começou com a maratona para convencer o eleitor.

Diante das notícias que apresentam os resultados pífios da ação dos políticos, e o pouco interesse com a coisa pública e o bem comum, o desencanto dos eleitores pode ser uma realidade presente nas comunidades. Por isso, a proximidade de nova eleição, ainda que só aconteça daqui a um ano, proporciona a oportunidade para um exame do relacionamento entre o agir de cada indivíduo, quer já esteja na politica ou seja candidato novo a cargo eleitoral, e o bem-estar da sociedade.

A sociedade deve escolher dignos representantes para que se tenha um governo honesto, fundamentado em leis bem elaboradas e segundo os ditames éticos. O voto do eleitor é o seu poderoso instrumento de mudança. A seleção do candidato com os olhos voltados para a dignificação das funções públicas é decorrência da nossa formação cristã e cívica.

Assim, podemos começar a delinear alguns dos critérios para a escolha dos futuros candidatos. Sabemos que a paz é um grande clamor e uma reivindicação de todos. No atual momento da história da humanidade, diante da crescente onda de violência e exclusão social, a proposta de uma cultura da paz tem adquirido grande importância. A paz é sempre fruto e presença de justiça, solidariedade, partilha, desenvolvimento e progresso dos povos.

Ao escolher os candidatos, é preciso saber o que eles pensam sobre cada uma destas condições para a existência de uma verdadeira cultura da paz. É preciso saber como eles realmente têm-se portado na vida pública e na comunidade em que vivem. É preciso saber se o discurso não é apenas um conjunto de palavras usadas somente para atrair o eleitor.

O primeiro passo para a construção da paz é a defesa da vida e da dignidade da pessoa humana em todas as suas manifestações, desde a concepção até o fim natural, com a morte, passando pela defesa da infância e da adolescência, do combate ao uso de drogas, à prostituição, à pornografia e à exploração do trabalho infantil.

Fiquemos atentos. Formemos nossos grupos para conversar sobre o assunto em nossas comunidades. Comecemos a ouvir as pessoas.

Cônego Manuel Manangão
Autor

Cônego Manuel Manangão

Vigário Episcopal para a Caridade Social