26 de Abril de 2024
Bloco da São Martinho defende direitos das crianças e adolescentes
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14/02/2018 14:43 - Atualizado em 14/02/2018 14:43
Por: Andréia Gripp
Bloco da São Martinho defende direitos das crianças e adolescentes 0
"Sem preconceito e discriminação, com mais cultura e educação." A frase foi retirada do samba enredo da Associação Beneficente São Martinho, que saiu pelas ruas do Centro, no dia 8 de fevereiro, e contagiou os cariocas e turistas que estavam nas imediações da Lapa. Ao chegar à Escadaria Selarón, o Bloco fez uma parada e convidou os turistas estrangeiros a entrar na folia e na luta pelos direitos da criança, dos adolescentes e dos jovens.
Com o tema “Crianças: Protagonistas do Futuro”, a instituição mantida pela Ordem do Carmo, levou para a rua quatro alas: Proteção à Criança e ao Adolescente; Não à exploração Sexual Infantil; Direitos Humanos, e Educação e Cultura. Após o desfile, os foliões voltaram para o Centro Socioeducativo da São Martinho, na Lapa.
Os foliões foram animados pela bateria ‘Furiosa do Educagente’ e pela bateria de beneficiários e colaboradores da unidade Lapa. As fantasias usadas pelas crianças foram feitas por voluntários, como o carnavalesco Almir França, que com sua equipe ajudou nos preparativos das roupas. Além disso, cabeleireiros e maquiadores embelezaram as crianças, que puderam cortar o cabelo, fazer um penteado e fazer uma maquiagem apropriada para cada faixa etária. O bloco contou também com a ajuda da Oi Futuro, que colaborou com os estandartes e as máscaras.
A menina Ana Júlia Vieira, de 8 anos, era uma das crianças que estavam se arrumando para o bloco na sede da São Martinho. Ela contou como estava se sentindo:
"Estou muito animada. Quero cortar o meu cabelo e fazer uma maquiagem bonita. Quero brincar, dançar e me divertir. É muito melhor estar aqui do que ficar em casa sem fazer nada", disse.
Conscientização social
Este é o segundo ano que São Martinho sai com o bloco pelas ruas do Rio. O Diácono Valdinei Martins, coordenador do Eixo Abordagem da Associação, contou que este ano o grupo se estruturou melhor e trouxe um enredo próprio, com foco no combate à exploração sexual infantil e na defesa dos direitos das crianças, adolescentes e jovens.
"Buscamos em nossas atividades junto às crianças, adolescentes e jovens trabalhar sempre as manifestações culturais de cada tempo e o Carnaval é uma das festas que não podemos deixar de comemorar", contou o Diácono, que complementou: "Com o bloco queremos chamar a atenção para a causa da criança e do adolescente e dos direitos humanos. Queremos gritar que para as crianças serem protagonistas do futuro elas precisam ser cuidadas. Queremos em meio a festa conscientizar as pessoas acerca de temas e situações tristes que persistem em nossa sociedade, visto que ainda percebemos a ausência dos direitos à cultura, à educação, à proteção contra a exploração infantil".
Felipe de Abreu foi um dos voluntários que ajudou na confecção das fantasias. Para o estilista, é muito importante se engajar na luta por um Rio de Janeiro e um Brasil com mais direitos garantidos para os cidadãos.
"Estamos há duas semanas num trabalho intenso. É um sentimento único estar aqui, doando meu tempo e meu conhecimento para essa causa. Um sentimento muito bom, que traz grande felicidade. Apesar da correria, conseguimos fazer as fantasias."
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