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Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, 26/04/2024

26 de Abril de 2024

‘No seminário eu aprendi a amar a Deus’

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‘No seminário eu aprendi a amar a Deus’

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13/09/2017 13:30 - Atualizado em 13/09/2017 13:30
Por: Nathalia Cardoso

‘No seminário eu aprendi a amar a Deus’ 0

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No dia 3 de setembro, a Arquidiocese do Rio ganhou mais diácono: Celso Lima Ferreira Júnior, de 30 anos. O filho de Celso Lima Ferreira e Sandra Marinho Ferreira foi ordenado em sua paróquia de origem, Nossa Senhora da Conceição, em Santa Cruz. Ele escolheu como lema de ordenação: “Fiel é aquele que vos chamou, e Ele mesmo o realizará” (1Ts 5,24).

O arcebispo do Rio, Cardeal Orani João Tempesta, foi o celebrante. Em sua homilia, o cardeal lembrou que todos os cristãos são chamados a viver o amor de Deus, mas os vocacionados, chamados a viver todas as etapas do Sacramento da Ordem, visibilizam bem esse aspecto.

“O Senhor nos chama e nos seduz para estar com Ele para que, entregues à vontade de Cristo, sejamos no mundo sinais que chamam a atenção da sociedade, fazendo contraste com muitas questões e contradições que ela possui”, afirmou.

Celso entrou no seminário sete anos atrás. Seu chamado foi cheio de sinais. O primeiro aconteceu há dez anos, quando ele tinha 20 anos de idade. Um amigo passou a semana inteira o convidando para ir à missa. Ele recusou até que sua mãe contou que teria que fazer um exame para descobrir o que era um nódulo que tinha no seio. “Eu não tinha considerado essa informação importante, até que me dei conta de que só podia ser Deus querendo que eu fosse para a Igreja rezar”, contou.

Ele foi à missa naquela mesma noite. Envergonhado, pois não estava ambientado, sentou-se no último banco da última fileira. Ele sentiu que todas as palavras da homilia naquele dia foram direcionadas a ele, e chorou por se sentir pleno como nunca havia se sentido.

“Eu me lembro como se fosse hoje. Eu era um jovem muito sedento, fascinado pela natureza e que buscava nas coisas do mundo algo que pudesse corresponder a essa necessidade interior que eu trazia comigo. Nessa busca, eu acabei encontrando muitas promessas de felicidade, mas que tinham um prazo muito curto de validade. Naquele momento, eu estava conhecendo o amor de Deus, que mudaria a minha vida para sempre”, disse.

Vocação

Uma vez, uma pessoa disse para Celso: “Se disserem que você vai ser padre, não liga não, porque as pessoas têm o costume de dizer para os jovens da sua idade, que são comprometidos com as coisas de Deus, que eles vão ser padres um dia”. “Eu sorri e agradeci pela orientação. Contudo, quando me deitei para dormir, eu me lembrei do que aquela pessoa havia me falado, e essa frase não saiu mais da minha cabeça”, contou.

A partir daquele momento, começou a pensar em Moisés, que argumentava com Deus ao ser chamado à missão de libertar o povo cativo. “Eu tentei resistir e argumentava com Nosso Senhor dizendo a Ele os meus tantos pecados e minhas inúmeras incapacidades para exercer o chamado. Contudo, Ele me seduziu”, afirmou.

Um dia, ao sair da faculdade mais cedo, foi à Igreja. No salão, estava tendo adoração ao Santíssimo Sacramento. Ele participou do momento e, na hora de ir embora, uma senhora se aproximou e disse: “Não tenha medo porque é o Senhor que está te chamando”. “Naquele momento, não consegui conter as lágrimas e disse: ‘Por que a senhora está falando isso para mim?’ Ela respondeu: ‘Você sabe porquê’”, contou.

Depois disso, ele ficou ansioso para ir ao seminário e começar sua jornada, pois já sabia o que fazer. Em 2010, participou do Grupo Vocacional Arquidiocesano. No final do ano, depois de ter sido acompanhado pela equipe responsável, foi aceito no seminário.

Seminário

Celso contou que, durante o tempo no seminário, se sentiu subindo no monte para ouvir a voz de Deus.

“No seminário eu aprendi a amar a Deus, a amar as pessoas com pureza de coração, a ser aquilo que Deus desde sempre tinha pensado para todo ser humano: viver nesse mundo como alguém que foi criado à sua imagem e semelhança”, afirmou.

Segundo ele, são inúmeros os aprendizados que os seminaristas têm no seminário.

Trajetória

Celso contou que o padre Jorge Bispo, seu pároco, foi uma fonte de inspiração. Ele credita o discernimento vocacional também à Igreja, que nas pessoas dos sacerdotes, acompanhou o processo até agora.

“Não sei se alguém ousaria dizer que está preparado diante de uma missão tão grande como a nossa: de sermos sacerdotes. Mas posso dizer que conto com a graça de Deus para que, movido por ela, oferte toda a minha vida, a cada dia, para servir da melhor maneira à Igreja do Senhor”, afirmou.

Família

A família levou um tempo até assimilar a notícia de que Celso seria padre, mas segundo ele, apoia a decisão e acabou por se aproximar mais da Igreja depois da descoberta de sua vocação.

“Nisso, eu sempre vi um sinal de confirmação da minha vocação. Se Deus me chamou, me tirou de casa para segui-lo mais de perto; Ele não deixaria os meus com uma ausência. Pelo contrário, Ele os atraiu também à Sua presença. Hoje são pessoas com uma proximidade muito maior com Ele. Se Ele nos chama, também dá as condições para que tudo aconteça”, afirmou o diácono.

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Foto: Carlos Ébano

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