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26 de Abril de 2024

Projeto Amar: presença religiosa junto aos enfermos

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Projeto Amar: presença religiosa junto aos enfermos

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16/02/2017 15:36 - Atualizado em 16/02/2017 15:36
Por: Priscila Xavier

Projeto Amar: presença religiosa junto aos enfermos 0

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Há 25 anos, o então Papa São João Paulo II oficializou o dia 11 de fevereiro, na memória de Nossa Senhora de Lourdes, para que a Igreja se recordasse e fizesse “um momento forte de oração, de partilha, de oferta do sofrimento pelo bem da Igreja e de apelo dirigido a todos para reconhecerem na face do irmão enfermo a Santa Face de Cristo que, sofrendo, morrendo e ressuscitando, operou a salvação da humanidade”.

Foi assim que surgiu o Dia Mundial do Doente e, a partir daí, muitas iniciativas estão acontecendo para manifestar a misericórdia de Deus ante o sofrimento humano. Uma delas, chamada Projeto Amar, acontece no Hospital Norte D’Or, em Cascadura.

Funcionando há dois anos na unidade, o projeto conta com 59 voluntários, sendo 33 católicos, 23 evangélicos e três messiânicos. Em média são realizadas 132 visitas por mês.

Acolhimento

Com a finalidade de conhecer o projeto, o Cardeal Orani João Tempesta visitou o Hospital Norte D’Or, no dia 12 de fevereiro. Recebido pela diretora operacional do Norte D’Or, Magali Maia, o capelão do hospital, diácono Francisco Adriano Rocha Fernandes, e o capelão da Convenção Batista Carioca nos Hospitais, pastor Miguel Jacob Mendes, ele conheceu o capela ecumênica, visitou pacientes e conversou com funcionários e agentes da Pastoral da Saúde que trabalham no projeto.

Assistência integral

No auditório do hospital, ao participar de uma cerimônia de acolhida – animada pelo Coral Amanhecer, pertencente à Paróquia Santo Sepulcro, em Madureira –, Dom Orani destacou que o atendimento religioso, respeitando a confissão de cada um, é o diferencial na recuperação dos pacientes.

“Essa visita, que faço um dia após o Dia Mundial do Doente, é uma oportunidade de ficar próximo aos enfermos e seus familiares. Também de conhecer e conversar com todos que trabalham e que têm a missão de amenizar a dor das pessoas. Nesses tempos difíceis em que passa o Rio de Janeiro, é bom ver pessoas como vocês, que se empenham pela promoção da saúde, oferecendo, dentro da missão de cada um, uma melhor qualidade de vida aos que passam pelo sofrimento no corpo. É muito bom ver o trabalho sendo realizado nas unidades hospitalares pelos cristãos, de forma ecumênica, também por outras confissões, sempre respeitando a liberdade religiosa de cada um. Ao mesmo tempo, é nossa obrigação ser presença junto às pessoas, respeitando a religião de cada um, mas uma presença que faz a diferença. A direção do hospital, ao trabalhar nesse sentido, se preocupa com a recuperação do homem todo, de forma integral. O ser humano não é apenas órgãos, ossos e circulação, mas ele também é espírito, alma”, destacou.

Unidade na missão

Manifestando alegria por todos os que desempenham a missão junto aos enfermos, o Cardeal Orani recordou quando, ainda jovem sacerdote, realizava assistência espiritual em unidades hospitalares em São José do Rio Pardo (SP), sua cidade natal.

“Quando sacerdote jovem também trabalhei junto aos enfermos em hospitais, em São José do Rio Pardo. Isso me ajudou a enxergar a importância da presença religiosa junto aos enfermos. Portanto, ao celebrar nesse fim de semana o Dia Mundial do Doente, agradecemos pelo trabalho de nossos irmãos evangélicos e messiânicos que, junto a nós, fazem parte do Projeto Amar, à direção do hospital e aos que, de certa forma, colaboram para que a dimensão transcendental do ser humano seja atendida na sua integralidade”, acrescentou.

Em rede

De acordo com a diretora operacional do Norte D’Or, Magali Maia, o próximo desafio será a propagação do Projeto Amar nas demais unidades da Rede D’Or. Segundo ela, dessa maneira, os pacientes podem receber um tratamento de forma integral.

“Agora, o nosso desafio será propagar esse projeto pelas demais unidades da rede para que todos passem por um tratamento integral: corpo e alma. Acredito que isso é o que faz a diferença na saúde das pessoas”, completou.

Em busca da luz

Ainda durante a visita, Dom Orani foi presenteado com um girassol pelo jovem Márcio da Silva Rosa, da Paróquia Santa Cruz do Senhor, em Piedade, e membro da Pastoral da Saúde e do Projeto Amar. Na homenagem, o jovem explicou o sentido da flor de girassol.

“Ao pensar em algo que recordasse o nosso trabalho e que poderíamos dar ao senhor, lembrei-me dessa flor. Isso porque o girassol sempre busca o sol. Mesmo caído, ele sempre procura a luz. As pedras que estão no vaso simbolizam, muitas vezes, os corações entristecidos, que perderam a esperança. Ao buscar a luz, o girassol também passa a aquecer essas pedras para que elas possam brilhar como diamantes”, explicou.

Implantação

A história do Projeto Amar começou no ano de 2013, quando o vigário episcopal do Vicariato Suburbano, padre Nivaldo Alves, o assessor eclesiástico da Pastoral de Saúde da Arquidiocese do Rio e capelão do Hospital Quinta D’Or, padre Paulo Celso Dias, e o diácono Francisco Adriano Rocha Fernandes iniciaram as reuniões junto à direção do Hospital Norte D’Or de maneira a estruturar o projeto de assistência médica, religiosa e espiritual aos pacientes e familiares. Essa etapa durou cerca de um ano.

De acordo com padre Nivaldo, a iniciativa brotou em seu coração a partir de um apelo feito pelo Cardeal Orani durante um encontro com os vigários episcopais.

“Durante a reunião dos vigários, vimos a preocupação do cardeal em recuperar os espaços de missão que havíamos deixado a desejar. Então, resolvi procurar um hospital próximo, e também designei os diáconos permanentes para que me ajudassem a ir em busca de hospitais, casas de saúde e maternidades onde eles pudessem atuar como capelães. Dessa forma, comecei a me reunir com a Pastoral da Saúde, através do padre Paulo Celso, e iniciamos as reuniões com a direção do Norte D’Or, graças a um suporte dado pelo diácono Francisco Adriano”, lembrou.

No dia 27 de novembro de 2014, os membros do projeto participaram de um curso de formação de agentes para atuar nos hospitais na assistência religiosa e espiritual, promovido pela Pastoral da Saúde da Arquidiocese do Rio. Só então, no dia 4 de janeiro de 2015, o projeto foi iniciado no Norte D’Or.

De acordo com o diácono Francisco Adriano Rocha Fernandes, a iniciativa tem importância tanto para o corpo clínico quanto para os pacientes.

“O Projeto Amar tem uma importância muito grande, tanto para a área médica, uma vez que a própria direção do hospital reconhece a contribuição do projeto na recuperação dos pacientes, através do fortalecimento espiritual, quanto para o enfermo, pois ele não precisa somente da cura física. Para nós, como agentes, é muito gratificante, pois se trata de uma rua de mão dupla: nós, que vamos levar Cristo a eles, recebemos muito mais através dessa experiência”, sublinhou.

Missão paroquial

Todo trabalho realizado pelo Projeto Amar é assistido pela Paróquia Santo Sepulcro, em Madureira, através do pároco, padre Luiz Fernando de Oliveira Gomes, que presta assistência também ao hospital, uma vez que a igreja tornou-se, basicamente, uma capela da unidade hospitalar.

Além disso, também são oferecidas visitas individuais nos leitos às terças e quintas-feiras, de 13h30 às 16h, e espaço ecumênico, que fica aberto diariamente, mas que oferece apoio aos domingos e terças-feiras, de 14h às 16h. Todo primeiro domingo do mês no auditório da unidade acontece a celebração da Santa Missa e / ou a celebração da Palavra.

Bonita experiência

O coordenador arquidiocesano da Pastoral da Saúde, padre Paulo Celso Dias do Nascimento, disse que ficou feliz por Dom Orani ter conhecido o Projeto Amar, que é realizado no Hospital Norte D’Or.

“Dom Orani, nosso pastor, sempre demonstrou muita sensibilidade a todos que passam pela ‘irmã doença’. Sua presença é um incentivo para que o projeto possa crescer e, cada vez mais, servir melhor”.

Ele explicou ainda que já conhecia o projeto, incentivou sua implantação e considerou importante a abertura e o empenho da direção do Norte D’Or.

“O Projeto Amar é uma experiência muito bonita, e esperamos que se multiplique cada vez mais para que possamos atender bem todos os enfermos e cumprir bem a nossa missão de consolo, de esperança, de paz e de força de Deus para os que passam pela provação das dificuldades de uma hospitalização”, afirmou padre Paulo Celso.

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Fotos: Carlos Moioli


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