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26 de Abril de 2024

Comunidade de Aliança e Vida Cruz Gloriosa: chamados para amar!

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Comunidade de Aliança e Vida Cruz Gloriosa: chamados para amar!

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02/12/2016 15:16 - Atualizado em 02/12/2016 15:18
Por: Priscila Xavier

Comunidade de Aliança e Vida Cruz Gloriosa: chamados para amar! 0

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Há 12 anos, nascia a Comunidade de Aliança e Vida Cruz Gloriosa, que surgiu a partir de uma inspiração de Deus no coração de um povo que se reunia para rezar e aprofundar a Palavra. Hoje, com 20 membros, a comunidade colhe os frutos de perseverança e fé plantados desde os primeiros passos dessa caminhada.

O INÍCIO

Antes de subir aos céus, Jesus chamou 12 discípulos aos quais confiou a missão de dar continuidade aos ensinamentos deixados por Ele. Cerca de dois mil anos depois, o Senhor continua a tocar cada vez mais corações, enviando operários à Sua messe com o objetivo de proclamar a Boa Nova da Salvação.

Dessa vez, Ele quis escolher um grupo, também com 12 pessoas, que se reunia para rezar, adorar e fazer aprofundamento da Palavra na Capela Nossa Senhora de Fátima e Santa Luzia, em Cantagalo – pertencente à Paróquia Nossa Senhora da Conceição, no Monteiro, em Campo Grande. Juntos, assim como os primeiros cristãos, conforme escreveu São Lucas em Atos dos Apóstolos, eles perseveravam na doutrina nos apóstolos, na fração do pão e nas orações.

Aos poucos, o Espírito Santo foi revelando a vontade de Deus para aquele povo escolhido. Primeiro, durante um dos encontros do círculo bíblico, percebeu-se que havia chegado o tempo de mudança tanto geográfica, uma vez que a capela era muito afastada das residências, quanto espiritual, pois sentia-se a necessidade de uma vida mais ativa e missionária, de maneira que as pessoas pudessem ser atraídas pelo amor de Deus.

Um dos membros do grupo era o jovem Márcio Moura, que tinha apenas 23 anos, mas que ao lado da mãe, Maria Alice Moura, sempre foi presente na vida paroquial. Sedento pelo amor de Deus e com o desejo de servir ao próximo, ele não imaginava o que Cristo ainda o faria alcançar.

“Ao chegar do trabalho, minha mãe contou o que havia acontecido durante o círculo bíblico sobre o desejo de mudança. No mesmo instante, da janela do quarto em que estava, estendi as minhas mãos para o outro lado da rua, onde havia um terreno, e pedi ao Senhor para que, se fosse da vontade d’Ele, a nova capela fosse construída naquele local. Em seguida, comecei a dar passos para que esse desejo pudesse acontecer”, contou.

Na mesma semana, o jovem Márcio colocou uma imagem de Jesus Misericordioso no bolso e foi conversar com o proprietário do terreno que, imediatamente, cedeu o espaço. Com a capela num local mais próximo, seria possível realizar os encontros e, a partir deles, sensibilizar ainda mais pessoas. Porém, pouco tempo depois, o dono precisou voltar atrás, pois a família não havia concordado com a decisão.

“Rezava insistentemente por essa situação, mas não obtinha nenhuma resposta de Deus. Eu me sentia motivado a estar naquele local, a fazer algo naquele terreno, mas ainda não conseguia compreender. Durante um momento de oração, o Senhor me deu o discernimento de que eu poderia ofertar o meu carro em troca do terreno. Pouco antes, havia sofrido um acidente, do qual saí ileso. Com o dinheiro do seguro, tive a possibilidade de comprar um veículo novo. Não tive dúvidas do que precisava fazer. Conversei novamente com o proprietário e ele aceitou a troca”, disse.

A FUNDAÇÃO

Com o passar do tempo, os discípulos missionários perceberam que não era a capela que precisava mudar de lugar, mas sim que eles haviam sido escolhidos para navegar em outros mares, a aprofundar um carisma nascido no coração de Deus.

Foi quando, no dia 3 de setembro de 2004, justamente na Hora da Misericórdia, que o então bispo auxiliar do Rio Wilson Tadeu Jönck concedeu a bênção de existência da Comunidade Católica de Aliança e Vida Cruz Gloriosa ao fundador Márcio Moura, hoje padre, e a cofundadora Maria Alice Moura. A inauguração oficial aconteceu no dia 14 de setembro de 2004, justamente na Festa da Exaltação da Santa Cruz, solenidade que dá nome à comunidade.

Com o carisma de “Proclamar ao mundo a misericórdia de Deus revelada na cruz de Cristo”, a comunidade também vive a espiritualidade baseada no tripé: acolher, contemplar e adorar de pé, com Maria.

“Temos como missão ‘acolher os de coração ferido e tornar presente em suas vidas o Cristo que nos ama e se entregou na cruz por nós. Hoje não somos nós quem vivemos, mas é Cristo quem vive em nós’ (Gálatas 2,20). Enxergamos essa atitude como a de uma comunidade ressuscitada que, assim como Maria, vive a experiência de prontidão e servidão. Além disso, nossa espiritualidade também é voltada para a contemplação de Cristo. Somos carismáticos e fazemos usos dos dons e carismas do Espírito Santo”, ressaltou o fundador.

Através do Papa Francisco, o próprio Cristo tem apontado a maneira a qual deve ser a Igreja: sempre aberta e disponível a todos, em saída, presente nas periferias físicas e humanas. Esse apelo divino também gritou no coração do fundador.

“O Senhor me disse que havia muitas igrejas fechadas e que Ele desejava uma aberta, sem paredes. Assim, Ele constituiu o coração da comunidade. Nossa sede é um espaço onde temos a cobertura, algumas colunas e uma única parede ao fundo, como se fosse um presépio. A partir disso, também somos chamados a contemplar o Menino Jesus no presépio”, afirmou.

“SER FORMADO PARA FORMAR”

Mesmo após a criação da comunidade, Deus ainda tinha preparado outros planos para a vida do fundador Márcio Moura. Agora, era chegado o momento de fazer germinar a semente plantada quando ele era apenas uma criança.

“Alimentava o desejo pelo sacerdócio desde pequeno. Observava os padres de minha paróquia e admirava a vocação; era algo que me fascinava. Porém, tinha medo de fazer um discernimento vocacional. Como não tive essa resposta de imediato, tive outras experiências, como namoro e trabalhos. Mas, assim que a comunidade nasceu, compreendi que eu precisava ser formado para formar”, lembrou.

A partir disso, o fundador decidiu prestar o vestibular para teologia na Pontifícia Universidade Católica do Rio, em 2005, com o intuito de formar melhor teológica e espiritualmente a comunidade. Porém, mesmo após a conclusão do curso, em 2010, ainda estava faltando algo para Márcio.

“Não me sentia totalmente realizado. Compreendi que para ser um bom pai, precisava cumprir plenamente minha vocação. Foi quando, de comum acordo com a comunidade, discerni que ingressaria no seminário e me tornaria sacerdote”, disse.

Em 2010, ele começou a frequentar o Grupo Vocacional Adulto (GVA). Em seguida, ingressou no Seminário Propedêutico Rainha dos Apóstolos e concluiu os estudos no Seminário Arquidiocesano de São José. Às vésperas do Domingo da Misericórdia, no dia 2 de abril de 2016, o fundador foi ordenado sacerdote pela imposição das mãos do arcebispo do Rio, Cardeal Orani João Tempesta.

“O Senhor quis que o jovem Márcio fosse fundador aos 25 anos e, só depois, sacerdote. Essa é a grande novidade, Deus é sempre inédito. Iniciamos o trabalho e não o interrompemos, porque os que ficaram permaneceram aos pés da cruz para que a comunidade continuasse caminhando. Este foi o grande sinal que Cristo me concedeu: perceber que a comunidade continuava mesmo sem a minha presença, porque ela é d’Ele e não minha”, afirmou.

Atualmente, padre Márcio Moura serve como vigário paroquial na Paróquia São Tiago, em Inhaúma, junto ao pároco Alexandre Tarquino. Além disso, ele serve à Comunidade Cruz Gloriosa nos fins de semana e durante as folgas, sempre que possível. Ele destacou

“Durante esse tempo, a comunidade aprendeu a se comunicar comigo através de cartas, e-mail e mensagens por telefone. Eles aprenderam a aproveitar os tempos fortes em que podemos estar juntos. Sendo o pai da comunidade, quando estou presente é um momento de pentecostes, e isso enriquece minha vida e vocação”, destacou.

A Comunidade Cruz Gloriosa vive da Providência Divina. Por isso, ela também conta com a ajuda de todos os fiéis que acreditam e apoiam a obra. Para ajudar, basta depositar qualquer quantia no Banco Itaú - Associação Cruz Gloriosa / agência: 7641 / conta corrente: 02322-6.

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Fotos: Giselle Martello


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