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Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, 26/04/2024

26 de Abril de 2024

90 anos de adoração perpétua

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90 anos de adoração perpétua

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04/05/2016 15:24 - Atualizado em 09/05/2016 15:21
Por: Luis Pedro Rodrigues

90 anos de adoração perpétua 0

90 anos de adoração perpétua / Arqrio
Há 90 anos, o Santíssimo Sacramento era exposto pela primeira vez na Igreja de Sant'Ana, no Centro. Desde a data inaugural, 3 de maio, Jesus Eucarístico foi todos os dias adorado. Essa missão é cumprida pelos padres sacramentinos da Congregação do Santíssimo Sacramento, que administra a paróquia, e pelos fiéis e adoradores, leigos que uma vez por mês se comprometem com a adoração perpétua.

A festa jubilar dos 90 anos de adoração perpétua terá início com tríduo preparatório: adoração, pregação e missa entre os dias 13 e 14 de maio, às 18h. No dia 15, data escolhida para comemorar os 90 anos da adoração perpétua e Dia de Pentecostes, as atividades começam às 8h, com o encontro geral dos adoradores, seguido por palestra, oração do Terço de Nossa Senhora, adoração ao Santíssimo e almoço de confraternização. A festa termina com missa presidida pelo arcebispo da Arquidiocese do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, às 15h. Nesta celebração, o arcebispo consagrará novos adoradores.

"O que me marca muito é a fé de homens e mulheres simples que vêm de lugares distantes, como Região dos Lagos, Baixada Fluminense, Alcântara e São Gonçalo, por causa do Santíssimo Sacramento", ressaltou padre José Laudares de Ávila, há 25 anos como pároco da Igreja de Sant’ Ana. Em 90 anos de adoração perpétua, ele é o terceiro reitor do santuário.

 
História

A obra da adoração perpétua chegou ao Rio de Janeiro por iniciativa de Dom Sebastião Leme da Silveira Cintra, arcebispo da Arquidiocese do Rio de Janeiro entre os anos de 1930 a 1942. Em uma de suas viagens à Europa, o arcebispo conheceu a Congregação do Santíssimo Sacramento, fundada por São Pedro Julião Eymard em 1856, em Paris. Ficou admirado com o compromisso de leigos e religiosos com a adoração ininterrupta da Eucaristia: de dia, as mulheres assumiam a função, de noite, os homens.

Dom Leme já havia demonstrado sua devoção ao Santíssimo Sacramento quando, em 1922, realizou o Congresso Eucarístico Arquidiocesano, como arcebispo coadjutor da Arquidiocese do Rio de Janeiro. Em 1933, promoveu o 1° Congresso Eucarístico Nacional. Seu objetivo era despertar o amor pela Eucaristia na então capital do Brasil. Era muito influenciado pelo Papa Pio X, chamado "Papa da Eucaristia".

A convite do arcebispo, em 1925, chegaram ao Rio de Janeiro quatro sacerdotes da Congregação do Santíssimo Sacramento. Instalaram-se no Santuário Sant'Ana devido ao amplo espaço do templo e sua localização central na cidade. Nos primeiros anos da adoração perpétua, eram famosas as horas santas presididas por Dom Leme e era grande a adesão dos fiéis. A estadia, que seria provisória, pois pretendiam construir uma igreja para sediar a congregação, acabou sendo definitiva. Hoje, três padres sacramentinos residem na casa paroquial construída nos fundos do santuário.

"Já tivemos momentos de dificuldade, dias com temporais, mas sempre teve alguém para adorar o Santíssimo e nunca foi preciso tirá-Lo do altar", garantiu padre Laudares.

 
Adoração Perpétua

Localizado entre ruas movimentadas do Centro, o templo surpreende os fiéis pelo ambiente tranquilo. Desde a inauguração da adoração perpétua, recebe o título de Santuário Nacional de Adoração. Em seu altar, está um dos maiores ostensórios do mundo, com 2,18m de altura, e o túmulo de Dom Leme, que fez questão de ser enterrado em frente ao presbitério, próximo ao Santíssimo Sacramento. A igreja, construída há mais de 200 anos, ainda guarda a relíquia da Virgem Mártir Santa Prisciliana, um presente do Papa Gregório XIII ao imperador Dom Pedro II. Para padre Laudares, essas características atraem os fiéis. "Ouço muitos testemunhos de que o Santuário de Sant'Ana é uma igreja diferente. De fato é. Aqui tem o trono da adoração iluminado por 24 horas e, sobretudo, um clima intenso de oração".

Após a missa diária celebrada às 6h, o grupo de mulheres e homens adoradores, chamado Guarda de Honra do Santíssimo Sacramento, assume a adoração perpétua. Para cada dia há um diretor e para cada hora, um leigo responsável. O grupo se reveza até 22h, quando uma outra equipe, composta exclusivamente por homens, assume. Eles ficam até 6h do dia seguinte.

Na primeira vez em que o taxista Orlando Lima de Oliveira participou da vigília no Santuário de Sant'Ana, ficou admirado com o silêncio e as orações que faziam por todas as pessoas. "Foi quando, diante do altar, tive um momento exclusivo e íntimo com o Senhor". Sentiu vontade de participar mais vezes, e assim Orlando completou oito anos no grupo, em 2016. Hoje é o coordenador dos adoradores noturnos a cada dia 8 de cada mês.

"Depois que passei a participar da adoração perpétua, passei a prestar mais atenção no que posso ser útil às pessoas, a rezar por elas e a perceber a presença de Deus nas coisas do dia a dia", comentou Orlando.


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Foto: Redação
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