“Tenho de andar, tenho de lutar, ai de mim se não o faço! Como escapar de Ti? Como calar? Se Tua voz arde em meu peito.” (O Profeta) Foi com essa canção — que expressa o desejo daqueles que desejam se consagrar ao altar do Senhor — que teve início a Celebração Eucarística, presidida pelo Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, em que dez seminaristas do Seminário Arquidiocesano São José receberam o Ministério do Acolitato, na última quarta-feira, 3 de abril.

A Missa, concelebrada pelos Bispos Auxiliares Dom Pedro Cunha (Bispo Animador do Seminário) e Dom Roque Costa Souza, pelo Reitor do Seminário São José, Padre Leandro Câmara, por Vigários Episcopais e por muitos outros Sacerdotes presentes, na Paróquia Nossa Senhora das Dores, no Rio Comprido, reuniu seminaristas, membros do clero e familiares daqueles que deram mais um passo em sua caminhada vocacional ao sacerdócio.

Durante a homilia, Dom Orani lembrou aos seminaristas que o acolitato é mais uma etapa da experiência que, junto com todos os aspectos da formação, eles fazem com Jesus:

— Estamos na Oitava da Páscoa, celebrando, com muita alegria, a Ressurreição do Senhor, que marca a nossa vida e é o centro de toda nossa caminhada. Pedimos a Deus que, nesta celebração, nos faça enxergar mais a certeza da vida, a ressurreição do Senhor, que sempre vence a morte e o pecado e nos dá a possibilidade de viver uma nova vida. Também hoje, alguns seminaristas receberão o Ministério do Acolitato e nós agradecemos a Deus por suas vidas pedindo que os conserve com os dons que lhes deu para o exercício do sacerdócio. (...) Neste dia solene, todos nós, bispos, padres, diáconos, seminaristas, religiosos e religiosas, e povo de Deus vindo de diversas comunidades paroquiais enxergamos, neste Ano da Fé, ainda mais a dimensão desse dom de Deus e vemos como Ele atua na vida dos jovens que, iluminados pela graça de Deus, dizem sim ao chamado e com a Igreja vão se formando para responder cada vez mais e melhor ao chamado de Deus, disse.  

O Arcebispo destacou ainda que todos são chamados a se configurarem a Cristo, no seu seguimento, e à missionariedade.

— Aqueles que estão dando passos hoje, ainda durante sua juventude, são chamados a jamais deixar de fazer essa experiência do Cristo Ressuscitado, que é uma experiência de todo cristão, mas, em especial, deve ser também daqueles que se encaminham para o sacerdócio. A nossa missão, enquanto Igreja, é estar com as pessoas caídas e, em nome de Cristo, levantá-las. Esses seminaristas que hoje foram instituídos acólitos deixam-se modelar o coração para que, assim, animem mais as comunidades em que realizam seus trabalhos pastorais fazendo com que elas levem à sociedade a percepção de que a Igreja está a serviço de todos, em nome de Cristo, afirmou Dom Orani.

Os dez seminaristas que receberam o Ministério do Acolitato foram: Bruno Citelli, Edvaldo Junior, Gabriel Coelho, Jorge Nei de Azevedo, José Nunes, Nerivaldo Azevedo, Renato Britto, Rogério Pereira, Thiago Bartoli e Tiago Luciano.

Ao término da Missa, os seminaristas que receberam o Ministério do Acolitato agradeceram a Dom Orani, aos Bispos Auxiliares, sacerdotes, familiares e aos benfeitores do Seminário São José.

O acólito

O acólito é instituído para ajudar o Diácono e para servir ao Sacerdote. É sua tarefa, portanto, cuidar do serviço do altar, auxiliar o Diácono e o Sacerdote nos atos litúrgicos — sobretudo na celebração da missa —, distribuir como ministro extraordinário a sagrada comunhão, quando necessário, e também, em circunstâncias extraordinárias, expôr o Santíssimo Sacramento à adoração dos fiéis e fazer depois a reposição. Não pode, porém, dar a benção ao povo. À medida que seja necessário, poderá também cuidar da instrução de outros fiéis que forem encarregados temporariamente de ajudar o Diácono ou os Sacerdotes nos atos litúrgicos, transportando o missal, a cruz, as velas, etc ou exercendo outras funções desse tipo.

* Fotos: Carlos Moioli

Novos acólitos para o Rio de Janeiro