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27 de Abril de 2024

Vivência da fé nas salas de aula cariocas

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Vivência da fé nas salas de aula cariocas

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26/12/2014 10:55 - Atualizado em 26/12/2014 10:55
Por: Gisele Barros (giselebarros@testemunhodefe.com.br)

Vivência da fé nas salas de aula cariocas 0

temp_titleensino_religioso_26122014105451Entre conquistas e desafios, o ensino religioso terminou o ano letivo de 2014 com muita persistência de todos que têm a missão de constituir uma educação integrada que valoriza os conhecimentos da fé.

O bispo auxiliar da arquidiocese e animador do ensino religioso, Dom Paulo Cezar Costa, acredita que este foi um ano proveitoso, e destacou a doação alegre e generosa dos professores e coordenadores da disciplina: “muitas vezes esses profissionais não têm seu trabalho reconhecido como deveria, mas eles continuam dando um testemunho de fé e de Jesus Cristo, levando valores para os nossos jovens. Por isso precisamos louvar e agradecer a Deus pela entrega dessas pessoas”.

Obstáculos

Nas escolas municipais, onde a disciplina religiosa é ministrada a alunos do quarto e quinto ano do ensino fundamental, professores e coordenadores alegam que apesar de alguns concursos realizados, poucos profissionais foram chamados para exercer suas funções. Desta maneira, a quantidade de professores não corresponde à demanda de alunos.

Ainda assim, o diretor do Departamento de Ensino Religioso na Arquidiocese do Rio, padre Paulo Romão, afirmou que foi constatado que as crianças não apenas gostam das aulas, como também foi notada, por parte dos professores e diretores, uma mudança no comportamento dos jovens atendidos por essa disciplina.

“Isso prova que o ensino religioso confessional e plural recupera e ajuda a formar a identidade de cada aluno. A formação religiosa é uma continuidade educacional que tem incidência na vida prática das crianças. O maior ganho nesse ano foi perceber isso”.

Padre Romão reitera também o fato de, infelizmente, muitas pessoas não entenderem a importância do ensino religioso para a formação integral dos jovens. Acrescentou que, como crítica à formação religiosa, é sempre levantada a questão de o Estado ser laico. Questionamento que ele responde da seguinte forma: “O Estado é laico, mas a maioria dos cidadãos tem uma identidade, é religiosa. Nesse sentido, eles têm direito a essa formação também”.

Falta de estrutura

O professor de ensino religioso no Colégio Estadual José de Souza Marques, em Brás de Pina, Carlos Augusto Teixeira, disse que, no seu caso, o maior desafio da disciplina é ser encaixada no quadro de horários dos alunos. “Nós, professores, estamos na escola, temos turmas, mas nossas aulas não constam no horário. Ou seja: não podem ser ministradas”. Carlos conta que em 2014 o ensino de inglês ficou no lugar da aula dele. Segundo Carlos, a disciplina de língua estrangeira também está passando pela mesma dificuldade de ser encaixada no cronograma disciplinar. Para que nenhum dos professores saísse perdendo, a cada semana, no horário da aula, as disciplinas eram alternadas. “Conversamos com os diretores, com a Secretaria de Educação e demais responsáveis pelo caso, mas não foram apresentadas soluções”.

A professora do Colégio Estadual Infante Dom Henrique, em Copacabana, Arminda da Costa Martins, afirmou que até 2013 o trabalho do professor de ensino religioso era mais respeitado. “Não sabemos quem resolveu mudar essa situação, mas nos colocaram numa posição que muitas vezes é discriminatória. Nossa disciplina não tem mais estrutura”.

Arminda afirmou que até mesmo outros colegas de profissão não respeitam seu trabalho, esquecendo que ela também precisou fazer concurso para dar suas aulas. “É triste também quando os alunos querem ter essa aula, mas nós muitas vezes não temos condições de proporcioná-la”.

Apoio

A Arquidiocese do Rio apoia os professores do ensino religioso com uma formação continuada, que consiste na realização de três encontros mensais, em três horários diferentes. Esses encontros são também um momento de partilha e acompanhamento do trabalho realizado.

Em 2015, o objetivo é o de transformar as reuniões mensais em encontros mais ampliados, envolvendo também os diretores de escolas cariocas. Para padre Romão, essa é uma forma de unir forças e ampliar mais o trabalho que está sendo realizado. “A ideia é fortalecer ainda mais nossos encontros e fazer parcerias com vários grupos de igrejas, intensificando o trabalho do ponto de vista católico e ecumênico”, disse.

Planejamento futuro

O primeiro encontro preparatório para as atividades do próximo ano será realizado no início de fevereiro. Alguns dos objetivos de 2015 são procurar ampliar para outros anos as aulas fornecidas nas escolas municipais, atrair mais profissionais para os concursos e, acima de tudo, cobrar para que a legislação relacionada à formação religiosa seja efetivamente cumprida, o que não tem sido feito.


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