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Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, 17/04/2025

17 de Abril de 2025

“O Evangelho nos faz pensar no outro”

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“O Evangelho nos faz pensar no outro”

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18/09/2014 11:05 - Atualizado em 18/09/2014 11:05
Por: Carlos Moioli (moioli@arquidiocese.org.br)

“O Evangelho nos faz pensar no outro” 0

temp_titleEmas_1_18092014110142“O trabalho social que a Igreja realiza desde o início de sua história é consequência da evangelização. A prática de ir ao encontro do outro, principalmente por quem passa por necessidade, é a base do anúncio do Evangelho”.As palavras são do arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta, proferidas no dia 13 de setembro, ao presidir missa na capela da Comunidade Emaús, em Cordovil, uma das agências do Banco da Providência.Na celebração, que contou com a presença da relíquia da Irmã Dulce dos Pobres, o arcebispo presenteou a instituição na pessoa de sua diretora geral, Marina Martins Araujo, com um cálice da Jornada Mundial da Juventude, ofertado pelo Papa Francisco.

Dom de Deus
Com base nas leituras da liturgia do dia, o arcebispo destacou que a Comunidade de Emaús é “uma árvore que dá bons furtos”, “uma casa construída sobre a rocha”, e que todas as pessoas que trabalham ou são assistidas por ela fazem parte de “um mesmo corpo”.

Motivando a todos, para que “a evangelização seja um canal de transformação da sociedade” na vivência do Ano Arquidiocesano da Caridade, Dom Orani também convidou os presentes para louvar a Deus pelo desempenho do trabalho e pela oportunidade de servir.
Recordando o Papa Francisco, o arcebispo lembrou que a Igreja não é uma ONG assistencial, uma organização burocrática, mas sim, uma história de amor de um povo de fé, que se preocupa e assume as dores de seus irmãos.

“Não devemos ser consumistas e individualistas como a sociedade nos propõe. A fé cristã, o Evangelho nos faz pensar no outro. Somos testemunhas dos frutos que foram e são realizados através da evangelização, da missão, e do trabalho social. Tudo isso nos faz ser felizes, e impelidos a construir um mundo novo, como dom e graça de Deus”, exortou.

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Comunidade de Emaús
A agência Comunidade de Emaús, instalada em Cordovil, é um dos projetos do Banco da Providência, funcionando desde 1963.

A finalidade é acolher em sistema de abrigamento homens em situação de vulnerabilidade social em idade produtiva e com capacidade de serem inseridos no mercado de trabalho formal.

De acordo com a coordenadora de projetos da agência, Sylvia Regina Lopes da Silva, o projeto tem como foco a reinserção social e familiar dos beneficiários abrigados através da inserção no mercado de trabalho formal e da geração de renda.

“Para isso temos uma metodologia que nos proporciona encaminhá-los para regularização da documentação, tratamentos médicos, tratamento da dependência química, inserção na rede regular de ensino, capacitação para o trabalho e encaminhamento para o trabalho”.

A capacidade de atendimento aumentou em agosto de 52 para 77 homens, que podem permanecer no projeto por um tempo médio de nove meses. 

A coordenadora informou que este ano até agosto já passaram pelo projeto 172 homens. Do total, 63 realizaram o curso de formação para o mundo do trabalho, 139 foram encaminhados para a documentação, 20 retornaram aos estudos e 49 encaminhados para o tratamento ambulatorial de dependência química.

“Na agência Comunidade de Emaús esses homens têm a oportunidade de resgatar a cidadania e sua autoestima. Eles nunca saem daqui da mesma maneira que chegaram. Saem sempre diferentes, acredito que melhores. Sempre digo a eles que o projeto dá a oportunidade, mas que depende da força de vontade deles vencer os obstáculos e alcançar os objetivos”, frisou.

Fases da inclusão social
A metodologia da inclusão social e produtiva oferece oportunidades para inserção no sistema de tratamento do abuso de álcool e drogas, aumento de escolaridade, capacitação com foco em ocupação, trabalho e renda. O processo se desenvolve em três fases:

Fase 1 - Ações com foco na dimensão humana
Através de oficinas sociopedagógicas promove a oportunidade em experiência de um novo projeto de vida. Como contrapartida assumem compromissos. No primeiro mês, elaboram, em conjunto com os técnicos, um plano de ação social, como ajuda à promoção do resgate da identidade individual e do sentimento de pertencimento a uma comunidade produtiva. Tem início o processo para tirar documentação pessoal e a inclusão no tratamento para controle da dependência química.

Fase 2 - Ações com foco na dimensão da cidadania
A partir do segundo mês, a ênfase é no aumento da escolaridade e capacitação para o trabalho. São acessadas as redes comunitárias e agências do Banco da Providência.

Fase 3 - Ações com foco na dimensão produtiva
Em um prazo médio de nove meses, o projeto promove o desenvolvimento da cidadania e colabora para a inserção no mundo do trabalho. É feito um plano de atitudes para viver fora de Emaús, com autonomia e moradia fora das ruas, sustentada pela renda do trabalho.



 

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