“Agora chegou o momento de colocar todos esses anos de seminário em prática, chegou o momento de ser ministro da misericórdia nesse mundo tão carente da misericórdia divina, de celebrar o Santo Sacrifício da Missa e, assim, alimentar o povo que me espera”, frisou o diácono Paulo Cesar Vita Junior.

Às portas de ser ordenado sacerdote, no dia 20 de setembro, declarou: “Ser padre é um ser para o outro e não para si, é ser para Deus, para a Igreja e para o povo que tanto precisa. O meu sim é uma entrega total!”.

Frutos da vocação

Apesar da convicção e da concretização do chamado, nem tudo foi fácil. A vocação surgiu num retiro para receber o Sacramento da Crisma, realizado na sua paróquia de origem, a de Nossa Senhora da Conceição, em Monteiro, Campo Grande.

Quando entrou para o seminário, boa parte da família não era católica. “No início, meus pais não foram favoráveis. Aos poucos minha mãe aceitou, mas meu pai segue reticente até hoje”, contou.

O tempo passou, e a vocação deu frutos. “Hoje, meus familiares são católicos e praticantes, inclusive minha avó, que retornou à Igreja depois de 40 anos como protestante”.

Pastores de Cristo

Nos primeiros quatro anos, quando estudava no Rio de Janeiro, Paulo Cesar fez pastoral na Igreja Sagrada Família, na Tijuca, no Morro da Formiga, e ainda na Paróquia São Pedro Apóstolo, em Pedra de Guaratiba.

“Trago no coração cada uma dessas comunidades. Estar com o povo de Deus nos ajuda a ser pastores de verdade, com ‘cheiro de ovelha’, como nos disse o Papa Francisco”.

Oportunidade

Em 2010, uma reviravolta. Ganhou uma bolsa para cursar a teologia na universidade espanhola de Navarra, em Pamplona.

“Foi praticamente um recomeçar longe da família, dos amigos de seminário, do país e de sua cultura. Foi difícil a adaptação, mas aos poucos Deus me recompensou com novos amigos e com oportunidades incríveis, como por exemplo, conhecer seminaristas do mundo todo”.

Em Pamplona, recebeu o diaconato junto com outros 13 seminaristas de várias partes do mundo. “Só tenho que agradecer a Deus por tudo”.

Homens de Deus

Paulo Cesar tem veneração pelos pontífices. Ele considera como homens de Deus, modelos de serviço e entrega à Igreja e ao povo. Os três últimos pontificados, destacou o futuro presbítero, apontam para uma continuidade, um chamado à santidade.

“Com sua força e carisma, São João Paulo II guiou a Igreja rumo ao novo milênio. Inteligente e humilde, Bento XVI fortaleceu os ensinamentos da fé em um mundo relativista. Por sua vez, o Papa Francisco nos ensina a colocar tudo isso em prática e a sair para anunciar a alegria do Evangelho!”, concluiu