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Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, 26/04/2024

26 de Abril de 2024

“Entrega da vida para a santificação do rebanho”

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“Entrega da vida para a santificação do rebanho”

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16/09/2014 15:29 - Atualizado em 16/09/2014 15:42
Por: Carlos Moioli (moioli@arquidiocese.org.br)

“Entrega da vida para a santificação do rebanho” 0

“Entrega da vida para a santificação do rebanho” / Arqrio

Depois de fazer a Primeira Comunhão na Paróquia São Sebastião, em Bento Ribeiro, o adolescente Henrique José da Rocha Coimbra passou a ser coroinha, onde aprendeu a cultivar o amor pela liturgia, a exemplo do pároco, monsenhor Teixeira de Faria.

Quando revelou seu desejo pelo sacerdócio, na época com 14 anos, foi aconselhado pelo então pároco, mesmo em tom de brincadeira, a dar continuidade aos estudos e até namorar.

Desentendimentos com o novo pároco fez Henrique afastar-se de sua comunidade e frequentar a Paróquia Nossa Senhora de Bonsucesso, em Inhaúma, onde monsenhor Teixeira tinha sido transferido. “Ele ficou triste com a notícia do meu afastamento, mas respeitou o meu momento”. 

Numa das visitas que fez ao sacerdote amigo, quando doente e internado num hospital, recebeu um conselho diferente.

“Mesmo entubado, fez um esforço muito grande para falar e me disse ‘se Deus realmente te chamar para ser padre, um dia Ele vai reacender o Seu chamado. Eu confio em você!’. Depois de uma semana, ele veio a falecer”, contou. 

Caminhos de Deus

Como um ‘jovem normal’, aos 18 anos, começou a namorar e a se preparar para fazer o concurso militar. Ao mesmo tempo, começou a participar das missas dominicais, que havia deixado depois da morte do seu primeiro pároco.

A convite dos amigos, foi participar do encontro de jovens “Vem Segue-Me” na Paróquia Santa Bárbara, em Rocha Miranda.

“No momento em que o padre entrou com o Santíssimo, vários jovens estavam chorando em minha volta e pensei: ‘que besteira’. Quando o sacerdote colocou o ostensório no altar, escutei uma voz dentro de mim dizendo: ‘volta para mim’. Meu corpo tremia e comecei a chorar sem parar, mas respondi: ‘eu estou aqui’. De novo eu escutei: ‘volta para mim porque tenho algo para você’. Era a volta para a Igreja”, contou.

A certeza do chamado

Ao reascender o desejo pelo sacerdócio, deixou tudo para seguir o chamado de Cristo. O apoio, inicialmente de quatro seminaristas, e depois dos formadores no Seminário, conseguiu chegar onde queria.

“No início foi bem difícil, pois tive que abrir mão de tudo para ter certeza se era isto que Deus queria. A minha família respeitou a minha vontade, e no começo os meus amigos ficaram espantados, mas me apoiaram. A experiência da certeza do sim me faz perceber a mão de Deus me amparando em todos os momentos de minha caminhada, me dando sinais do chamado que Ele tem para mim”, contou.

Limites e oportunidades

Apaixonado pelas disciplinas relacionadas às Sagradas Escrituras, liturgia e antropologia, Henrique aproveitou a nova realidade do tempo de estudos para aprender e fazer a experiência da vida comunitária.

“O Seminário tem uma função vital na vida da arquidiocese, pois é o local que prepara os futuros pastores de nossa Igreja”, explicou.

Mantendo um bom relacionamento com os formadores e seminaristas, aprendeu no dia a dia a lidar e respeitar as diferenças.

“Aprendi a respeitar o outro naquilo que ele é, a sua história e o seu tempo. E também a perceber que os limites são oportunidades de encontro com Deus. E ainda, perceber que como a graça de Deus pode atuar na história humana e transformá-la para o crescimento e a santificação da pessoa”, destacou. 

Motivação e aprendizado

Com seus 29 anos, o futuro sacerdote quer agora, depois da ordenação, “ajudar o povo de Deus a reconduzir o seu caminho ao Cristo”.

Exemplos de zelo e amor pela Igreja não faltam. Um deles é o Papa Francisco, que o motiva ainda mais a entregar-se no serviço do ministério por amor a Cristo e aos irmãos.

“A espontaneidade do Papa, com seu modo simples de ser, me impulsiona a viver cada dia mais dependendo da Providência Divina e a me entregar inteiramente neste ministério”, confessou.

Parte de sua motivação e até aprendizado. Henrique conseguiu quando fez pastoral, atualmente na Paróquia Santa Rosa de Lima, no Jardim América.

“Aprendi com os párocos que administrar uma paróquia, não é somente lidar com a parte administrativa, mas é lidar com vidas humanas. Que o ministério sacerdotal é uma doação total da vida do ministro às pessoas. Em que entrega a sua vida para a santificação do rebanho a ele confiado”, confessou.

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