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Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, 30/05/2025

30 de Maio de 2025

Seminário São José: uma marca na história do Rio de Janeiro

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01/09/2014 15:43 - Atualizado em 01/09/2014 15:49
Por: Da Redação

Seminário São José: uma marca na história do Rio de Janeiro 0

Seminário São José: uma marca na história do Rio de Janeiro / Arqrio

Celebrar o bicentenário de fundação de uma instituição não é um privilégio comum a muitos. É o caso do Seminário São José, que celebra seus 275 anos de existência. Sua história sempre esteve ligada às transformações políticas, sociais e religiosas do Brasil e, especialmente, ao Rio de Janeiro.

Além do aniversário de fundação do primeiro seminário do Brasil, são comemorados os 90 anos de sua reabertura. Uma instituição que se entrelaça com a história da Arquidiocese do Rio de Janeiro, um de seus maiores patrimônios no campo da formação de seus sacerdotes.

O contexto

No Brasil do século 18 ainda não existiam casas de formação e de estudo destinadas aos futuros sacerdotes diocesanos. Até então os vocacionados tinham a opção de serem educados em alguma escola dirigida pelos padres jesuítas ou, se a família tivesse condições, realizar seus estudos na Europa.

Fundação

Para atender aos anseios do Concílio de Trento e por desejar uma esmerada formação para os futuros sacerdotes, Dom Frei Antônio de Guadalupe criava, através da provisão de 5 de setembro de 1739, o Seminário  São José, o primeiro do Brasil. Inicialmente foi construído no sopé do Morro do Castelo, mas desapareceu junto com a demolição do morro, no início do século 20, para a abertura da Avenida Central, atual Rio Branco.

Período inicial

A partir daí, o seminário viveu com as mais diversas eventualidades, se transformando, adaptando e realocando, de acordo com as condições histórico-religiosas. Nos primeiros anos de funcionamento, tinha um programa de estudos com aulas de latim, canto gregoriano, cômputos eclesiásticos, a Sagrada Escritura e moral-pastoral. Em 1873 foi separado do seminário menor, que se transferiu para o Rio Comprido. Ali, foi lançada a primeira pedra da Igreja do Sagrado Coração de Jesus (hoje Igreja de São Pedro), que até na década de 1970 servia para as solenidades externas do seminário.

Com a proclamação da República e a separação entre Estado e Igreja e os seminários maior e menor voltam a ficar juntos no Rio Comprido. Em 1892, o Papa Leão XIII elevou o Rio de Janeiro ao grau de arquidiocese, mudando seu nome para Seminário Arquidiocesano de São José.

Desafios

Em 1907, por motivos econômicos o Cardeal Joaquim Arcoverde se viu obrigado a fechar a instituição. Durante este período os seminaristas foram estudar em São Paulo, e somente em 1924 foi reaberto, funcionando num palacete arrendado na Ilha de Paquetá.

temp_titleFoto__4_01092014153834O recomeço

Para prover um maior auxílio financeiro à casa de formação, Dom Sebastião Leme criou a Obra das Vocações Sacerdotais (OVS), onde as famílias dos seminaristas e os benfeitores encarregavam-se dos gastos pessoais dos alunos. Ao terminar o contrato de cessão do seminário com os Irmãos Maristas, em 1932, os alunos de Paquetá voltaram para o Rio Comprido.

No governo de Dom Jaime de Barros Câmara foi iniciada a construção do prédio do seminário maior na Avenida Paulo de Frontin, no Rio Comprido, (onde hoje funciona a faculdade Unicarioca) e depois de um prédio para o seminário menor.

Novos tempos

Na nova fase impulsionada pelo Concílio Vaticano II foram estabelecidas mudanças na formação dos presbíteros. O curso de teologia que era realizado na Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) retornou para sua sede. Por sua vez, Dom Eugenio de Araujo Sales determinou a construção de um novo prédio para o seminário maior, com entrada pela ladeira do Sumaré, motivada pelo excesso de ruído com a construção do elevado sobre a Avenida Paulo de Frontin, no final da década de 1970. Neste período, chegou a contar com 270 alunos.

As atividades do seminário menor foram encerradas por Dom Eusébio Oscar Scheid, que inaugurou na Tijuca, o Seminário Propedêutico Rainha dos Apóstolos, destinado a jovens vocacionados que se preparam para ingressar no seminário maior.

temp_titleFoto__1_01092014154245Dias Atuais

Em 2012, no governo do Cardeal Orani João Tempesta, o seminário propedêutico foi transferido para as dependências do Rio Comprido, caminhando junto com o seminário maior. Sua sólida base espiritual e intelectual, com os estudos na Faculdade Eclesiástica de Filosofia e no Instituto Superior de Teologia, aliada ao desenvolvimento corporal, com aulas de educação física, e ao desenvolvimento artístico-musical, com a Schola Cantorum, e ainda o estágio pastoral nas paróquias, permite aos seminaristas cultivar não só uma boa preparação para o futuro ministério sacerdotal, mas também dotá-los de uma profunda e variada riqueza cultural, tão necessárias nestes novos tempos competitivos e de tão rápida capacidade de comunicação.

A formação se dá em dimensões humano-afetiva, intelectual, espiritual e pastoral. Acolhendo seminaristas vindos das mais diversas dioceses dentro e fora do Estado do Rio de Janeiro. Sua missão continua a ser em formar os futuros sacerdotes da Igreja segundo o seu lema “In caritate et veritate”, através da dedicação e empenho do clero diocesano, que ao mesmo tempo constrói e é parte desta história marcada pelo auxílio da Providência Divina.

Com a transferência do Seminário Propedêutico da Tijuca, começou a funcionar no local, a partir de 2011, um novo seminário de caráter arquidioceseano e missionário, o Redemptoris Mater para a Nova Evangelização.

Olhando para trás

É inegável a importância que o Seminário Arquidiocesano São José teve e tem, direta ou indiretamente, na formação de uma boa parte do clero nacional. Se contabilizar o número de sacerdotes formados pela instituição, se confirma uma imensa legião que tanto serviu e continua servindo à Igreja do Rio de Janeiro e do Brasil.

temp_titleFoto__6_01092014154808Fazenda das Arcas

Desde 1928, foi adquirida em Itaipava a Fazenda das Arcas, depois chamada de São Joaquim das Arcas, em homenagem ao Cardeal Dom Joaquim Arcoverde. Serve como casa de férias para os seminaristas e também para encontros de estudo e retiros. Incluídas atividades lúdicas, esportivas e passeios.

Colaboração: Alba Moraes

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