No próximo sábado, 5 de abril, será celebrada uma missa em ação de graças pelos 157 anos do nascimento Serva de Deus Zélia. A celebração acontecerá na Paróquia de Nossa Senhora da Conceição da Gávea, Gávea, às 18h00, presidida pelo padre Alexandre Paccioli, diretor espiritual da Associação Cultural Zélia e Jerônimo.

Ao final da Missa, haverá uma procissão até o túmulo da Serva de Deus e de seu esposo, Servo de Deus Jerônimo de Castro Abreu Magalhães, que estão sepultados na entrada do templo.

O túmulo dos Servos de Deus é diariamente visitado por fiéis, principalmente, por pessoas que estão com problemas familiares ou que desejam se casar, pois o casal de futuro beatos é considerado protetores da família. Os corpos dos Servos de Deus foram levados para a Gávea este ano pelo arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, no dia de São Sebastião deste ano, por ocasião da Abertura do Processo de Beatificação.

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Os Servos de Deus Jerônimo e Zélia tiveram a abertura do tribunal eclesiástico no dia 18 de janeiro. Foram apresentadas as relíquias no dia 20 de janeiro e transladadas para a Igreja Nossa Senhora da Conceição, na Gávea. Em 1937, houve uma tentativa de início do processo de beatificação de Zélia, mas a Igreja percebeu a santidade do casal e não apenas da mulher.

O Brasil e o Rio de Janeiro poderão ter o primeiro casal brasileiro e de toda América Latina a ser inscrito no livro dos Santos da Igreja Católica, por ocasião da Beatificação e Canonização.

Dados biográficos

Zélia Pedreira Abreu Magalhães (1857-1919) é primogênita de João Pedreira do Couto Ferraz, secretário do Supremo Tribunal de Justiça e aposentado do Supremo Tribunal Federal, e de Elisa Amália de Bulhões Pedreira. Nasceu no dia 5 de abril de 1857, no bairro do Ingá, em Niterói, capital da então Província do Rio de Janeiro. Recebeu primeiramente o nome da mãe, Elisa, logo trocado pelo anagrama Zélia, composto pelo pai.

De família proeminente, Zélia teve como avós paternos o Desembargador Luís Pedreira do Couto Ferraz e Guilhermina Amália Correia Pedreira e como avós maternos, o Comendador José Manuel de Carvalho Bulhões e Justina Justa de Oliveira Bulhões. Entre os parentes próximos, havia o Barão do Bom Retiro, presidente da Província do Rio de Janeiro, cargo que hoje corresponde ao de Governador do Estado, seu tio paterno; a Baronesa de Anadia, sua tia materna; o Visconde de Duprat, seu cunhado; e o Arcebispo de Porto Alegre, Dom José Claudio Ponce de Leão, seu primo.