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Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, 19/05/2024

19 de Maio de 2024

“Espero ser acolhido como amigo que vem em nome de Deus”, diz Dom Nelson sobre Valença

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“Espero ser acolhido como amigo que vem em nome de Deus”, diz Dom Nelson sobre Valença

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28/03/2014 17:01 - Atualizado em 29/03/2014 13:22
Por: Teresa Fernandes - teresafernandes@testemunhodefe.com.br

“Espero ser acolhido como amigo que vem em nome de Deus”, diz Dom Nelson sobre Valença 0

“Espero ser acolhido como amigo que vem em nome de Deus”, diz Dom Nelson sobre Valença / Arqrio

A notícia da nomeação de Dom Nelson Francelino Ferreira como bispo de Valença foi recebida com “alegria e temor”. A menos de uma semana para a posse, que será no dia 5 de abril, o bispo diz esperar ser recebido como um amigo pelo povo. “Eu falo ao povo de Valença: estou batendo à porta, estou chegando. Podem ir acrescentando água no feijão que chegou mais um. Espero ser acolhido mesmo como esse irmão, esse filho, esse amigo, que vem em nome de Deus trabalhar, dar continuidade ao trabalho iniciado pelos antecessores”, destacou parafraseando o Papa Francisco.

>>>Dom Nelson se despede do Rio com missas

>>>Carta de Dom Nelson Francelino à Diocese de Valença

>>> Papa Francisco nomeia Dom Nelson Francelino Ferreira bispo titular da Diocese de Valença

A posse seria na Catedral de Nossa Senhora da Glória e foi transferida para o Centro de Eventos da Fundação Educacional Dom André Arcoverde, para acolher mais pessoas.

A Diocese de Valença é considerada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a mais católica do Rio de Janeiro, com mais de 70% da população de fiéis. São nove municípios e uma população de cerca de 600 mil pessoas. Despertar vocações religiosas e leigas é um dos projetos de Dom Nelson para Valença.

Faltando poucos dias para assumir o ministério episcopal em Valença, as expectativas são muitas. “Abraçar a diocese é o meu grande anseio hoje, é minha grande expectativa. É conhecer todas as paróquias, é criar um bom relacionamento com o clero. Fazer do clero de Valença não um grupo de súditos, mas um grupo de irmãos, de amigos, fazer amizade com o povo e ali as necessidades vão aparecendo”, completou. Ser bispo, para Dom Nelson, não é uma honra, mas um serviço.

Carioca de coração

Paraibano de nascimento, mas carioca de coração, ele se diz grato a todo o povo por tê-lo acolhido na cidade. “A Igreja do Rio de Janeiro me fez ser o que eu sou, então eu não posso dizer jamais que eu não sou grato”. Dom Nelson diz que a Igreja no Rio é muito dinâmica e bem organizada, que valoriza a devoção pessoal, a formação e a promoção do laicato, além da diversidade de carismas e dons.

“Sentir com a Igreja” é o lema episcopal de Dom Nelson e também é a maneira como ele se relaciona com a Igreja e com aquilo que lhe é confiado. “Nas horas de dúvidas, de insegurança, de medo, eu prefiro abrir mão das minhas convicções para transmitir o que diz, o que quer, o que sente a Igreja. Isso tem sido um segredo no meu ministério”, disse.

Com um sorriso no rosto e muita tranquilidade, Dom Nelson recebeu a equipe do “Testemunho de Fé” para uma conversa. Confira a entrevista:

Testemunho de Fé (TF) – No dia 12 de fevereiro, quando o Papa o nomeou como bispo da Diocese de Valença, foi uma surpresa? O senhor já tinha sido consultado?

Dom Nelson Francelino Ferreira – Na verdade, há muitas consultas, mas eu nunca me preocupei com essa questão de transferência. A minha única preocupação é trabalhar em prol do Reino de Deus. Quando o núncio me comunicou, eu me senti honrado por estar recebendo uma diocese, mas temeroso porque a gente conhece as nossas limitações, as nossas fraquezas. A gente é chamado a responder com um ato de fé, ou seja, se o Senhor chamou, ele capacita.

TF – Como o senhor definiria o povo do Rio de Janeiro, os fiéis?

Dom Nelson –Eu acho a Igreja do Rio de Janeiro muito organizada, que valoriza muito a devoção pessoal, a formação e a promoção do laicato, sobretudo nesses últimos anos com as missões populares, os círculos bíblicos, os ministérios nos grupos de oração.

TF – O senhor falou em uma entrevista que ser bispo não é uma honra, é um serviço. Como o senhor se definiria como bispo?

Dom Nelson – Eu tenho até medo desse nome bispo porque é muito grande para as minhas limitações. O bispo é um ministério, é um serviço. O bispo Dom Nelson é servo de uma Igreja.

TF – Na Diocese de Valença, o senhor já tem um plano pastoral? Algo que queira fazer na diocese?

Dom Nelson – É claro que neste tempo de três anos aqui no Rio de Janeiro como moderador da Cúria dá uma experiência muito grande. Eu vou para a Diocese de Valença com toda essa carga, com toda essa experiência que eu tive aqui na arquidiocese não para impor um ritmo de trabalho, mas é fundamental chegar em Valença como aquele que vai dialogar e que vai conhecer o seu rebanho para saber quais as necessidades, quais os anseios daquele rebanho e, a partir dali, formular projetos, formular perspectivas, empreender uma série de ações para responder àquela realidade.

TF – Quais são as suas expectativas para a posse que já se aproxima, que será agora dia 5 de abril?

Dom Nelson – Eu não criei muitas expectativas porque eu não sou de ficar nervoso; sou uma pessoa extremamente calma. Abraçar a diocese é o meu grande anseio hoje, é minha grande expectativa. É conhecer todas as paróquias, é criar um bom relacionamento com o clero, fazer do clero de Valença não um grupo de súditos, mas um grupo de irmãos, de amigos, fazer amizade com o povo, e ali as necessidades vão aparecendo.

TF – Quais são os desafios do povo de Valença?

Dom Nelson – Os desafios são as cidades que vão crescendo sem grande planejamento, a violência que vai se instalando nas cidades do interior, a questão de pobreza, do desemprego, o problema da educação, do saneamento básico. Valença é a diocese mais católica do Rio de Janeiro. Então, é uma diocese muito boa de trabalhar.

TF – Qual vai ser o desafio do bispo de Valença?

Dom Nelson – Eu ainda não conheci bem, mas um problema que se vê em Valença é a questão vocacional. Despertar novas vocações, inclusive também leigas.

TF – E para o povo de Valença, o senhor deixa alguma mensagem?

Dom Nelson – Achei tão bonita aquela passagem do Papa que disse: gente, eu estou batendo na janela de vocês para entrar quando ele chegou aqui ao Rio de Janeiro. Então, eu falo ao povo de Valença: estou batendo à porta, estou chegando. Podem ir acrescentando água no feijão que chegou mais um. Espero ser acolhido mesmo como esse irmão, esse filho, esse amigo, que vem em nome de Deus trabalhar, dar continuidade ao trabalho iniciado pelos antecessores. Não espere um grande bispo, acolham um grande amigo, um grande irmão, um grande mensageiro de Jesus Cristo.

TF – Mais alguma coisa que o senhor gostaria de destacar?

Dom Nelson – Meu lema episcopal é sentir com a Igreja. Então, em muitas horas de dúvidas, de insegurança, de medo, eu prefiro abrir mão das minhas convicções para transmitir o que diz, o que quer, o que sente a Igreja. Isso tem sido um segredo no meu ministério.

Confira a entrevista completa no portal da arquidiocese


SERVIÇO

Posse de Dom Nelson em Valença

Quando: 5 de abril, às 16h

Onde: Centro de Eventos da Fundação Educacional Dom André Arcoverde, em Valença

 

 

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