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05 de Maio de 2024

Uma vida dedicada ao testemunho da fé

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12/06/2014 14:32 - Atualizado em 13/06/2014 15:12
Por: Igor Marques (igor@testemunhodefe.com.br) e Symone Matias (symonematias@testemunhodefe.com.br)

Uma vida dedicada ao testemunho da fé 0

Uma vida dedicada ao testemunho da fé / Arqrio

O Regional Leste 1 da CNBB se enluta pelo trágico falecimento do bispo emérito da Diocese de Itaguaí (RJ), Dom Vital João Wilderink, de 82 anos, ocorrido no dia 11 de junho, vítima de um acidente de carro a caminho do eremitério Fonte de Elias, no alto do Rio das Pedras nas montanhas de Lídice, distrito do município de Rio Claro, no Estado do Rio de Janeiro.

“Celebramos sua páscoa, sua passagem para o céu, para a casa do Pai, de uma maneira inesperada. Agradecemos muito a Deus, pois Dom Vital foi um homem muito despojado e sempre teve grande amor ao próximo. Foi uma pessoa que entregou sua vida a causa da Igreja. Ele deixou uma lembrança muito forte e, ao mesmo tempo, um exemplo para que possamos seguir os seus passos”, disse o atual bispo da Diocese de Itaguaí, Dom José Ubiratan Lopes.

Pertencente a Ordem dos Carmelitas, Dom Vital foi o primeiro bispo da recém Diocese de Itaguaí, criada em abril de 1980 pelo então Papa João Paulo II. O trabalho que desempenhou como pastor dedicado, norteado pelo carisma da unidade e no desejo de uma Igreja feita por todos.

 “Sou seu sucessor. Faço um trabalho de evangelização inspirado pelo Espírito Santo, mas em cima das bases que Dom Vital colocou na vida dessa diocese. Hoje somos muito gratos a Deus e a ele por esse tempo que ele viveu em nosso meio, servindo a diocese, a Igreja e a CNBB. Pedimos ao Senhor que lhe conceda o paraíso, a glorificação celeste prometida aos justos e aqueles que haveriam de perseverar até o fim”, completou Dom Ubiratan.

Dom Vital permaneceu no governo diocesano de Itaguaí no período de 14 de junho de 1978 a 7 de agosto de 1988. Com a permissão do Papa João Paulo II renunciou à função e, desde então, passou a viver como eremita no Alto do Rio das Pedras, em Lídece, no Rio de Janeiro. Com a ida de Dom Vital, muitas pessoas passaram a subir o Alto para fazer retiros e desfrutar da sabedoria do freio na orientação espiritual.

“Pedi para ele atender as irmãs carmelitas aqui do Rio de Janeiro, em Jacarepaguá. Ele vinha todo mês para fazê-lo. Com seus 82 anos, continuava com uma vida muito ativa e, ao mesmo tempo, servindo a Igreja da forma como ele escolheu. Ele foi alguém que viveu a espiritualidade e, ao mesmo tempo, no isolamento do eremitério dedicou-se a tempo de oração, de reflexão. Ele é um sinal para todos nós da importância da oração, da intercessão, e de servir a Igreja na oração”, salientou o arcebispo do Rio, Cardeal Orani João Tempesta.

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Perfil

Nascido em 30 de novembro de 1931, na cidade de Deventer, na Holanda, Dom Vital tem como nome de batismo João Geraldo. Em sua caminhada como seminarista, passou três anos no seminário menor na Holanda, quando seguiu para o Brasil, em janeiro de 1949.

 No ano de 1951, em Mogi das Cruzes, ingressou para o noviciado, no fim do qual fez sua primeira profissão religiosa. Fez os estudos de filosofia em São Paulo. Foi enviado para o curso de teologia, no Colégio Internacional dos Carmelitas, em Roma.

Sua ordenação presbiteral foi realizada no dia 7 de julho de 1957, em Roma, pelas mãos de um bispo carmelita irlandês, missionário na África.

Após a ordenação, o clérigo permaneceu em Roma para continuar seus estudos de teologia, na Universidade Santo Thomás de Aquino, em que se doutorou na área de espiritualidade. A fim de redigir sua tese de doutorado, fez prolongadas pesquisas na França.

Dom Vital lecionou no Colégio Internacional dos Carmelitas, em Roma, nos anos 63 e 64. Em janeiro de 1967, apesar do desejo do superior geral de que ele permanecesse em Roma, como professor preferiu voltar para o Brasil.

Retornando para o Brasil em 1967, estabeleceu-se em Minas Gerais, onde por algum tempo foi professor no Instituto de Teologia de Belo Horizonte. Neste mesmo ano trabalhou como operário em uma pedreira e numa fábrica de tecidos, para conhecer melhor o mundo do trabalho dos pobres.

No ano de 1968, foi nomeado diretor do Departamento de Formação da CRB nacional. Exerceu essa função por dois anos. Durante esse período participou como representante da CRB, da segunda Conferência Episcopal Latino-Americana, em Medellín. Em 1970, a pedido de quatro congregações, foi para a Diocese de Itabira (MG) para acompanhar as irmãs em um novo estilo de vida inserida no meio de povo, no contínuo esforço de responder as diretrizes da conferência, e tornou-se coordenador pastoral da mesma diocese até 1974.

Relatos contam que no dia 18 de novembro de 1977 um telefonema de Brasília convocou frei Vital a comparecer na Nunciatura Apostólica. Lá, recebeu a notícia que havia sido nomeado pelo Papa Paulo VI como bispo auxiliar da Diocese de Volta Redonda e Barra do Piray (RJ).

Pelas mãos de Dom Valdir foi sagrado bispo no dia 13 de agosto de 1978, na Igreja do Conforto de Volta Redonda. Sendo seu lema: “Testemunhar o Evangelho da Graça de Deus”.

A vida consagrada sempre mereceu seu especial carinho, tanto a nível local e nacional. Ordenou os primeiros padres brasileiros da diocese. Com sua sensibilidade e opção preferencial pelos pobres, criou o projeto de acolhida a meninos e meninas de rua, construindo uma casa, a qual os meninos chamaram Nossa Casa.

Por 12 anos participou da CNBB, atuou especialmente como responsável na dimensão Bíblico-Catequética e fez parte da comissão catequética do Celam. Dom Vital também participou da quarta Conferência Episcopal Latino-Americana de Santo Domingos e de dois sínodos em Roma.

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