24 de Maio de 2025
Porta-voz da Santa Sé diz que Papa se sentiu acolhido pelo povo
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23/07/2013 10:34 - Atualizado em 23/07/2013 11:24
Por: Andréia Gripp - Testemunho de Fé
Porta-voz da Santa Sé diz que Papa se sentiu acolhido pelo povo 0

Ao final do primeiro dia do Papa Francisco no Rio de Janeiro, 22, o porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi, encontrou-se com jornalistas no Centro de Imprensa da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em Copacabana. O sacerdote fez um resumo do deslocamento do Papa de Roma ao Rio de Janeiro e respondeu a perguntas dos jornalistas.
Padre Lombardi iniciou falando sobre o imprevisto acontecido durante a passagem do Papa Francisco na Avenida Presidente Vargas e sobre a manifestação ocorrida nos arredores do Palácio Guanabara.
“Em nenhum momento o Papa se sentiu ameaçado ou teve medo. Quando o povo cercou o carro, o secretário do Papa me revelou que teve medo, mas que o Papa estava tranqüilo e sorrindo”, contou. Segundo ele, Francisco não só não teve medo, como também viu o assédio do povo como uma expressão de entusiasmo e que se sentiu muito bem acolhido. “Eles só queriam se aproximar e cumprimentar o Papa”.
Para o porta-voz, o incidente não mudará os planos do Papa de fazer longos trajetos com o papamóvel aberto. Porém, se os responsáveis pela segurança acharem mais prudente, devido à alguma circunstância, esse planejamento poderá ser mudado.
Quanto aos protestos, também afirmou que não foram preocupação para o Papa: “ele não se sente ameaçado em nenhum momento. Os protestos não têm ligação direta com a visita dele”.
Depois, padre Federico fez um breve resumo do que aconteceu durante a viagem até o Brasil, na qual Francisco foi acompanhado por 70 jornalistas.
“O Santo Padre quis conhecer todos os jornalistas presentes. Conversou brevemente com cada um deles, concedeu-lhes a bênção e falou sobre a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Proferindo um breve discurso, ele destacou dois pontos importantes: a juventude não pode ser considerada separada da sociedade, como algo à parte, mas tem que ser vista num contexto mais amplo, que contemple a conquista de seu espaço no mundo e o desenvolvimento de sua dignidade, ao lado e apoiada pelos mais velhos. Em seguida, falou sobre a sua preocupação com o que chamou de cultura do descartável e da indiferença”, explicou o porta-voz. Neste contexto, segundo padre Lombardi, Francisco destacou a necessidade de se refletir sobre o acesso do jovem à educação e ao trabalho, bem como de se promover a cultura da inclusão e do encontro.
Outro ponto do discurso do Papa no avião, destacado pelo sacerdote, foi a interação que deve haver entre os jovens e os mais velhos, mais experientes. “O jovem tem a força e o idosos têm a sabedoria. Isolar o jovem num contexto específico e isolado é uma injustiça".
“E fez um pedido aos jornalistas: que o ajudassem nessa tarefa, trabalhando para o bem da sociedade, dos jovens e dos idosos, pois, afinal, são os jornalistas que levarão ao mundo as suas palavras”, complementou.
Devoção Mariana
Indagado acerca da visita do papa ao Santuário de Aparecida, padre Lombardi explicou que esse foi um desejo do Santo Padre.
“Ele tem uma grande devoção a Nossa Senhora. Quando confirmou sua presença na JMJ, imediatamente pediu que incluísse no seu roteiro uma peregrinação a Aparecida. Para tanto, irá utilizar os dias que, anteriormente na agenda de Bento XVI, eram destinados ao descanso”.
Aparecida também traz lembranças de um momento importante vivido pelo então Cardeal Jorge Bergoglio: a V Conferência Episcopal Latino-Americana, na qual coordenou a comissão de redação do Documento de Aparecida. “Este documento é importante para ele e muito do que falará aqui no Brasil aos jovens e aos bispos reflete o pensamento de Aparecida”, pontuou.
Foto: Andréia Gripp
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