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09 de Maio de 2024

Francisco visita jovens privados de liberdade no Panamá

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25/01/2019 15:40 - Atualizado em 25/01/2019 15:41
Por: Priscila Xavier

Francisco visita jovens privados de liberdade no Panamá 0

Em cada viagem apostólica, o Papa Francisco sempre leva o olhar misericordioso de Jesus àqueles que estão enfermos, às crianças e idosos que vivem em asilos, além de ir aos cárceres. No Panamá não seria diferente. Por isso, o Pontífice esteve com 180 jovens privados de liberdade no Centro de Cumprimento de Menores, em Las Garzas, na manhã desta sexta-feira, 25 de janeiro.

O Pontífice foi acolhido pelo arcebispo do Panamá, Dom José Domingos Ulloa, e pela diretora nacional do Instituto de Estudos Interdisciplinares, Emma Alba Tejeda.

Logo no início da visita, os jovens apresentaram ao Santo Padre o canto “A oração do pobre”. Em seguida, Luis Oscar Martínez, um jovem privado de liberdade, deu seu testemunho. “Minha vida tem sido difícil: quando eu tinha um ano de idade, meu pai abandonou minha mãe. Ela seguiu na batalha da vida, não só comigo, mas com minha irmã e meu irmão. Quando eu estava crescendo, senti que algo estava faltando, que havia um vazio dentro de mim. Hoje eu sei que esse algo que faltava era a voz de um pai que me guiava com amor. Em 2015, Deus tocou meu coração e tomei a decisão de aceitar a Cristo como meu Senhor e Salvador. Naquele dia eu tive pai novamente. Mas algum tempo depois eu tropecei e cometi um delito. Eu não imaginei que isso teria sérias consequências, como perder parte da minha família, meus estudos e estar em um lugar como esse”, disse o jovem.

Luis Oscar Martínez encerrou, dizendo: “Eu também gostaria de agradecer. Eu o agradeço porque, como servo do nosso Senhor Jesus, quis aproveitar para ouvir um jovem privado de liberdade como eu. Não há palavras para descrever a liberdade que sinto neste momento”, finalizou.

O Papa presidiu a Liturgia Penitencial juntamente com os jovens reclusos. Francisco iniciou a homilia destacando o Evangelho de São Lucas (Lc 15,2), no qual os fariseus e escribas tentavam desqualificar Cristo por sentar à mesa junto com aqueles que eram considerados pecadores. “Jesus não tem medo de se aproximar daqueles que, por inúmeras razões, carregavam o peso do ódio social, como no caso dos publicanos – lembremo-nos de que os publicanos se enriqueciam roubando o seu próprio povo, provocando muita indignação – ou o peso das suas culpas, erros e enganos, como no caso daqueles que eram conhecidos por pecadores. Ele faz porque sabe que, no céu, há mais alegria por um só pecador convertido do que por noventa e nove justos que não precisam de conversão”, afirmou.

Ainda segundo ele, “comendo com publicanos e pecadores, Jesus quebra a lógica que separa, exclui, isola e divide falsamente entre bons e maus. E falo, não por decreto ou com boas intenções, nem com voluntarismos ou sentimentalismo, mas criando vínculos capazes de permitir novos processos; apostando e fazendo festa em cada passo possível”.

O Pontífice também disse aos jovens para que não deem ouvidos à murmuração, mas que busquem caminhos de superação. “Amigos, cada um de nós é muito mais do que os rótulos que nos dão. Assim Jesus nos ensina e nos convida a acreditar. O seu olhar desafia-nos a pedir e procurar ajuda para percorrer os caminhos da superação. Por vezes a murmuração parece vencer, mas não acrediteis, não lhe presteis ouvidos. Procurai e ouvi as vozes que impelem a olhar para diante e não aquelas que vos desencorajam”, aconselhou.

Francisco encerrou a homilia dizendo que “uma sociedade adoece quando não é capaz de fazer festa pela transformação dos seus filhos, uma comunidade adoece quando vive a murmuração que esmaga e condena, sem sensibilidade. Uma sociedade é fecunda quando consegue gerar dinâmicas capazes de incluir e integrar, assumir e lutar para criar oportunidades e alternativas que deem novas possibilidades aos seus filhos, quando se preocupa por criar futuro com comunidade, instrução e trabalho. E embora possa experimentar a impotência de não saber como, nem por isso se arrende, mas tenta de novo. Todos juntos, lutai sem cessar por encontrar caminhos de inserção e transformação. Isto, o Senhor o abençoa, sustenta e acompanha.

Após a Liturgia Penitencial, alguns jovens privados de liberdade tiveram a oportunidade de receber o Sacramento da Reconciliação, por meio da confissão com o Santo Padre e alguns bispos. Em seguida, Francisco também cumprimentou outros 30 detentos que participaram da fabricação dos 250 confessionários que estão sendo utilizados na JMJ Panamá.

 

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