A Paróquia Nossa Senhora de Fátima e São João de Deus, em Realengo, coordenada pelo pároco Flávio Ramos Vital, completará 45 anos no dia 24 de junho. Os festejos começam no dia 16 do mesmo mês, com uma missa presidida pelo primeiro pároco da comunidade, padre João de Deus Góis, atualmente conduzindo a Paróquia Nossa Senhora do Rosário, em Del Castilho. No dia 25 de junho, às 19h, o arcebispo da Arquidiocese do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, também celebrará uma missa na comunidade.

Outras atividades preparatórias para o jubileu acontecerão entre os dias 20 e 24 de junho, com celebrações eucarísticas, às 19h. No dia 23, haverá adoração ao Santíssimo das 8h até o começo da missa. 

Vida paroquial

A história da Paróquia Nossa Senhora de Fátima e São João de Deus começa em uma pequena capela de alvenaria construída pelos primeiros moradores da região de Jardim Novo, em Realengo, em 1956. Devido aos construtores serem majoritariamente portugueses, escolheram Nossa Senhora de Fátima, santa portuguesa, como padroeira.

A comunidade cresceu com o desenvolvimento do bairro. Na década seguinte, a única missa dominical que o padre João de Deus celebrava na capela não bastava para atender tantos fiéis. O sacerdote era pároco da Paróquia Divino Espírito Santo, vizinha à capela e da qual fazia parte. “O atendimento religioso era pouco e havia muitas crianças para a catequese”, reconheceu o sacerdote.

No dia 24 de junho de 1971, Dom Eugenio de Araujo Sales, então arcebispo da Arquidiocese do Rio de Janeiro, elevou o templo à paróquia e estabeleceu padre João de Deus como pároco. Foi a primeira paróquia criada pelo bispo na arquidiocese. “O início da paróquia foi tranquilo. As coisas foram se desenvolvendo aos poucos, construímos um templo maior, com uma torre e uma casa paroquial, de muito bom gosto. O pessoal sempre ajudou e colaborou muito. A comunidade sempre foi fervorosa e participativa”, garantiu o padre João de Deus.

Nos três anos em que padre João de Deus esteve à frente da paróquia, priorizou a formação religiosa das crianças, pensando na continuidade da vida paroquial. “Mal tínhamos espaço para acolher tantas crianças. As catequistas faziam os primeiros encontros debaixo dos eucaliptos que ficavam na praça em frente à igreja. Estendiam esteiras para sentarem e faziam a catequese”, recordou. Padre João de Deus frisou que a missa das crianças, celebrada às 8h30, aos domingos, era a mais cheia.

Passados 45 anos, os jovens continuam sendo motivo de orgulho para a comunidade. O atual pároco, padre Flávio Ramos Vital, destacou as 200 crianças que participam da catequese. A frente da comunidade há pouco mais de um ano, o sacerdote pretende organizar um encontro anual de adolescentes com Cristo, para unir e animar a juventude. “Meu objetivo principal é desenvolver um trabalho com os adolescentes, a crisma e grupos jovens”, apontou.

O pároco também ressaltou a importância do Encontro de Casais com Cristo (ECC) que acontece há 16 anos na paróquia, com atividades ao longo do ano. O evento envolve uma média de 250 casais. “O ECC é o coração da paróquia”, definiu padre Flávio. O sacerdote considera toda a comunidade “bem animada e participativa”.

Testemunhos

A família da paroquiana Silvina de Abreu Soares participa das atividades da paróquia há três gerações. Começou com seus pais, Ernesto Soares Pombo e Tereza Maia de Abreu Soares. Eles ajudaram na obra da casa paroquial e da torre. Silvina era uma das pequenas que lotavam a missa das crianças no início da década de 70. Hoje ela atua na coordenação dos círculos bíblicos. Sua filha Natalia Soares Barboza foi batizada na igreja e serviu como coroinha durante a adolescência.

“A participação das pessoas vem crescendo. Inclusive, boa parte dos paroquianos fundadores ainda atua na paróquia. É o caso da minha mãe: ela participa do círculo bíblico e do Apostolado da Oração”, comentou Silvina.

Para a paroquiana, as novidades que padre Flávio trouxe são fundamentais para a renovação da paróquia e, segundo ela, são bem acolhidas pela comunidade. Destacou a procissão e a carreata que fizeram em maio na festa de Nossa Senhora de Fátima e o trabalho de animação da juventude.

O paroquiano José Henrique Cabral Ferreira nasceu praticamente no mesmo tempo que a paróquia. Foi batizado na igreja nove dias antes de Dom Eugenio a elevar à Paróquia Nossa Senhora de Fátima e São João de Deus. Passou um tempo longe da vida em comunidade devido ao trabalho até o ano de 2000, quando recebeu um convite para participar do primeiro retiro do ECC com sua esposa, Sueli Regina do Carmo Santos. Desde então, assumiu alguns funções em pastorais e movimentos. A principal delas é no ministério de música.

“A participação na paróquia é fruto da minha fé. Se temos um dom e a graça de poder servir, temos que nos doar. A fé tem que ter obras, e as obras vivificam a fé. Temos que anunciar o bem e, sobretudo, praticá-lo. Tudo isso é fruto da comunidade”, reconheceu José.

Fotos: Assis Freitas e Arquivo Paroquial

Padre Flávio com crianças da catequese

Missa em ação de graças pelo Dia das Mães

Padre Flávio presidindo a Santa Missa

Primeira Eucaristia em 2015 

Fachada atual da Matriz

Paroquianos e fiéis em frente à igreja matriz

Paroquianos e fiéis chegam para participar da Santa Missa

Missa das crianças

Matriz em construção

Matriz em construção