Foi concluído na festa da Apresentação de Jesus no Templo - dia 2 de fevereiro de 2016 -, o Ano da Vida Consagrada. Proclamado pelo Papa Francisco, teve como tema “Vida Consagrada na Igreja hoje: Evangelho, Profecia e Esperança”.

“Os consagrados são homens e mulheres que podem acordar o mundo. A vida consagrada é uma profecia”, disse o Pontífice. Profecia - explicou - no sentido de transformar todas as realidades estéreis e áridas sob o olhar fecundo e terno de Deus.

Na Arquidiocese do Rio Janeiro, a celebração em ação de graças foi presidida pelo Cardeal Orani João Tempesta, no dia 31 de janeiro, na Igreja de Sant’Ana, no Centro. A missa festiva contou com um número expressivo de religiosos de ordens, congregações e institutos de vida consagrada, sociedades de vida apostólica, movimentos eclesiais e novas comunidades.

Para marcar o Ano da Vida Consagrada, desde março de 2015, Dom Orani celebrou missas aos sábados no “O Rio Celebra” em paróquias, instituições e sedes de congregações administradas por religiosos. O cardeal visitou os vicariatos com o objetivo de mostrar a beleza do carisma a serviço da arquidiocese. Na celebração, ele recordou que há 48 anos vestiu seu hábito de monge cisterciense, ressaltando que é missão do consagrado contagiar as pessoas e a sociedade com a misericórdia.

“Creio que somos chamados a ver que aquilo que um dia nos fez sair de nossas casas, de nossas famílias, entrar em uma comunidade e dentro de um carisma concreto, foi justamente o encontro com o Senhor. Essa experiência foi o que nos motivou. Somos chamados a ver por quem demos a nossa vida, em nome de quem nós professamos, tendo a certeza de que fizemos nossos votos ou nossos compromissos e renovamos tantas vezes e todas as vezes por causa de Cristo Jesus. E nesse tempo de desilusão das ideologias e de quem colocou as esperanças de salvação na sociedade, é que anunciamos aquilo que realmente é a razão da vida de todos nós e a salvação do mundo: Jesus Cristo, Nosso Senhor. Nós somos chamados, enquanto homens e mulheres consagrados, a gritar alto como profetas, como nos fala hoje a palavra de Jeremias: ‘Antes de formar-te no ventre materno, eu te conheci; antes de saíres do seio de tua mãe, eu te consagrei e te fiz profeta das nações...’ para denunciar aquilo que está errado e anunciar uma boa notícia. Por isso, também esse olhar para a cidade, para a arquidiocese, de quem se compromete a assim viver e assim anunciar o Evangelho com entusiasmo, com generosidade, como profetas da misericórdia. Que o Senhor nos ajude cada vez mais a continuar nessa direção com entusiasmo e alegria”, desejou Dom Orani.

O vigário episcopal para a Vida Consagrada, Dom Roberto Lopes, recordou a carta pastoral “Gratidão, Paixão, Alegria e Esperança”, escrita pelo Cardeal Tempesta por ocasião do Ano da Vida Consagrada. Ele também falou sobre os planos para 2016 e recordou as catequeses do Papa Francisco que exortam sobre a realidade da missão pautada na misericórdia de Deus.

“Essas celebrações e experiências que tivemos durante este Ano da Vida Consagrada foram para nós um momento de grande riqueza de unidade e de partilha. Neste ano de 2016, retomaremos as visitas aos vicariatos e às respectivas casas religiosas. Nesses últimos dois anos trabalhamos na revitalização de muitas congregações e isso é muito enriquecedor. Eu, pessoalmente, sempre agradeço a Dom Orani por esta missão a mim confiada, pois esse trabalho sempre me dá grande alegria e fortalece a minha vocação como consagrado. O Papa Francisco em sua catequese deixou muito claro para nós: ‘Não existe missão sem misericórdia’. E é justamente com os nossos carismas que temos que ir ao encontro do povo de Deus em missão e com misericórdia. Formamos essa família e vemos, na Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, a beleza da família consagrada. Que possamos cada vez mais aprofundar nosso carisma sem medo, mas sempre com muita alegria”, concluiu Dom Roberto.

Foto: Carlos Moioli