29 de Março de 2024
Pastoral da Saúde - esperança junto aos enfermos
Se você encontrou erro neste texto ou nesta página, por favor preencha os campos abaixo. O link da página será enviado automaticamente a ArqRio.
23/01/2015 16:12 - Atualizado em 23/01/2015 16:12
Por: Cônego Manuel Manangão
Pastoral da Saúde - esperança junto aos enfermos 0
No próximo dia 11 de fevereiro, memória da Bem-Aventurada Virgem de Lourdes, estaremos celebrando mais um Dia Mundial do Doente. Nós, cristãos, no serviço generoso e amoroso a cada vida humana frágil e doente expressamos nosso testemunho evangélico.
Com a mensagem deste ano, o Santo Padre convida-nos a meditar uma frase do livro de Jó: “Eu era os olhos do cego e servia de pés para o coxo” (29, 15). Reflexão feita na perspectiva da “sabedoria do coração”.
Diz-nos o Santo Padre: “Sabedoria do coração é servir o irmão. Sabedoria do coração é estar com o irmão. Sabedoria do coração é sair de si ao encontro do irmão. Sabedoria do coração é ser solidário com o irmão, sem o julgar”. No discurso de Jó que contém as palavras “eu era os olhos do cego e servia de pés para o coxo”, evidencia-se a dimensão de serviço aos necessitados por parte deste homem justo, que goza de uma certa autoridade e ocupa um lugar de destaque entre os anciãos da cidade. A sua estatura moral manifesta-se no serviço ao pobre que pede ajuda, bem como no cuidado do órfão e da viúva (cf. 29, 12-13). Também hoje quantos cristãos dão testemunho – não com as palavras, mas com a sua vida radicada numa fé genuína – de ser “os olhos do cego” e “os pés para o coxo”! Pessoas que permanecem junto dos doentes que precisam de assistência contínua, de ajuda para se lavar, vestir e alimentar. O tempo gasto junto do doente é um tempo santo. É louvor a Deus, que nos configura à imagem do seu Filho, que “não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para resgatar a multidão” (Mt20, 28). Às vezes, o nosso mundo esquece o valor especial que tem o tempo gasto à cabeceira do doente, porque, obcecados pela rapidez, pelo frenesi do fazer e do produzir, esquece-se a dimensão da gratuidade, do prestar cuidados, do encarregar-se do outro. A caridade precisa de tempo. Tempo para cuidar dos doentes e tempo para os visitar”.
A Pastoral da Saúde, como expressão da solicitude da Igreja, que anuncia o Reino de Deus, assume concretamente a missão confiada por Jesus aos seus discípulos (cf. Lc 9, 1-2; Mt 10, 1.5-14; e Mc 6, 7-13). Assim, enquanto ajuda o doente na reconstrução de sua relação de intimidade com Deus, consigo e com o mundo que o cerca, anunciando que Jesus, tornando presente a misericórdia do Pai, veio não para condenar, mas para perdoar e salvar, abre uma porta de esperança diante da obscuridade do sofrimento.
Com o tema da mensagem deste ano para o Dia Mundial do Doente oferece-se a oportunidade de redescobrindo a força e a beleza da fé e da esperança testemunhá-las na vida de todos os dias. Nossa missão é manifestar a todos a misericórdia infinita de Deus com as palavras tranquilizadoras da esperança (cf. Santo Agostinho, Carta 95, I: PL 33, 351-352).
Na oração conclusiva da mensagem do Santo Padre se explicita o que devemos fazer: “Ó Maria, Sede da Sabedoria, intercedei como nossa Mãe por todos os doentes e quantos cuidam deles. Fazei que possamos, no serviço ao próximo sofredor e através da própria experiência do sofrimento, acolher e fazer crescer em nós a verdadeira sabedoria do coração”.
No trabalho de visita quer aos doentes nas casas ou nos hospitais quer na organização das comunidades frente a realidade da saúde pública, expressemos nossa fé e esperança para cada pessoa enferma e sofredora ao longo do caminho de cura das feridas do corpo e do espírito.
Seja um agente da Pastoral da Saúde! Procure sua paróquia.
Deixe seu comentário
Resposta ao comentário de: