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19 de Abril de 2024

Pão para meu irmão

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Pão para meu irmão

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21/11/2014 09:28 - Atualizado em 24/11/2014 08:26
Por: Gisele Barros (giselebarros@testemunhodefe.com.br)

Pão para meu irmão 0

temp_titlepo_para_meu_irmo_21112014092615No dia 24 de dezembro de 2013, véspera de Natal, Rita de Cássia Lessa Figueira da Silva colocou em prática uma ação que ela já vinha planejando há muito tempo: entregar alimentos a moradores de rua. Rita e o marido, Celino Pereira da Silva, por iniciativa própria, colocaram no porta-malas do carro deles tudo o que seria necessário para um bom café da manhã e saíram pelas ruas do bairro Lins de Vasconcelos praticando solidariedade.

Hoje, quase um ano depois, a iniciativa “Pão para o meu irmão” é realizada de 15 em 15 dias e recebe o apoio dos paroquianos da Igreja Nossa Senhora da Guia, em Lins de Vasconcelos, e de comerciantes do bairro.

Para Rita, apesar de ser cansativa, sua tarefa é muito gratificante. Ela afirma que seu ato de solidariedade vai muito além de apenas fornecer uma refeição: “Não é só pelo café, é pela Palavra de Deus que a gente leva”. A mensagem compartilhada em cada encontro é a de que aqueles que passam por necessidade precisam sair das ruas, deixar vícios, buscar a ajuda de Deus. “Tenho sempre esperança de que essa atitude possa tocar o coração de cada um deles”.

A escolha por fornecer café da manhã surgiu, segundo Rita, porque a primeira refeição do dia é a que mais falta para aqueles que vivem nas ruas: “Eles acordam com fome. É mais fácil conseguirem almoço, por exemplo, do que o café da manhã”. Todos os meses a missão é realizada em dois sábados, e o trabalho começa às 6h. “Acordamos aqueles que estão nas redondezas, juntamos todos perto do carro, fazemos uma oração, partilhamos o café e depois trocamos algumas palavras com eles”.

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Boa parte das doações recebidas pelo “Pão para o meu irmão” deve-se ao apoio do padre Jorge Lutz, pároco da Igreja Nossa Senhora da Guia. Segundo ele, “está sendo uma experiência muito boa dentro desse Ano da Caridade. O trabalho assistencial é apenas o primeiro passo para a promoção humana”. A proposta é uma atitude presente no seio da Igreja Católica: “É uma experiência de solidariedade, de sair para a rua, como o Papa nos pediu. Sair do templo para atender aqueles que estão precisando de alguma ajuda. Ser generoso, caridoso, e viver a experiência da fé”. 

Críticas à iniciativa também surgem. Rita disse já ter escutado várias vezes pessoas repreendendo sua atitude, por acreditarem que dar alimento para os mais pobres significa deixá-los mais fortes para que cometam crimes. A resposta para esse tipo de julgamento ela já tem: “Um café da manhã de 15 em 15 dias não fará com que eles fiquem mais fortes pra roubar alguém, mas uma Palavra de Deus de 15 em 15 dias salva uma vida”.

A iniciativa não tem data para chegar ao fim. Depende, claro, do apoio de outras pessoas, mas as perspectivas futuras são boas. Rita afirmou que continuará buscando força em Deus para manter-se em suas funções. Ressaltou também ser extremamente grata a todos que a ajudaram e ajudam na missão de concretizar um ato solidário. “Esse trabalho é um grãozinho de areia diante de tantos problemas que enfrentamos, mas estou exercendo a minha parte e espero realmente que eu possa fazer a diferença na vida dessas pessoas“.

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