29 de Março de 2024
A cidade do Rio de Janeiro em diálogo
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26/09/2014 08:42 - Atualizado em 26/09/2014 08:43
Por: Carlos Moioli (moioli@arquidiocese.org.br); colaboração de Nathalia Cardoso
A cidade do Rio de Janeiro em diálogo 0
“Estamos numa conversa com a cidade que completará 450 anos. A Igreja do Rio de Janeiro tem uma grande responsabilidade na cultura da cidade”, explicou o arcebispo Dom Orani João Tempesta, ao abrir o encontro “A cidade do Rio Janeiro em diálogo”. “Com esse diálogo, a Igreja tem a possibilidade de conhecer melhor a realidade da cidade em todos os seus âmbitos e de se posicionar para fazer a sua parte”, acrescentou.
Realizado na sede da arquidiocese, na Glória, no dia 23 de setembro, a segunda edição teve como conferencista o professor de ciências sociais da PUC-Rio Roberto Damatta, que também é escritor, antropólogo e professor emérito na Universidade de Notre Dame, nos Estados Unidos.
“Toda iniciativa e diálogo são bons. Acho interessante convidar pessoas que trabalham em áreas conexas para apresentar seus pontos de vista. Procurei apresentar fundamentalmente a cultura, as questões de diversidades e diferenças e o diálogo com a cidade do Rio de Janeiro”, explicou.
O conferencista lembrou que a cidade foi corte e teve uma concentração enorme de escravos, de aristocratas. Uma combinação complexa, talvez única no mundo. E essa hierarquização deixou marcas profundas nas formas de trabalho na cidade.
Formação da alma do carioca
De acordo com o bispo auxiliar do Rio Dom Paulo Cezar Costa, o evento teve a finalidade de manter o diálogo com a sociedade. No primeiro encontro, um olhar sobre a sustentabilidade da cidade, agora com o professor Roberto Damatta, uma apresentação do seu aspecto cultural.
“Esse encontro quer ser o momento de diálogo, onde a Igreja pode ajudar, dar a sua contribuição na compreensão com a cidade. Apontar caminhos de acordo com que o Papa Francisco nos propõe através da cultura do encontro”, frisou.
Os encontros ajudam na evangelização, explicou Dom Paulo, na medida em que quanto mais se compreende o público. “Tendo os elementos, podemos lançar as sementes de como evangelizar, de sermos missionários, presença. Os temas nos ajudam a pensar na evangelização e a percebermos como enfrentar as diversas realidades dessa complexa cidade do Rio de Janeiro”.
De acordo com Dom Paulo, o conferencista tratou da definição de cultura e ajudou a entender um pouco da alma do carioca. “A cidade do Rio é uma cidade aberta ao mundo, cosmopolita, onde a heterogeneidade é muito grande. Com suas expressões, o carioca é alegre, muito receptivo e aberto, tendo um jeitinho especial de ser. Ao mesmo tempo, esse mosaico de composição e diversidade foi também plasmado pela fé. No centro da cidade há uma grande quantidade de igrejas, que a fé gerou, presente desde o primeiro momento da fundação, que ajudou a formar a alma do carioca”.
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