De jovem seminarista a bispo animador das vocações, Dom Pedro Cunha Cruz, que é bispo auxiliar da Arquidiocese do Rio, relembrou com emoção os anos em que viveu e acompanha o Seminário Arquidiocesano São José, que se prepara para celebrar seus 275 anos de fundação.

“Tenho uma grande alegria de fazer parte da história do Seminário São José. Além de ser uma exímia casa de formação, o seminário me proporcionou construir várias amizades. Certamente, todos os sacerdotes que passaram pelo local relembram com saudosismo deste tempo único na vida de um vocacionado”, contou.

Participando ativamente da formação, Dom Pedro lecionou Ética Filosófica e Metodologia Teológica e desempenhou as funções de prefeito de filosofia e diretor das disciplinas de filosofia e teologia.

Acolhendo uma vocação

Dom Pedro relembrou que ao iniciar sua caminhada de estudos no seminário, fazia parte de uma turma com outros 11 vocacionados acolhidos pelo então arcebispo do Rio, Cardeal Eugenio de Araujo Sales.

“O acolhimento fez toda diferença e motivou para que eu nunca fosse um seminarista triste, e que nunca me indispusesse com Deus pelo fato de ter sido chamado. Pelo contrário, sempre procurei ser alegre, seguindo o exemplo de grandes sacerdotes da arquidiocese”, frisou.

Formação de excelência

“Uma das grandes preocupações do Seminário São José é a formação do homem”. Assim Dom Pedro enfatizou ao comentar sobre as atividades prioritárias da instituição.

Segundo o bispo, nestes quase três séculos de existência, o seminário construiu uma marca na história da cidade do Brasil, principalmente do Rio de Janeiro, como o seminário mais antigo do país.

“A formação do seminário é embasada por diversos aspectos: humano-afetivo, onde temos um espaço de amadurecimento; pela vida espiritual, onde podemos dedicar grande tempo à oração; pela parte acadêmica, formação religiosa e dimensão pastoral e comunitária”, explicou.

Inesquecível experiência

Durante o período em que esteve no seminário, Dom Pedro teve a oportunidade de participar ativamente das cerimônias presididas pelo Papa João Paulo II no Rio de Janeiro, em 1980, na sua primeira visita ao Brasil.

Segundo ele, ver o pontífice ordenando diversos sacerdotes do Brasil e da América Latina, no Maracanã, foi um grande motivador vocacional, e afirmou sua certeza pela vida consagrada.

“Imagina a alegria de um jovem seminarista, com apenas 15 anos, em estar próximo do Papa. Ainda mais, estar no gramado do Maracanã acompanhando tudo tão de perto. A passagem de São João Paulo II estimulou muito o crescimento de novas vocações no Brasil”, salientou.