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Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, 09/05/2024

09 de Maio de 2024

Festa da Unidade

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13/11/2015 18:42 - Atualizado em 13/11/2015 18:43

Festa da Unidade 0

13/11/2015 18:42 - Atualizado em 13/11/2015 18:43

A primeira propriedade da Igreja é ser una. O que nós vemos na Bíblia a respeito da unidade da Igreja é que Jesus revelou o mistério dessa unidade em algumas parábolas, como por exemplo a da videira (João 15,1-17); do Reino (Mateus 12, 25-28); do Bom Pastor (João 10,1-18). Todas elas demonstram que Jesus quer que sua Igreja seja una, assim como Ele e o Pai são um. Jesus também orou pela unidade da Igreja na véspera da sua Paixão, como podemos ler no capítulo 17 do Evangelho de São João. A Igreja de Cristo nasce unida, pois tudo o que os primeiros cristãos faziam era em comum, como lemos em Atos dos Apóstolos 2,42: “Eles mostravam-se assíduos ao ensinamento dos apóstolos, à comunhão fraterna, à fração do pão e às orações”.

A unidade da Igreja, segundo o Catecismo da Igreja Católica no seu número 814, se apresenta com uma grande diversidade. Esta se dá, primeiro, pela riqueza de dons, carismas e ministérios que o Espírito Santo dota a Igreja, a fim de que ela cumpra sua missão. Uma segunda é o número de culturas que assimilam o Evangelho. Cada povo, com suas próprias peculiaridades, vai acolhendo e iluminando seu jeito de ser pelas palavras de Jesus. A única Igreja se espalha pelo mundo todo e, nas diferentes culturas, testemunha a fé em Jesus, nosso Senhor.

Igreja é sujeito e objeto da fé: sujeito enquanto “Povo de Deus”, objeto enquanto “mistério” e “sacramento de salvação”. Sua meta é o Reino de Deus, Reino de justiça e solidariedade, de misericórdia e paz. O anúncio e o advento do Reino colocam a Igreja permanentemente em estado de penitência e missão. A missão da Igreja, que emerge de sua origem e estrutura trinitária, é defender a plenitude da vida de todos e a integridade da vida de cada um. Essa luta pela vida que Deus nos deu inclui os espaços particulares e regionais e, ao mesmo tempo, ultrapassa todas as fronteiras geográficas, étnicas e culturais.

Em preparação para a terceira edição da Festa da Unidade que marca o encerramento do Ano da Esperança, no dia 21 de novembro, na véspera da Solenidade de Cristo Rei, a Arquidiocese do Rio está se mobilizando em todas as suas comunidades, pastorais, movimentos e grupos que, juntamente com os bispos, padres, diáconos, religiosos, consagrados, seminaristas e povo de Deus, quer testemunhar visivelmente a alegria dessa caminhada de unidade.

O tema deste ano está relacionado à esperança, na qual o apóstolo Paulo afirma em Romanos: “A esperança não decepciona” (Rm 5,5), (que é também o tema de minha terceira carta pastoral à arquidiocese) que contemplará as atividades durante o evento. Outro ponto que será destacado são as ações missionárias que acontecem na arquidiocese, com o anúncio de Cristo nas periferias existenciais e humanas, como gesto concreto desse ano da esperança.

Procuremos reunir nossas forças vivas, e, por isso, contamos com a participação expressiva dos fiéis, sacerdotes, diáconos e todo o povo de Deus para que possamos celebrar juntos a comunhão em Cristo.

Jesus estava prestes a partir. Escreve a testemunha que viu e participou: “sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo ao Pai, tendo amado os seus que estavam neste mundo, amou-os até o fim” (Jo. 13,1) E, tendo dado seu corpo em alimento e seu sangue em bebida, no final da oração sacrifical, poucas horas antes de iniciar sua paixão, implorou ao Pai por seus discípulos e “por aqueles que por sua palavra vão crer em mim para que todos sejam um, assim como Vós, o Pai, estais em mim e eu em Vós” (Jo 17, 20-21).

A união entre os discípulos foi uma constante preocupação para Jesus. O Mestre bem sabia o quanto eram propensos para a discórdia e a divisão e como estavam sujeitos a se deixarem levar pelo egoísmo. Afinal, havia escolhido pessoas simples a serem educadas na sabedoria do Reino. Jesus apresenta sua união com o Pai como modelo da união dos discípulos entre si. “Que sejam um como nós somos um!” A unidade com o Pai, da parte do Filho estava fundada na fidelidade.

A programação tem início a partir das 13h30 e vai até 18h, com missa presidida por mim e concelebrada pelos bispos auxiliares e pelos sacerdotes presentes. Haverá testemunhos, momento mariano, louvor, pregação, atrações musicais e adoração ao Santíssimo Sacramento. A celebração surgiu devido ao meu lema episcopal: “Que Todos Sejam Um”. A Festa da Unidade é realizada na véspera da Solenidade de Cristo Rei, por tratar-se do encerramento do ano litúrgico. Após a missa sairemos em procissão para os Arcos da Lapa, onde os músicos católicos irão propor à cidade –,que completa 450 anos –, com o show “Rio em Comunhão”, que não perca as suas origens.

Dessa maneira, quero convidar a toda grande comunidade da Arquidiocese de São Sebastião a estar presente na celebração da Festa da Unidade e do show “Rio em Comunhão”. Assim, desde já te acolhemos na festa da comunhão e que nos faz ser casa e escola da comunhão!


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Festa da Unidade

13/11/2015 18:42 - Atualizado em 13/11/2015 18:43

A primeira propriedade da Igreja é ser una. O que nós vemos na Bíblia a respeito da unidade da Igreja é que Jesus revelou o mistério dessa unidade em algumas parábolas, como por exemplo a da videira (João 15,1-17); do Reino (Mateus 12, 25-28); do Bom Pastor (João 10,1-18). Todas elas demonstram que Jesus quer que sua Igreja seja una, assim como Ele e o Pai são um. Jesus também orou pela unidade da Igreja na véspera da sua Paixão, como podemos ler no capítulo 17 do Evangelho de São João. A Igreja de Cristo nasce unida, pois tudo o que os primeiros cristãos faziam era em comum, como lemos em Atos dos Apóstolos 2,42: “Eles mostravam-se assíduos ao ensinamento dos apóstolos, à comunhão fraterna, à fração do pão e às orações”.

A unidade da Igreja, segundo o Catecismo da Igreja Católica no seu número 814, se apresenta com uma grande diversidade. Esta se dá, primeiro, pela riqueza de dons, carismas e ministérios que o Espírito Santo dota a Igreja, a fim de que ela cumpra sua missão. Uma segunda é o número de culturas que assimilam o Evangelho. Cada povo, com suas próprias peculiaridades, vai acolhendo e iluminando seu jeito de ser pelas palavras de Jesus. A única Igreja se espalha pelo mundo todo e, nas diferentes culturas, testemunha a fé em Jesus, nosso Senhor.

Igreja é sujeito e objeto da fé: sujeito enquanto “Povo de Deus”, objeto enquanto “mistério” e “sacramento de salvação”. Sua meta é o Reino de Deus, Reino de justiça e solidariedade, de misericórdia e paz. O anúncio e o advento do Reino colocam a Igreja permanentemente em estado de penitência e missão. A missão da Igreja, que emerge de sua origem e estrutura trinitária, é defender a plenitude da vida de todos e a integridade da vida de cada um. Essa luta pela vida que Deus nos deu inclui os espaços particulares e regionais e, ao mesmo tempo, ultrapassa todas as fronteiras geográficas, étnicas e culturais.

Em preparação para a terceira edição da Festa da Unidade que marca o encerramento do Ano da Esperança, no dia 21 de novembro, na véspera da Solenidade de Cristo Rei, a Arquidiocese do Rio está se mobilizando em todas as suas comunidades, pastorais, movimentos e grupos que, juntamente com os bispos, padres, diáconos, religiosos, consagrados, seminaristas e povo de Deus, quer testemunhar visivelmente a alegria dessa caminhada de unidade.

O tema deste ano está relacionado à esperança, na qual o apóstolo Paulo afirma em Romanos: “A esperança não decepciona” (Rm 5,5), (que é também o tema de minha terceira carta pastoral à arquidiocese) que contemplará as atividades durante o evento. Outro ponto que será destacado são as ações missionárias que acontecem na arquidiocese, com o anúncio de Cristo nas periferias existenciais e humanas, como gesto concreto desse ano da esperança.

Procuremos reunir nossas forças vivas, e, por isso, contamos com a participação expressiva dos fiéis, sacerdotes, diáconos e todo o povo de Deus para que possamos celebrar juntos a comunhão em Cristo.

Jesus estava prestes a partir. Escreve a testemunha que viu e participou: “sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo ao Pai, tendo amado os seus que estavam neste mundo, amou-os até o fim” (Jo. 13,1) E, tendo dado seu corpo em alimento e seu sangue em bebida, no final da oração sacrifical, poucas horas antes de iniciar sua paixão, implorou ao Pai por seus discípulos e “por aqueles que por sua palavra vão crer em mim para que todos sejam um, assim como Vós, o Pai, estais em mim e eu em Vós” (Jo 17, 20-21).

A união entre os discípulos foi uma constante preocupação para Jesus. O Mestre bem sabia o quanto eram propensos para a discórdia e a divisão e como estavam sujeitos a se deixarem levar pelo egoísmo. Afinal, havia escolhido pessoas simples a serem educadas na sabedoria do Reino. Jesus apresenta sua união com o Pai como modelo da união dos discípulos entre si. “Que sejam um como nós somos um!” A unidade com o Pai, da parte do Filho estava fundada na fidelidade.

A programação tem início a partir das 13h30 e vai até 18h, com missa presidida por mim e concelebrada pelos bispos auxiliares e pelos sacerdotes presentes. Haverá testemunhos, momento mariano, louvor, pregação, atrações musicais e adoração ao Santíssimo Sacramento. A celebração surgiu devido ao meu lema episcopal: “Que Todos Sejam Um”. A Festa da Unidade é realizada na véspera da Solenidade de Cristo Rei, por tratar-se do encerramento do ano litúrgico. Após a missa sairemos em procissão para os Arcos da Lapa, onde os músicos católicos irão propor à cidade –,que completa 450 anos –, com o show “Rio em Comunhão”, que não perca as suas origens.

Dessa maneira, quero convidar a toda grande comunidade da Arquidiocese de São Sebastião a estar presente na celebração da Festa da Unidade e do show “Rio em Comunhão”. Assim, desde já te acolhemos na festa da comunhão e que nos faz ser casa e escola da comunhão!


Cardeal Orani João Tempesta
Autor

Cardeal Orani João Tempesta

Arcebispo da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro