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Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, 18/04/2024

18 de Abril de 2024

Nossa Senhora de Nazaré no Rio

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31/07/2015 12:35 - Atualizado em 31/07/2015 12:35

Nossa Senhora de Nazaré no Rio 0

31/07/2015 12:35 - Atualizado em 31/07/2015 12:35

A invocação e imagem de Nossa Senhora da Nazaré tem várias tradições. A mais conhecida é a de Portugal. No norte do Brasil, com a influência lusitana uma tradição nova se implantou há seculos e tem sido um grande momento de evangelização de nosso povo. Com a migração paraense para todo país, essa cultura e devoção foi levada também para vários locais do Brasil, entre os quais o Rio de Janeiro que tem bairro, igrejas, círios que ocorrem há decadas. Embora as imagens em sua iconografia diferem entre si, no entanto, a invocação nos leva ao clima da cidade de Nazaré e, consequentemente, da Sagrada Família. A simplicidade de Nazaré é o pano de fundo da missão que se aprofunda a cada ano com a visita da imagem peregrina. São pequenos sinais da devoção popular que nos ajudam e buscar Aquele que Maria nos aponta para obeder: Jesus Cristo, nosso Senhor.

Durante a Idade Média apareceram centenas de imagens de Virgens Negras por toda a Europa a maioria das quais, tal como a de Nazaré, esculpidas em madeira, de pequenas dimensões e ligadas a uma história miraculosa. Hoje, existem cerca de quatrocentas destas imagens, antigas ou as suas réplicas, em igrejas por toda a Europa, bem como algumas mais recentes no resto do mundo.

No Pará, foi o caboclo Plácido José de Souza quem encontrou, em 1700, às margens do igarapé Murutucú (onde hoje se encontra a Basílica Santuário), uma pequena imagem da Senhora de Nazaré. Após o achado, Plácido teria levado a imagem para a sua choupana e, no outro dia, ela não estaria mais lá. Correu ao local do encontro e lá estava a “Santinha”. O fato teria se repetido várias vezes até a imagem ser enviada ao Palácio do Governo. No local do achado, Plácido construiu uma pequena capela.

Em 1792, o Vaticano autorizou a realização de uma procissão em homenagem à Virgem de Nazaré, em Belém do Pará. Organizado pelo presidente da Província do Pará, capitão-mor Dom Francisco de Souza Coutinho, o primeiro Círio foi realizado no dia 8 de setembro de 1793. No início, não havia data fixa para o Círio, que poderia ocorrer nos meses de setembro, outubro ou novembro. Mas, a partir de 1901, por determinação do bispo Dom Francisco do Rêgo Maia, a procissão passou a ser realizada sempre no segundo domingo de outubro.

Realizado em Belém do Pará há mais de dois séculos, o Círio de Nazaré é uma das maiores e mais belas manifestações católicas do Brasil e do mundo. Reúne, anualmente, cerca de dois milhões de romeiros numa caminhada de fé pelas ruas da capital do Estado, num espetáculo grandioso em homenagem a Nossa Senhora de Nazaré, a mãe de Jesus.

No segundo domingo de outubro, a procissão sai da Catedral de Belém e segue até a Praça Santuário de Nazaré, onde a imagem da Virgem fica exposta para veneração dos fiéis durante 15 dias. O percurso é de 3,6 quilômetros e já chegou a ser percorrido em nove horas e quinze minutos, como ocorreu no ano de 2004, no mais longo Círio de toda a história. Na procissão, a Berlinda que carrega a imagem da Virgem de Nazaré é seguida por romeiros de Belém, do interior do Estado, de várias regiões do país e até do exterior. Em todo o percurso, os fiéis fazem manifestações de fé, enfeitam ruas e casas em homenagem à Santa. Por sua grandiosidade, o Círio de Belém foi registrado, em setembro de 2004, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial.

Para então preparar para esta bonita festa em honra a Nossa Mãe querida, já alguns anos a imagem vem ao Rio de Janeiro em peregrinação. Neste ano teremos a graça de recebê-la dos dias 31 de julho a 2 de agosto. A imagem peregrina da Virgem de Nazaré visitará Igrejas, instituições, centros culturais e a cracolândia, levando esperança também a todos aqueles que vivem nas periferias existenciais. Para homenagear a Padroeira dos paraenses, a nossa Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro elaborou uma intensa programação, que também incluirá uma passagem pela Arquidiocese de Niterói. Em Acari e em Copacabana teremos dois mini círios pelas ruas desses locais. Esta é a sétima edição do Círio de Nazaré na cidade Maravilhosa. Vamos ao encontro da Senhora de Nazaré porque Ela nos aponta para o seguimento de Cristo que é caminho, verdade e vida! Maria missionária vem, com sua imagem, nos incentivar a viver este ano da esperança com a missão de ir anunciando seu Filho Jesus. 

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Nossa Senhora de Nazaré no Rio

31/07/2015 12:35 - Atualizado em 31/07/2015 12:35

A invocação e imagem de Nossa Senhora da Nazaré tem várias tradições. A mais conhecida é a de Portugal. No norte do Brasil, com a influência lusitana uma tradição nova se implantou há seculos e tem sido um grande momento de evangelização de nosso povo. Com a migração paraense para todo país, essa cultura e devoção foi levada também para vários locais do Brasil, entre os quais o Rio de Janeiro que tem bairro, igrejas, círios que ocorrem há decadas. Embora as imagens em sua iconografia diferem entre si, no entanto, a invocação nos leva ao clima da cidade de Nazaré e, consequentemente, da Sagrada Família. A simplicidade de Nazaré é o pano de fundo da missão que se aprofunda a cada ano com a visita da imagem peregrina. São pequenos sinais da devoção popular que nos ajudam e buscar Aquele que Maria nos aponta para obeder: Jesus Cristo, nosso Senhor.

Durante a Idade Média apareceram centenas de imagens de Virgens Negras por toda a Europa a maioria das quais, tal como a de Nazaré, esculpidas em madeira, de pequenas dimensões e ligadas a uma história miraculosa. Hoje, existem cerca de quatrocentas destas imagens, antigas ou as suas réplicas, em igrejas por toda a Europa, bem como algumas mais recentes no resto do mundo.

No Pará, foi o caboclo Plácido José de Souza quem encontrou, em 1700, às margens do igarapé Murutucú (onde hoje se encontra a Basílica Santuário), uma pequena imagem da Senhora de Nazaré. Após o achado, Plácido teria levado a imagem para a sua choupana e, no outro dia, ela não estaria mais lá. Correu ao local do encontro e lá estava a “Santinha”. O fato teria se repetido várias vezes até a imagem ser enviada ao Palácio do Governo. No local do achado, Plácido construiu uma pequena capela.

Em 1792, o Vaticano autorizou a realização de uma procissão em homenagem à Virgem de Nazaré, em Belém do Pará. Organizado pelo presidente da Província do Pará, capitão-mor Dom Francisco de Souza Coutinho, o primeiro Círio foi realizado no dia 8 de setembro de 1793. No início, não havia data fixa para o Círio, que poderia ocorrer nos meses de setembro, outubro ou novembro. Mas, a partir de 1901, por determinação do bispo Dom Francisco do Rêgo Maia, a procissão passou a ser realizada sempre no segundo domingo de outubro.

Realizado em Belém do Pará há mais de dois séculos, o Círio de Nazaré é uma das maiores e mais belas manifestações católicas do Brasil e do mundo. Reúne, anualmente, cerca de dois milhões de romeiros numa caminhada de fé pelas ruas da capital do Estado, num espetáculo grandioso em homenagem a Nossa Senhora de Nazaré, a mãe de Jesus.

No segundo domingo de outubro, a procissão sai da Catedral de Belém e segue até a Praça Santuário de Nazaré, onde a imagem da Virgem fica exposta para veneração dos fiéis durante 15 dias. O percurso é de 3,6 quilômetros e já chegou a ser percorrido em nove horas e quinze minutos, como ocorreu no ano de 2004, no mais longo Círio de toda a história. Na procissão, a Berlinda que carrega a imagem da Virgem de Nazaré é seguida por romeiros de Belém, do interior do Estado, de várias regiões do país e até do exterior. Em todo o percurso, os fiéis fazem manifestações de fé, enfeitam ruas e casas em homenagem à Santa. Por sua grandiosidade, o Círio de Belém foi registrado, em setembro de 2004, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial.

Para então preparar para esta bonita festa em honra a Nossa Mãe querida, já alguns anos a imagem vem ao Rio de Janeiro em peregrinação. Neste ano teremos a graça de recebê-la dos dias 31 de julho a 2 de agosto. A imagem peregrina da Virgem de Nazaré visitará Igrejas, instituições, centros culturais e a cracolândia, levando esperança também a todos aqueles que vivem nas periferias existenciais. Para homenagear a Padroeira dos paraenses, a nossa Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro elaborou uma intensa programação, que também incluirá uma passagem pela Arquidiocese de Niterói. Em Acari e em Copacabana teremos dois mini círios pelas ruas desses locais. Esta é a sétima edição do Círio de Nazaré na cidade Maravilhosa. Vamos ao encontro da Senhora de Nazaré porque Ela nos aponta para o seguimento de Cristo que é caminho, verdade e vida! Maria missionária vem, com sua imagem, nos incentivar a viver este ano da esperança com a missão de ir anunciando seu Filho Jesus. 

Cardeal Orani João Tempesta
Autor

Cardeal Orani João Tempesta

Arcebispo da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro