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Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, 18/04/2024

18 de Abril de 2024

Solenidade de Cristo Rei

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21/11/2014 08:53 - Atualizado em 21/11/2014 08:53

Solenidade de Cristo Rei 0

21/11/2014 08:53 - Atualizado em 21/11/2014 08:53

A celebração da Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, fecha o Ano Litúrgico. Neste período, meditamos, sobretudo, no mistério de sua vida, sua pregação e o anúncio do Reino de Deus. Esta festa celebra Cristo como o Rei bondoso e singelo, que como pastor guia a sua Igreja peregrina para o Reino Celestial e lhe outorga a comunhão com este Reino para que possa transformar o mundo no qual peregrina. Nesse final de semana comemoramos também o Dia Nacional dos Cristãos Leigos e Leigas. Abriremos também a campanha para a evangelização: “Cristo é a nossa Paz!” Em nossa arquidiocese iremos celebrar a segunda Festa da Unidade Arquidiocesana. Por isso estamos esperando as forças vivas da nossa Igreja na Catedral para o Dia da Unidade, entre 13h e 19h, com a celebração da Santa Eucaristia. Na semana que se iniciará também iremos comemorar o Dia Nacional de Ação de Graças. Em todas as nossas atividades deve reinar o Senhor Jesus Cristo!

Cristo Rei anuncia a Verdade e essa Verdade é a luz que ilumina o caminho amoroso que Ele traçou com sua Via Crucis, para o Reino de Deus. “Tu o dizes: eu sou rei. Para isso nasci e para isso vim ao mundo: para dar testemunho da verdade. Quem é da verdade escuta minha voz.” (Jo 18, 37). Jesus nos revela sua missão reconciliadora de anunciar a verdade ante o engano do pecado. Assim como o demônio tentou Eva com enganos e mentiras, agora Deus mesmo se faz homem e devolve à humanidade a possibilidade de retornar ao Reino, quando qual Cordeiro se sacrifica amorosamente na Cruz.

Durante o anúncio do Reino, Jesus nos mostra o que este significa para nós como Salvação, Revelação e Reconciliação ante a mentira mortal do pecado que existe no mundo. Jesus responde a Pilatos quando pergunta se na verdade Ele é o Rei dos judeus: “Meu Reino não é deste mundo. Se meu Reino fosse deste mundo, meus súditos teriam combatido para que não fosse entregue aos judeus. Mas meu Reino não é daqui” (Jo 18,36). Jesus não é o Rei de um mundo de medo, mentira e pecado, Ele é o Rei do Reino de Deus que traz e ao que nos conduz. A possibilidade de alcançar o Reino de Deus foi estabelecida por Jesus Cristo ao nos deixar o Espírito Santo, que nos concede as graças necessárias para obter a santidade e transformar o mundo no amor.

Essa é a missão que Jesus deixou à Igreja ao estabelecer seu Reino. Cristo Rei foi uma das últimas celebrações instituída pelo Papa Pio XI, na época em que o mundo passava pelo pós-guerra de 1917, marcado pelo fascismo na Itália, pelo nazismo na Alemanha, pelo comunismo na Rússia, pelo marxismo-ateu, pela crise econômica, pelos governos ditatoriais que solapavam toda a Europa, pela perseguição religiosa, pelo liberalismo e outros que levavam o mundo e o povo a afastar-se de Deus, da religião e da fé, culminando com a 2ª Guerra Mundial. O Papa Pio XI instituiu essa festa para que todas as coisas culminassem na plenitude em Cristo Senhor, simbolizado no que diz o Apocalipse: “Eu sou o Alfa e o Ômega, Princípio e Fim de todas as coisas.” (Ap1, 8) Ressalta a restauração e a reparação universal realizada em Cristo Jesus, Senhor da vida e da história. Nessa festa, celebra-se também nossa participação no Reino de Deus, sob a condição de aderirmos à verdade trazida por Jesus, pela qual somos caminheiros que se dirigem à Casa do Pai, para participarmos da mesa do Reino e de assumirmos o compromisso do Evangelho.

A celebração, fechando o Ano Litúrgico, traz para nós cristãos a reflexão em torno da vida de Jesus, que significa para nós a salvação, onde impera no mundo o pecado. Assim, Jesus Cristo sendo Rei e Pastor do Reino de Deus que, nos tirando das trevas, nos guia e cuida do nosso caminho para a comunhão plena com Deus Amor.

Eis, pois, caríssimos no Senhor. Celebremos hoje a Realeza de Cristo, dispondo-nos a participar da sua cruz. Na Igreja, no Reino de Deus, reinar é servir. Sirvamos, com Cristo, como Cristo e por amor de Cristo! No Evangelho desta solenidade, o critério para participar do Reinado do Senhor Jesus é tê-Lo servido nos irmãos: no pobre, no despido, no doente, no prisioneiro, no fraco. Que Reino, o de Cristo! Manifesta-se nas coisas pequenas, nas pequenas sementes, nos pequenos gestos, no amor dado e recebido com pureza cada dia. 

Na verdade, segundo os Santos Padres da Igreja, o Reino de Cristo, o Reino que ele entregará ao Pai, somos nós; nós, que fizemos como ele fez, lavando os pés do mundo e servindo ao mundo a única coisa que realmente compensa: o amor de Cristo, a verdade de Cristo, o Evangelho de Cristo, o exemplo de Cristo, a salvação de Cristo, a vida de Cristo para que o mundo participe eternamente do Reino de Cristo! 

Somos chamados a olhar liturgicamente o que a Igreja nos aponta: tudo deve convergir para que Cristo Reine! Que assim ocorra em nossas vidas, em nossas famílias, em nossas comunidades, em nossos relacionamentos, em nosso pais. A melhor coisa que poderá ocorrer para toda a humanidade é quando acolhermos Cristo como Rei em nossas vidas.

Por isso despojemo-nos de todo pensamento mundano sobre reis, reinos e coroas. Fixemos nosso olhar no trono da Cruz, naquele que ali se encontra despido e coroado de espinhos. Aprendamos com admiração, estupor e gratidão que nossa mais gloriosa herança neste mundo é participar do seu reinado, levando a humanidade a descobrir quão diferentes dos nossos são os critérios de Deus. Quando aprendermos isso, quando a humanidade aprender isso, o Reino entrará no mundo e o mundo entrará no Reino, Reino de Cristo, “Reino de verdade e de vida, Reino de santidade e de graça, Reino da justiça, do amor e da paz!”.

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Solenidade de Cristo Rei

21/11/2014 08:53 - Atualizado em 21/11/2014 08:53

A celebração da Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, fecha o Ano Litúrgico. Neste período, meditamos, sobretudo, no mistério de sua vida, sua pregação e o anúncio do Reino de Deus. Esta festa celebra Cristo como o Rei bondoso e singelo, que como pastor guia a sua Igreja peregrina para o Reino Celestial e lhe outorga a comunhão com este Reino para que possa transformar o mundo no qual peregrina. Nesse final de semana comemoramos também o Dia Nacional dos Cristãos Leigos e Leigas. Abriremos também a campanha para a evangelização: “Cristo é a nossa Paz!” Em nossa arquidiocese iremos celebrar a segunda Festa da Unidade Arquidiocesana. Por isso estamos esperando as forças vivas da nossa Igreja na Catedral para o Dia da Unidade, entre 13h e 19h, com a celebração da Santa Eucaristia. Na semana que se iniciará também iremos comemorar o Dia Nacional de Ação de Graças. Em todas as nossas atividades deve reinar o Senhor Jesus Cristo!

Cristo Rei anuncia a Verdade e essa Verdade é a luz que ilumina o caminho amoroso que Ele traçou com sua Via Crucis, para o Reino de Deus. “Tu o dizes: eu sou rei. Para isso nasci e para isso vim ao mundo: para dar testemunho da verdade. Quem é da verdade escuta minha voz.” (Jo 18, 37). Jesus nos revela sua missão reconciliadora de anunciar a verdade ante o engano do pecado. Assim como o demônio tentou Eva com enganos e mentiras, agora Deus mesmo se faz homem e devolve à humanidade a possibilidade de retornar ao Reino, quando qual Cordeiro se sacrifica amorosamente na Cruz.

Durante o anúncio do Reino, Jesus nos mostra o que este significa para nós como Salvação, Revelação e Reconciliação ante a mentira mortal do pecado que existe no mundo. Jesus responde a Pilatos quando pergunta se na verdade Ele é o Rei dos judeus: “Meu Reino não é deste mundo. Se meu Reino fosse deste mundo, meus súditos teriam combatido para que não fosse entregue aos judeus. Mas meu Reino não é daqui” (Jo 18,36). Jesus não é o Rei de um mundo de medo, mentira e pecado, Ele é o Rei do Reino de Deus que traz e ao que nos conduz. A possibilidade de alcançar o Reino de Deus foi estabelecida por Jesus Cristo ao nos deixar o Espírito Santo, que nos concede as graças necessárias para obter a santidade e transformar o mundo no amor.

Essa é a missão que Jesus deixou à Igreja ao estabelecer seu Reino. Cristo Rei foi uma das últimas celebrações instituída pelo Papa Pio XI, na época em que o mundo passava pelo pós-guerra de 1917, marcado pelo fascismo na Itália, pelo nazismo na Alemanha, pelo comunismo na Rússia, pelo marxismo-ateu, pela crise econômica, pelos governos ditatoriais que solapavam toda a Europa, pela perseguição religiosa, pelo liberalismo e outros que levavam o mundo e o povo a afastar-se de Deus, da religião e da fé, culminando com a 2ª Guerra Mundial. O Papa Pio XI instituiu essa festa para que todas as coisas culminassem na plenitude em Cristo Senhor, simbolizado no que diz o Apocalipse: “Eu sou o Alfa e o Ômega, Princípio e Fim de todas as coisas.” (Ap1, 8) Ressalta a restauração e a reparação universal realizada em Cristo Jesus, Senhor da vida e da história. Nessa festa, celebra-se também nossa participação no Reino de Deus, sob a condição de aderirmos à verdade trazida por Jesus, pela qual somos caminheiros que se dirigem à Casa do Pai, para participarmos da mesa do Reino e de assumirmos o compromisso do Evangelho.

A celebração, fechando o Ano Litúrgico, traz para nós cristãos a reflexão em torno da vida de Jesus, que significa para nós a salvação, onde impera no mundo o pecado. Assim, Jesus Cristo sendo Rei e Pastor do Reino de Deus que, nos tirando das trevas, nos guia e cuida do nosso caminho para a comunhão plena com Deus Amor.

Eis, pois, caríssimos no Senhor. Celebremos hoje a Realeza de Cristo, dispondo-nos a participar da sua cruz. Na Igreja, no Reino de Deus, reinar é servir. Sirvamos, com Cristo, como Cristo e por amor de Cristo! No Evangelho desta solenidade, o critério para participar do Reinado do Senhor Jesus é tê-Lo servido nos irmãos: no pobre, no despido, no doente, no prisioneiro, no fraco. Que Reino, o de Cristo! Manifesta-se nas coisas pequenas, nas pequenas sementes, nos pequenos gestos, no amor dado e recebido com pureza cada dia. 

Na verdade, segundo os Santos Padres da Igreja, o Reino de Cristo, o Reino que ele entregará ao Pai, somos nós; nós, que fizemos como ele fez, lavando os pés do mundo e servindo ao mundo a única coisa que realmente compensa: o amor de Cristo, a verdade de Cristo, o Evangelho de Cristo, o exemplo de Cristo, a salvação de Cristo, a vida de Cristo para que o mundo participe eternamente do Reino de Cristo! 

Somos chamados a olhar liturgicamente o que a Igreja nos aponta: tudo deve convergir para que Cristo Reine! Que assim ocorra em nossas vidas, em nossas famílias, em nossas comunidades, em nossos relacionamentos, em nosso pais. A melhor coisa que poderá ocorrer para toda a humanidade é quando acolhermos Cristo como Rei em nossas vidas.

Por isso despojemo-nos de todo pensamento mundano sobre reis, reinos e coroas. Fixemos nosso olhar no trono da Cruz, naquele que ali se encontra despido e coroado de espinhos. Aprendamos com admiração, estupor e gratidão que nossa mais gloriosa herança neste mundo é participar do seu reinado, levando a humanidade a descobrir quão diferentes dos nossos são os critérios de Deus. Quando aprendermos isso, quando a humanidade aprender isso, o Reino entrará no mundo e o mundo entrará no Reino, Reino de Cristo, “Reino de verdade e de vida, Reino de santidade e de graça, Reino da justiça, do amor e da paz!”.