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24 de Abril de 2024

O niilismo e o genocídio dos cristãos

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O niilismo e o genocídio dos cristãos

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29/08/2014 16:29 - Atualizado em 29/08/2014 16:29

O niilismo e o genocídio dos cristãos 0

29/08/2014 16:29 - Atualizado em 29/08/2014 16:29

A sociedade contemporânea é marcada por dois fortes, problemáticos e tristes fenômenos. Esses fenômenos são o triunfo do niilismo e o genocídio dos cristãos. O niilismo é uma expressão cultural, de origem filosófica, que desde o século XIX prega, com agressividade, que não existe nenhum valor ético, religioso ou princípio filosófico. Por causa disso, o niilismo defende a morte de Deus, a dissolução da Igreja, o fim da família, o fim da sociedade tradicional, herdada dos gregos antigos, e o abandono de qualquer ideia ou noção que possa representar algum principio ético e filosófico.

O niilismo deseja criar uma sociedade pós-ocidental, pós-moderna, pós-cristã, pós-Igreja, pós-metafísica, pós-ética e pós-família. Como representantes da cultura niilista é possível citar, por exemplo, pensadores como: Marx, Freud, Nietsche, Heidegger, Foucault e Rorty. Desde o século XIX e principalmente após a década de 1950 o niilismo faz muito sucesso entre a elite cultural, artista, política e econômica do Ocidente. Trata-se de uma elite que, em grande medida, se alto proclama como sendo pós-ocidental, pós-cristã e coisas semelhantes. Por causa disso essa elite fala, entre outras coisas, em democracia, em direitos das minorias, em direitos humanos e em pluralidade cultural.

Como consequência do avanço do niilismo no Ocidente vê-se com frequência políticas e ações sociais que valorizam, por exemplo, o uso das drogas ilícitas, o aborto e a união homossexual, mas, em contramão, poucas ações voltadas para a família e para a vida religiosa.

O grande grupo que é excluído das políticas e ações niilistas são os cristãos. Atualmente os cristãos são o grupo social mais perseguido em todo o planeta Terra. Da Ásia, da África, passando pelo Oriente Médio, pelos países governados por regimes totalitários, como a Coreia do Norte, China e Cuba, passando pelo círculo bolivariano (Venezuela, Equador, Bolívia e etc) até chegar as democracias liberais (EUA, Inglaterra e etc) os cristãos sofrem algum tipo de preconceito e de perseguição. Praticamente todos os dias são publicados notícias que dizem, por exemplo, que um grupo de cristãos fora queimado vivo, que outro grupo de cristãos fora sumariamente fuzilado e outras coisas terríveis. Todos esses atos de barbárie e violência acontecem apenas porque essas pessoas são cristãs.

O auge dessa perseguição contemporânea pós-ocidental e pós-moderna aos cristãos é o genocídio praticado contra os cristãos e contra outras minorias religiosas e étnicas no Oriente Médio. Esse genocídio acontece nos dias atuais e é praticado pelo Estado Islâmico (EI) e por outros grupos radicais e fundamentalistas que, dentro do Oriente Médio, desejam destruir totalmente os cristãos e as demais minorias. Atualmente no Oriente Médio é comum os cristãos serem fuzilados, crucificados, enforcados e degolados.

Dentro de toda essa triste realidade, o surpreendente é que a atual elite Ocidental, uma elite niilista, que se alto proclama de democrática e de pluralista, quase nada diz ou faz para proteger os cristãos massacrados no Oriente Médio e até mesmo os cristãos perseguidos em outras regiões do mundo. É surpreendente que a elite econômica e cultural do Ocidente gaste milhões e milhões de dólares em projetos ambientais e em campanhas a favor do aborto, mas fique quase que totalmente calada, paralisada diante das atrocidades cometidas pelo Estado Islâmico e seus aliados contra os cristãos e outras minorias.

Como adverte Richard Weaver, as ideias têm consequências. Depois da elite ocidental se embriagar, por quase 180 anos, com as ideias niilistas, essa mesma elite fica chocada ao ver uma árvore ser derrubada, mas essa mesma elite não diz quase nada, pouco fala diante da perseguição aos cristãos em vários países do mundo e especialmente do genocídio dos cristãos no Oriente Médio.

É tempo de haver uma reflexão autenticamente crítica diante das ideias niilistas. Junto com essa reflexão, reconhecer que os cristãos são seres humanos portadores de direitos humanos e de dignidade e respeito. Se as árvores precisam ser respeitadas, os cristãos massacrados no oriente Médio também necessitam ser protegidos e preservados. O niilismo criou um homem que paradoxalmente não pensa no próprio homem. Por causa disso, é tempo de criticar o niilismo e, com isso, passar a ver os seres humanos que realmente estão sofrendo e sendo vítimas de todas as formas de violência, de brutalidade, de tortura e de genocídio.

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O niilismo e o genocídio dos cristãos

29/08/2014 16:29 - Atualizado em 29/08/2014 16:29

A sociedade contemporânea é marcada por dois fortes, problemáticos e tristes fenômenos. Esses fenômenos são o triunfo do niilismo e o genocídio dos cristãos. O niilismo é uma expressão cultural, de origem filosófica, que desde o século XIX prega, com agressividade, que não existe nenhum valor ético, religioso ou princípio filosófico. Por causa disso, o niilismo defende a morte de Deus, a dissolução da Igreja, o fim da família, o fim da sociedade tradicional, herdada dos gregos antigos, e o abandono de qualquer ideia ou noção que possa representar algum principio ético e filosófico.

O niilismo deseja criar uma sociedade pós-ocidental, pós-moderna, pós-cristã, pós-Igreja, pós-metafísica, pós-ética e pós-família. Como representantes da cultura niilista é possível citar, por exemplo, pensadores como: Marx, Freud, Nietsche, Heidegger, Foucault e Rorty. Desde o século XIX e principalmente após a década de 1950 o niilismo faz muito sucesso entre a elite cultural, artista, política e econômica do Ocidente. Trata-se de uma elite que, em grande medida, se alto proclama como sendo pós-ocidental, pós-cristã e coisas semelhantes. Por causa disso essa elite fala, entre outras coisas, em democracia, em direitos das minorias, em direitos humanos e em pluralidade cultural.

Como consequência do avanço do niilismo no Ocidente vê-se com frequência políticas e ações sociais que valorizam, por exemplo, o uso das drogas ilícitas, o aborto e a união homossexual, mas, em contramão, poucas ações voltadas para a família e para a vida religiosa.

O grande grupo que é excluído das políticas e ações niilistas são os cristãos. Atualmente os cristãos são o grupo social mais perseguido em todo o planeta Terra. Da Ásia, da África, passando pelo Oriente Médio, pelos países governados por regimes totalitários, como a Coreia do Norte, China e Cuba, passando pelo círculo bolivariano (Venezuela, Equador, Bolívia e etc) até chegar as democracias liberais (EUA, Inglaterra e etc) os cristãos sofrem algum tipo de preconceito e de perseguição. Praticamente todos os dias são publicados notícias que dizem, por exemplo, que um grupo de cristãos fora queimado vivo, que outro grupo de cristãos fora sumariamente fuzilado e outras coisas terríveis. Todos esses atos de barbárie e violência acontecem apenas porque essas pessoas são cristãs.

O auge dessa perseguição contemporânea pós-ocidental e pós-moderna aos cristãos é o genocídio praticado contra os cristãos e contra outras minorias religiosas e étnicas no Oriente Médio. Esse genocídio acontece nos dias atuais e é praticado pelo Estado Islâmico (EI) e por outros grupos radicais e fundamentalistas que, dentro do Oriente Médio, desejam destruir totalmente os cristãos e as demais minorias. Atualmente no Oriente Médio é comum os cristãos serem fuzilados, crucificados, enforcados e degolados.

Dentro de toda essa triste realidade, o surpreendente é que a atual elite Ocidental, uma elite niilista, que se alto proclama de democrática e de pluralista, quase nada diz ou faz para proteger os cristãos massacrados no Oriente Médio e até mesmo os cristãos perseguidos em outras regiões do mundo. É surpreendente que a elite econômica e cultural do Ocidente gaste milhões e milhões de dólares em projetos ambientais e em campanhas a favor do aborto, mas fique quase que totalmente calada, paralisada diante das atrocidades cometidas pelo Estado Islâmico e seus aliados contra os cristãos e outras minorias.

Como adverte Richard Weaver, as ideias têm consequências. Depois da elite ocidental se embriagar, por quase 180 anos, com as ideias niilistas, essa mesma elite fica chocada ao ver uma árvore ser derrubada, mas essa mesma elite não diz quase nada, pouco fala diante da perseguição aos cristãos em vários países do mundo e especialmente do genocídio dos cristãos no Oriente Médio.

É tempo de haver uma reflexão autenticamente crítica diante das ideias niilistas. Junto com essa reflexão, reconhecer que os cristãos são seres humanos portadores de direitos humanos e de dignidade e respeito. Se as árvores precisam ser respeitadas, os cristãos massacrados no oriente Médio também necessitam ser protegidos e preservados. O niilismo criou um homem que paradoxalmente não pensa no próprio homem. Por causa disso, é tempo de criticar o niilismo e, com isso, passar a ver os seres humanos que realmente estão sofrendo e sendo vítimas de todas as formas de violência, de brutalidade, de tortura e de genocídio.