Arquidiocese do Rio de Janeiro

34º 22º

Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, 17/05/2024

17 de Maio de 2024

A glória de Deus há de ser revelada em nós

Enviando...
Por favor, preencha os campos adequadamente.
Ocorreu um erro no envio do e-mail.
E-mail enviado com sucesso.

17 de Maio de 2024

A glória de Deus há de ser revelada em nós

Se você encontrou erro neste texto ou nesta página, por favor preencha os campos abaixo. O link da página será enviado automaticamente a ArqRio.

Enviando...
Por favor, preencha os campos adequadamente.
Ocorreu um erro no envio do erro.
Erro relatado com sucesso, obrigado.

13/07/2014 00:00

A glória de Deus há de ser revelada em nós 0

13/07/2014 00:00

A segunda leitura deste domingo nos fala da esperança da vida eterna. É o que chamamos de uma lectio cursiva, ou seja, não está diretamente relacionada com a primeira leitura e o Evangelho, mas é uma leitura contínua de algum livro sagrado. São Paulo, neste trecho da carta aos Romanos – carta essa que ele chama de “meu evangelho” – anima os cristãos de Roma e os do mundo inteiro ao afirmar que “os sofrimentos do tempo presente nem merecem ser comparados com a glória que deve ser revelada em nós” (Rm 8,18). Em um tempo de perseguição o apóstolo anima os cristãos, mostrando-lhes que a glória dos cristãos não é deste mundo, mas está escondida junto do Pai.

Também nós devemos nos consolar com essas palavras. Com certeza todos padecemos muitos sofrimentos. Alguns deles são mais visíveis, outros estão escondidos no coração. Todavia, todos são difíceis e dolorosos. Mas, devemos confiar no Senhor. Os sofrimentos dessa vida, por maiores que sejam, são infinitamente menores que a glória que o Senhor tem reservada para nós. Existe uma coroa no céu, para aqueles que perseverarem até o fim. Essa perspectiva escatológica é que deve guiar a vida cristã.

A primeira leitura é um trecho do final do chamado Dêutero Isaías. O profeta se utiliza de uma imagem agrária para falar da potência da Palavra de Deus. Em um território seco como aquele que circunda Jerusalém não somente a chuva, mas também a neve, são extremamente necessárias para fecundar a terra e torná-la frutífera. O profeta diz que assim é com a Palavra de Deus. Ela vem, mas não volta para Deus vazia. Ela realiza tudo o que é da vontade de Deus primeiramente, e realiza os efeitos que Ele desejou ao enviá-la.

Essa leitura nos revela que a Palavra de Deus é eficaz, viva e possui em si mesma uma potência de crescimento. Porém, para que ela produza seus efeitos em mim e em você, é necessária uma abertura de coração, porque Deus respeita o livre arbítrio com o qual Ele nos agraciou na criação.

Desta abertura de coração necessária ao crescimento da boa semente da Palavra é que nos fala o Evangelho de hoje. Ouvimos um trecho do capítulo 13 de Mateus, em que o evangelista reúne algumas parábolas de Jesus. O trecho de hoje nos traz a parábola do semeador e a sua posterior explicação, dirigida somente aos discípulos, a quem foi “dado conhecer o mistério do Reino dos Céus”.

A semente, conforme o próprio Cristo no-lo explica, é a sua Palavra. O terreno é o coração humano. Esse terreno pode ser de quatro tipos: beira do caminho, pedregoso, espinhoso, ou bom terreno. Aqui, cada um deve se confrontar com a Palavra e investigar que tipo, ou que tipos de solo encontra em si mesmo. No entanto, independentemente do tipo de solo encontrado em si, o homem não deve se desesperar. Se ele deseja ser um terreno fecundo, basta pedir ao Espírito Santo que cuide do solo do seu coração. O Espírito é como um paciente jardineiro, que sabe preparar o terreno a fim de torná-lo propício a produzir bem a semente ali plantada. Assim, se nós o invocarmos – o Espírito Santo de Deus – Ele há de preparar o nosso coração, tornando-o uma terra boa, livre de pedras e espinhos, para que a boa semente da Palavra de Deus ali caia e dê frutos, a “cem por um”.

Leituras do 15º Domingo do Tempo Comum:

Is 55,10-11

Sl 64 (65)

Rm 8,18-23

Mt 13,1-23

Leia os comentários

Deixe seu comentário

Resposta ao comentário de:

Enviando...
Por favor, preencha os campos adequadamente.
Ocorreu um erro no envio do comentário.
Comentário enviado para aprovação.

A glória de Deus há de ser revelada em nós

13/07/2014 00:00

A segunda leitura deste domingo nos fala da esperança da vida eterna. É o que chamamos de uma lectio cursiva, ou seja, não está diretamente relacionada com a primeira leitura e o Evangelho, mas é uma leitura contínua de algum livro sagrado. São Paulo, neste trecho da carta aos Romanos – carta essa que ele chama de “meu evangelho” – anima os cristãos de Roma e os do mundo inteiro ao afirmar que “os sofrimentos do tempo presente nem merecem ser comparados com a glória que deve ser revelada em nós” (Rm 8,18). Em um tempo de perseguição o apóstolo anima os cristãos, mostrando-lhes que a glória dos cristãos não é deste mundo, mas está escondida junto do Pai.

Também nós devemos nos consolar com essas palavras. Com certeza todos padecemos muitos sofrimentos. Alguns deles são mais visíveis, outros estão escondidos no coração. Todavia, todos são difíceis e dolorosos. Mas, devemos confiar no Senhor. Os sofrimentos dessa vida, por maiores que sejam, são infinitamente menores que a glória que o Senhor tem reservada para nós. Existe uma coroa no céu, para aqueles que perseverarem até o fim. Essa perspectiva escatológica é que deve guiar a vida cristã.

A primeira leitura é um trecho do final do chamado Dêutero Isaías. O profeta se utiliza de uma imagem agrária para falar da potência da Palavra de Deus. Em um território seco como aquele que circunda Jerusalém não somente a chuva, mas também a neve, são extremamente necessárias para fecundar a terra e torná-la frutífera. O profeta diz que assim é com a Palavra de Deus. Ela vem, mas não volta para Deus vazia. Ela realiza tudo o que é da vontade de Deus primeiramente, e realiza os efeitos que Ele desejou ao enviá-la.

Essa leitura nos revela que a Palavra de Deus é eficaz, viva e possui em si mesma uma potência de crescimento. Porém, para que ela produza seus efeitos em mim e em você, é necessária uma abertura de coração, porque Deus respeita o livre arbítrio com o qual Ele nos agraciou na criação.

Desta abertura de coração necessária ao crescimento da boa semente da Palavra é que nos fala o Evangelho de hoje. Ouvimos um trecho do capítulo 13 de Mateus, em que o evangelista reúne algumas parábolas de Jesus. O trecho de hoje nos traz a parábola do semeador e a sua posterior explicação, dirigida somente aos discípulos, a quem foi “dado conhecer o mistério do Reino dos Céus”.

A semente, conforme o próprio Cristo no-lo explica, é a sua Palavra. O terreno é o coração humano. Esse terreno pode ser de quatro tipos: beira do caminho, pedregoso, espinhoso, ou bom terreno. Aqui, cada um deve se confrontar com a Palavra e investigar que tipo, ou que tipos de solo encontra em si mesmo. No entanto, independentemente do tipo de solo encontrado em si, o homem não deve se desesperar. Se ele deseja ser um terreno fecundo, basta pedir ao Espírito Santo que cuide do solo do seu coração. O Espírito é como um paciente jardineiro, que sabe preparar o terreno a fim de torná-lo propício a produzir bem a semente ali plantada. Assim, se nós o invocarmos – o Espírito Santo de Deus – Ele há de preparar o nosso coração, tornando-o uma terra boa, livre de pedras e espinhos, para que a boa semente da Palavra de Deus ali caia e dê frutos, a “cem por um”.

Leituras do 15º Domingo do Tempo Comum:

Is 55,10-11

Sl 64 (65)

Rm 8,18-23

Mt 13,1-23

Padre Fábio Siqueira
Autor

Padre Fábio Siqueira

Vice-diretor das Escolas de Fé e Catequese Mater Ecclesiae e Luz e Vida