Arquidiocese do Rio de Janeiro

33º 25º

Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, 02/02/2025

02 de Fevereiro de 2025

“E vós, quem dizeis que eu sou?”

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02 de Fevereiro de 2025

“E vós, quem dizeis que eu sou?”

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29/06/2014 00:00

“E vós, quem dizeis que eu sou?” 0

29/06/2014 00:00

“E vós, quem dizeis que eu sou?” / Arqrio

Homilia Dominical - Solenidade de São Pedro e São Paulo Apóstolos - 13º Domingo do Tempo Comum

Celebrar o domingo é celebrar o mistério da Páscoa do Senhor, que continua sempre vivo e atuante na vida da Sua Igreja. Hoje também celebramos a Solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo. Celebrar os santos nada mais é do que celebrar o mistério pascal de Cristo em suas vidas; por isso, hoje podemos dizer que celebramos a Páscoa destes dois grandes apóstolos: aquele que foi escolhido como pedra e fundamento da Igreja e o Apóstolo das Gentes.

O Evangelho que hoje a Igreja nos apresenta é este trecho de Mt 16,13-10. Jesus está em Cesareia e aí pergunta aos discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?”. Jesus quer saber o que pensam dele os de fora, os que não pertencem ao grupo dos discípulos. Os discípulos, em conjunto, respondem que, para alguns, Jesus é João Batista que ressuscitou dos mortos; para outros ele é Elias que, segundo a profecia de Malaquias, deveria voltar antes que chegasse o verdadeiro Messias; e ainda um terceiro grupo de pessoas pensa que Jesus é Jeremias ou algum dos profetas que havia retornado. Percebemos, então, que não havia clareza a respeito de quem era Jesus, fora do grupo dos discípulos.

O Senhor dirige, então, sua pergunta para os próprios discípulos: “E vós, quem dizeis que eu sou?”. Agora, não é mais o grupo todo que responde, mas Pedro, sozinho, como chefe dos doze, toma a palavra para confirmar a fé dos seus irmãos: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. A resposta de Pedro é clara e não ambígua como a dos que eram de fora do grupo dos discípulos. Jesus é o Messias, ou seja, aquele prometido pelos profetas e que viria libertar o povo. A partir dessa confissão de fé, Jesus confirma Pedro como fundamento da Igreja: “Tu és Pedro e sobre esta pedra construirei minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que desligares na terra será desligado nos céus”.

Pedro é frágil, cheio de falhas, como os outros apóstolos. Jesus sabe até mesmo que ele irá negá-lo no momento crucial da sua vida, mas mesmo assim o escolhe, porque não é sobre as qualidades humanas nem sobre as aptidões intelectuais de Pedro que ele, o Senhor, está edificando a sua Igreja, mas sobre sua confissão de fé.

Pedro é frágil, um homem apenas, mas a fé que ele professa é clara e firme como uma rocha, por isso Cristo pode sobre ele edificar a sua Igreja. A confissão de fé em Pedro é o alicerce sobre o qual está edificada a Igreja de Cristo. Pedro possui as chaves do reino não para fechá-lo aos homens, mas para abrir os seus tesouros, os tesouros da Palavra e do conhecimento de Cristo, para que todos cheguem à salvação. Esse ministério de Pedro continua hoje, no Santo Padre o Papa. Na sucessão da história, Cristo jamais deixou sua Igreja à deriva no mundo, mas sempre colocou à frente dela hábeis pescadores de almas que continuam com a missão de Pedro. Como Pedro, são frágeis e também possuem suas debilidades e pecados. Mas, também como Pedro, possuem uma fé clara, são sinais sacramentais dessa fé, que é como um farol que nos guia no meio do mar revolto e confuso do mundo.

Assim, devemos agradecer a Deus pelo ministério do Santo Padre porque, para nós que vivemos no meio do mar da história, tantas vezes confuso e cheio de descaminhos, sua presença, sua palavra, sua exortação firme são para nós como a luz de um farol, que aponta o caminho seguro pelo qual devemos seguir.

Que nenhum medo nos paralise, nem mesmo a desculpa das nossas fraquezas e dos nossos pecados. Acreditemos que o anjo do Senhor vem acampar ao nosso redor e que ele, em nome do Senhor, nos liberta de todas as ciladas, como fez com Pedro, como fez com Paulo. Façamos do Senhor o nosso refúgio, porque o salmo proclama ser feliz quem assim procede: “Feliz o homem que tem nele o seu refúgio!”.

 

 

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“E vós, quem dizeis que eu sou?” / Arqrio

“E vós, quem dizeis que eu sou?”

29/06/2014 00:00

Homilia Dominical - Solenidade de São Pedro e São Paulo Apóstolos - 13º Domingo do Tempo Comum

Celebrar o domingo é celebrar o mistério da Páscoa do Senhor, que continua sempre vivo e atuante na vida da Sua Igreja. Hoje também celebramos a Solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo. Celebrar os santos nada mais é do que celebrar o mistério pascal de Cristo em suas vidas; por isso, hoje podemos dizer que celebramos a Páscoa destes dois grandes apóstolos: aquele que foi escolhido como pedra e fundamento da Igreja e o Apóstolo das Gentes.

O Evangelho que hoje a Igreja nos apresenta é este trecho de Mt 16,13-10. Jesus está em Cesareia e aí pergunta aos discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?”. Jesus quer saber o que pensam dele os de fora, os que não pertencem ao grupo dos discípulos. Os discípulos, em conjunto, respondem que, para alguns, Jesus é João Batista que ressuscitou dos mortos; para outros ele é Elias que, segundo a profecia de Malaquias, deveria voltar antes que chegasse o verdadeiro Messias; e ainda um terceiro grupo de pessoas pensa que Jesus é Jeremias ou algum dos profetas que havia retornado. Percebemos, então, que não havia clareza a respeito de quem era Jesus, fora do grupo dos discípulos.

O Senhor dirige, então, sua pergunta para os próprios discípulos: “E vós, quem dizeis que eu sou?”. Agora, não é mais o grupo todo que responde, mas Pedro, sozinho, como chefe dos doze, toma a palavra para confirmar a fé dos seus irmãos: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. A resposta de Pedro é clara e não ambígua como a dos que eram de fora do grupo dos discípulos. Jesus é o Messias, ou seja, aquele prometido pelos profetas e que viria libertar o povo. A partir dessa confissão de fé, Jesus confirma Pedro como fundamento da Igreja: “Tu és Pedro e sobre esta pedra construirei minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que desligares na terra será desligado nos céus”.

Pedro é frágil, cheio de falhas, como os outros apóstolos. Jesus sabe até mesmo que ele irá negá-lo no momento crucial da sua vida, mas mesmo assim o escolhe, porque não é sobre as qualidades humanas nem sobre as aptidões intelectuais de Pedro que ele, o Senhor, está edificando a sua Igreja, mas sobre sua confissão de fé.

Pedro é frágil, um homem apenas, mas a fé que ele professa é clara e firme como uma rocha, por isso Cristo pode sobre ele edificar a sua Igreja. A confissão de fé em Pedro é o alicerce sobre o qual está edificada a Igreja de Cristo. Pedro possui as chaves do reino não para fechá-lo aos homens, mas para abrir os seus tesouros, os tesouros da Palavra e do conhecimento de Cristo, para que todos cheguem à salvação. Esse ministério de Pedro continua hoje, no Santo Padre o Papa. Na sucessão da história, Cristo jamais deixou sua Igreja à deriva no mundo, mas sempre colocou à frente dela hábeis pescadores de almas que continuam com a missão de Pedro. Como Pedro, são frágeis e também possuem suas debilidades e pecados. Mas, também como Pedro, possuem uma fé clara, são sinais sacramentais dessa fé, que é como um farol que nos guia no meio do mar revolto e confuso do mundo.

Assim, devemos agradecer a Deus pelo ministério do Santo Padre porque, para nós que vivemos no meio do mar da história, tantas vezes confuso e cheio de descaminhos, sua presença, sua palavra, sua exortação firme são para nós como a luz de um farol, que aponta o caminho seguro pelo qual devemos seguir.

Que nenhum medo nos paralise, nem mesmo a desculpa das nossas fraquezas e dos nossos pecados. Acreditemos que o anjo do Senhor vem acampar ao nosso redor e que ele, em nome do Senhor, nos liberta de todas as ciladas, como fez com Pedro, como fez com Paulo. Façamos do Senhor o nosso refúgio, porque o salmo proclama ser feliz quem assim procede: “Feliz o homem que tem nele o seu refúgio!”.

 

 

Padre Fábio Siqueira
Autor

Padre Fábio Siqueira

Vice-diretor das Escolas de Fé e Catequese Mater Ecclesiae e Luz e Vida