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Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, 17/05/2024

17 de Maio de 2024

Festa da Sagrada Família – Jesus, Maria e José

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Festa da Sagrada Família – Jesus, Maria e José

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27/12/2013 17:30 - Atualizado em 27/12/2013 17:43

Festa da Sagrada Família – Jesus, Maria e José 0

27/12/2013 17:30 - Atualizado em 27/12/2013 17:43

Festa da Sagrada Família – Jesus, Maria e José  / Arqrio
Festa da SAGRADA FAMÍLIA - JESUS, MARIA E JOSÉ
Dia 29 de dezembro


1ª Leitura - Eclo 3,3-7.14-17a (gr. 3,2-6.12-14)
Salmo -127
2ª Leitura - Cl 3,12-21
Evangelho - Mt 2,13-15.19-23


No mundo em que vivemos, onde a família tem sido atacada por tantos problemas, a Festa da Sagrada Família a imagem que nela contemplamos é para nós um sinal de esperança. Assim como foi na Família de Nazaré, também as nossas famílias devem ser imagem da Santíssima Trindade. O catecismo nos ensina que “A família cristã é uma comunhão de pessoas, vestígio e imagem da comunhão do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (CIC 2205).

Nossas famílias devem ser ícones da Trindade, do amor trinitário. E como é o amor trinitário? É um amor crucificado, no qual a alegria de cada pessoa divina é a alegria da outra. O Pai se realiza gerando o Filho; o Filho se realiza submetendo-se ao Pai; o Espírito, fruto dessa circulação de amor, se realiza derramando-se sobre nós para que do nada passemos à existência pela Palavra criadora do Pai. A vida de Deus, a realização de Deus é doar-se. O mistério da família é imagem do mistério da própria vida de Deus. Somente voltando-nos para Ele podemos saber como agir e proceder em nossas famílias.

A Palavra de Deus é cheia de promessas e garantias de felicidade para aqueles que vivem bem em família. Na segunda leitura, onde depois de tantos conselhos Paulo nos adverte: “Mas, sobretudo, amai-vos uns aos outros, pois o amor é o vínculo da perfeição.” Devemos pedir a Deus hoje que nos ensine a amar, a fim de que as nossas famílias, divididas, dilaceradas, possam ser de novo reunidas, pois o amor é o vínculo da perfeição.

Devemos viver intensamente a nossa vida em família e lutar por ela. Não podemos, todavia, nos esquecer de que Deus nos preparou uma família mais ampla: a Igreja. Também esta família deve ser imagem do amor trinitário, para que tantas famílias que aqui chegam divididas, dilaceradas, em vias de destruição, possam encontrar em nós uma renovada certeza de que o amor é o vínculo da perfeição.

Mais ainda, tenhamos o olhar no céu. Essa imagem que é a Igreja encontrará sua plena realização no céu, porque aqui ainda estamos limitados. Que a nossa vida nesse mundo possa ser sempre o mais possível um reflexo, daquela realidade última e perfeita que nos espera. Não nos esqueçamos de que aqui celebramos com os anjos e com os santos. Essa liturgia que realizamos na Terra é imagem da liturgia que realizaremos no céu. Nós imitamos a liturgia celeste porque ela é a realidade. Imitemos também a vida dos eleitos no céu porque esta já é, de algum modo, a nossa realidade.

O Evangelho, centro de toda a liturgia da Palavra, nos apresenta a Sagrada Família como modelo de toda família. Trata-se de uma cena de fuga. Primeiro José tem de fugir para o Egito, a fim de que o menino não seja morto por Herodes. Mais tarde, quando morre Herodes, novamente a sagrada família tem de habitar em terra estrangeira. Desta vez é Nazaré a cidade escolhida, a fim de que o menino fosse protegido de Arquelau, filho e sucessor de Herodes. Dois aspectos destacamos neste Evangelho. Primeiro, o evangelista Mateus entende que tais vicissitudes são, na verdade, para que se cumpram as profecias do Antigo Testamento. Sendo assim, Mateus faz seus interlocutores notarem que este menino é, na verdade, o Messias anunciado e esperado pelos profetas. Um segundo aspecto que nos chama a atenção é a presença de José. Homem justo, soube doar-se inteiramente a Jesus e a Maria, cumprindo tudo o que o Senhor lhe dizia por meio do seu anjo. Tal como Maria, José também deixou que a Palavra de Deus se cumprisse n’Ele. Que hoje nossa oração seja para que em toda a família os maridos possam se sentir com a mesma missão de José: guardiões de sua esposa e filhos, a fim de que o projeto de Deus se realize em cada família.



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Festa da Sagrada Família – Jesus, Maria e José  / Arqrio

Festa da Sagrada Família – Jesus, Maria e José

27/12/2013 17:30 - Atualizado em 27/12/2013 17:43

Festa da SAGRADA FAMÍLIA - JESUS, MARIA E JOSÉ
Dia 29 de dezembro


1ª Leitura - Eclo 3,3-7.14-17a (gr. 3,2-6.12-14)
Salmo -127
2ª Leitura - Cl 3,12-21
Evangelho - Mt 2,13-15.19-23


No mundo em que vivemos, onde a família tem sido atacada por tantos problemas, a Festa da Sagrada Família a imagem que nela contemplamos é para nós um sinal de esperança. Assim como foi na Família de Nazaré, também as nossas famílias devem ser imagem da Santíssima Trindade. O catecismo nos ensina que “A família cristã é uma comunhão de pessoas, vestígio e imagem da comunhão do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (CIC 2205).

Nossas famílias devem ser ícones da Trindade, do amor trinitário. E como é o amor trinitário? É um amor crucificado, no qual a alegria de cada pessoa divina é a alegria da outra. O Pai se realiza gerando o Filho; o Filho se realiza submetendo-se ao Pai; o Espírito, fruto dessa circulação de amor, se realiza derramando-se sobre nós para que do nada passemos à existência pela Palavra criadora do Pai. A vida de Deus, a realização de Deus é doar-se. O mistério da família é imagem do mistério da própria vida de Deus. Somente voltando-nos para Ele podemos saber como agir e proceder em nossas famílias.

A Palavra de Deus é cheia de promessas e garantias de felicidade para aqueles que vivem bem em família. Na segunda leitura, onde depois de tantos conselhos Paulo nos adverte: “Mas, sobretudo, amai-vos uns aos outros, pois o amor é o vínculo da perfeição.” Devemos pedir a Deus hoje que nos ensine a amar, a fim de que as nossas famílias, divididas, dilaceradas, possam ser de novo reunidas, pois o amor é o vínculo da perfeição.

Devemos viver intensamente a nossa vida em família e lutar por ela. Não podemos, todavia, nos esquecer de que Deus nos preparou uma família mais ampla: a Igreja. Também esta família deve ser imagem do amor trinitário, para que tantas famílias que aqui chegam divididas, dilaceradas, em vias de destruição, possam encontrar em nós uma renovada certeza de que o amor é o vínculo da perfeição.

Mais ainda, tenhamos o olhar no céu. Essa imagem que é a Igreja encontrará sua plena realização no céu, porque aqui ainda estamos limitados. Que a nossa vida nesse mundo possa ser sempre o mais possível um reflexo, daquela realidade última e perfeita que nos espera. Não nos esqueçamos de que aqui celebramos com os anjos e com os santos. Essa liturgia que realizamos na Terra é imagem da liturgia que realizaremos no céu. Nós imitamos a liturgia celeste porque ela é a realidade. Imitemos também a vida dos eleitos no céu porque esta já é, de algum modo, a nossa realidade.

O Evangelho, centro de toda a liturgia da Palavra, nos apresenta a Sagrada Família como modelo de toda família. Trata-se de uma cena de fuga. Primeiro José tem de fugir para o Egito, a fim de que o menino não seja morto por Herodes. Mais tarde, quando morre Herodes, novamente a sagrada família tem de habitar em terra estrangeira. Desta vez é Nazaré a cidade escolhida, a fim de que o menino fosse protegido de Arquelau, filho e sucessor de Herodes. Dois aspectos destacamos neste Evangelho. Primeiro, o evangelista Mateus entende que tais vicissitudes são, na verdade, para que se cumpram as profecias do Antigo Testamento. Sendo assim, Mateus faz seus interlocutores notarem que este menino é, na verdade, o Messias anunciado e esperado pelos profetas. Um segundo aspecto que nos chama a atenção é a presença de José. Homem justo, soube doar-se inteiramente a Jesus e a Maria, cumprindo tudo o que o Senhor lhe dizia por meio do seu anjo. Tal como Maria, José também deixou que a Palavra de Deus se cumprisse n’Ele. Que hoje nossa oração seja para que em toda a família os maridos possam se sentir com a mesma missão de José: guardiões de sua esposa e filhos, a fim de que o projeto de Deus se realize em cada família.



Padre Fábio Siqueira
Autor

Padre Fábio Siqueira

Vice-diretor das Escolas de Fé e Catequese Mater Ecclesiae e Luz e Vida