02 de Fevereiro de 2025
Entrai pela porta estreita
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24/08/2019 00:00 - Atualizado em 26/08/2019 17:53
Entrai pela porta estreita 0
24/08/2019 00:00 - Atualizado em 26/08/2019 17:53
Estamos no último domingo do mês vocacional, o 21º Domingo do tempo comum, recordamos a vocação de todos os que aderem a Jesus Cristo, de todos nós, cristãos. De modo especial, recordamos os catequistas, que têm a missão de introduzir crianças, jovens e adultos nesse itinerário da vida cristã. Neste domingo, também podemos avaliar nosso itinerário de fé e nosso seguimento do Messias Jesus, nosso Senhor. E, agradecidos pela generosidade divina na missão, nos preparamos para a Romaria Arquidiocesana em Aparecida, SP, no próximo sábado, dia 31 de agosto.
A primeira leitura (Cf. Is 66,18-21- A) anuncia a promessa da reunião de todos os povos, de todas as nações, para ver a glória de Deus, a manifestação da salvação divina. Essa glória é revelada na vinda de Jesus, mas será plenamente manifestada no fim dos tempos. Todos são convidados a participar do grande banquete escatológico. Isaías, na primeira leitura, fala de Deus que vem ao encontro da humanidade, oferecendo a todos os povos a salvação, pois é próprio de Deus amar, salvar e resgatar. A salvação também é um dos temas centrais do Evangelho de Lucas. Neste domingo, Jesus continua sua caminhada atravessando cidades e povoados ensinando a todos. Ele diz que o Reino é para todos, mas o caminho é exigente.
A segunda leitura (Cf. Hb 12,5-7.11-13) está em sintonia com a segunda leitura do 19º domingo do Tempo Comum, que apresenta uma releitura da história da salvação, demonstrando a fé e a perseverança de seus personagens principais, entre os quais o casal Abraão e Sara. O exemplo dessas pessoas serve para indicar aspectos importantes da vida cristã. O autor tem como interlocutor uma comunidade desanimada por causa de conflitos, dificuldades e perseguições (cf. 12,1.4). Nesse contexto, surge a pergunta: como entender o sofrimento cristão? O autor responde que a única forma é avaliá-lo à luz do mistério pascal. A segunda leitura nos fala de um Deus como um Pai atento à educação de seus filhos e disposto a nos corrigir, porque quer o melhor para nós. Ele está ao nosso lado, especialmente quando o caminho é difícil. As provações e obstáculo os são consequências de uma vida mal construída onde o pecado lançou raízes.
O Evangelho (Cf. Lc 13,22-30) tem como tema principal dessa passagem o critério para o ingresso no Reino definitivo de Deus. Jesus percorre todos os lugares, ensinando, porém, a sua meta é Jerusalém (cf. v. 22), lugar da manifestação do Reino de Deus. Enquanto ensina, eis que surge a pergunta: “Senhor é verdade que são poucos os que se salvam?” (v. 23). Essa era uma questão, debatida pelos diferentes grupos religiosos, sobre a qual não havia consenso. Alguns mestres pensavam que todo o Israel, como povo eleito, se salvaria. Outros grupos sustentavam que poucos seriam salvos. Jesus diz que o caminho da salvação é uma porta estreita. Essa linguagem simbólica tem a finalidade de levar o povo a refletir. É um apelo à conversão, à decisão imediata de atender às exigências do Reino, pois é essa a condição necessária para participar do banquete escatológico. A salvação é para aqueles que constroem o Reino de Deus por meio da prática da justiça e da vivência dos valores evangélicos.
No Evangelho alguém pergunta a Jesus se são poucos que se salvam. Jesus, porém, não fala em quantidades, mas sim no tipo de caminho que leva à salvação. Diz que a porta da salvação, isto é, do Reino de Deus, é estreita, mas está aberta para todos. Isto significa que não há salvação sem esforço e sacrifício. Não é Deus que estreita a porta, é o clima de pecado presente nas relações humanas que vai exigir escolhas nem sempre fáceis no caminho da salvação. A porta é a imagem do Reino de Deus. Entrando por ela nos sentimos seguros, acolhidos e plenamente realizados. Estar na Igreja, “comer e beber com o dono da casa”, especialmente na Mesa da Eucaristia, é uma grande ajuda para aprender a praticar o caminho que nos leva à porta da salvação. Mas essas credenciais são poucas para entrar no convívio de Deus, se não estiverem acompanhadas do amor, da caridade e do serviço aos irmãos. Entra pela porta quem ajuda os outros a entrar e quem zela pela vida do irmão, como bom filho do Pai de todos. Como estou buscando a salvação? Como evangelizadores, catequistas, missionários e anunciadores da Boa-Nova de Jesus, estou zelando pela vida dos irmãos(ãs), ajudando-os a entrar pela porta estreita?
Orani João, Cardeal Tempesta, O. Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ
A segunda leitura (Cf. Hb 12,5-7.11-13) está em sintonia com a segunda leitura do 19º domingo do Tempo Comum, que apresenta uma releitura da história da salvação, demonstrando a fé e a perseverança de seus personagens principais, entre os quais o casal Abraão e Sara. O exemplo dessas pessoas serve para indicar aspectos importantes da vida cristã. O autor tem como interlocutor uma comunidade desanimada por causa de conflitos, dificuldades e perseguições (cf. 12,1.4). Nesse contexto, surge a pergunta: como entender o sofrimento cristão? O autor responde que a única forma é avaliá-lo à luz do mistério pascal. A segunda leitura nos fala de um Deus como um Pai atento à educação de seus filhos e disposto a nos corrigir, porque quer o melhor para nós. Ele está ao nosso lado, especialmente quando o caminho é difícil. As provações e obstáculo os são consequências de uma vida mal construída onde o pecado lançou raízes.
O Evangelho (Cf. Lc 13,22-30) tem como tema principal dessa passagem o critério para o ingresso no Reino definitivo de Deus. Jesus percorre todos os lugares, ensinando, porém, a sua meta é Jerusalém (cf. v. 22), lugar da manifestação do Reino de Deus. Enquanto ensina, eis que surge a pergunta: “Senhor é verdade que são poucos os que se salvam?” (v. 23). Essa era uma questão, debatida pelos diferentes grupos religiosos, sobre a qual não havia consenso. Alguns mestres pensavam que todo o Israel, como povo eleito, se salvaria. Outros grupos sustentavam que poucos seriam salvos. Jesus diz que o caminho da salvação é uma porta estreita. Essa linguagem simbólica tem a finalidade de levar o povo a refletir. É um apelo à conversão, à decisão imediata de atender às exigências do Reino, pois é essa a condição necessária para participar do banquete escatológico. A salvação é para aqueles que constroem o Reino de Deus por meio da prática da justiça e da vivência dos valores evangélicos.
No Evangelho alguém pergunta a Jesus se são poucos que se salvam. Jesus, porém, não fala em quantidades, mas sim no tipo de caminho que leva à salvação. Diz que a porta da salvação, isto é, do Reino de Deus, é estreita, mas está aberta para todos. Isto significa que não há salvação sem esforço e sacrifício. Não é Deus que estreita a porta, é o clima de pecado presente nas relações humanas que vai exigir escolhas nem sempre fáceis no caminho da salvação. A porta é a imagem do Reino de Deus. Entrando por ela nos sentimos seguros, acolhidos e plenamente realizados. Estar na Igreja, “comer e beber com o dono da casa”, especialmente na Mesa da Eucaristia, é uma grande ajuda para aprender a praticar o caminho que nos leva à porta da salvação. Mas essas credenciais são poucas para entrar no convívio de Deus, se não estiverem acompanhadas do amor, da caridade e do serviço aos irmãos. Entra pela porta quem ajuda os outros a entrar e quem zela pela vida do irmão, como bom filho do Pai de todos. Como estou buscando a salvação? Como evangelizadores, catequistas, missionários e anunciadores da Boa-Nova de Jesus, estou zelando pela vida dos irmãos(ãs), ajudando-os a entrar pela porta estreita?
Orani João, Cardeal Tempesta, O. Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ
Entrai pela porta estreita
24/08/2019 00:00 - Atualizado em 26/08/2019 17:53
Estamos no último domingo do mês vocacional, o 21º Domingo do tempo comum, recordamos a vocação de todos os que aderem a Jesus Cristo, de todos nós, cristãos. De modo especial, recordamos os catequistas, que têm a missão de introduzir crianças, jovens e adultos nesse itinerário da vida cristã. Neste domingo, também podemos avaliar nosso itinerário de fé e nosso seguimento do Messias Jesus, nosso Senhor. E, agradecidos pela generosidade divina na missão, nos preparamos para a Romaria Arquidiocesana em Aparecida, SP, no próximo sábado, dia 31 de agosto.
A primeira leitura (Cf. Is 66,18-21- A) anuncia a promessa da reunião de todos os povos, de todas as nações, para ver a glória de Deus, a manifestação da salvação divina. Essa glória é revelada na vinda de Jesus, mas será plenamente manifestada no fim dos tempos. Todos são convidados a participar do grande banquete escatológico. Isaías, na primeira leitura, fala de Deus que vem ao encontro da humanidade, oferecendo a todos os povos a salvação, pois é próprio de Deus amar, salvar e resgatar. A salvação também é um dos temas centrais do Evangelho de Lucas. Neste domingo, Jesus continua sua caminhada atravessando cidades e povoados ensinando a todos. Ele diz que o Reino é para todos, mas o caminho é exigente.
A segunda leitura (Cf. Hb 12,5-7.11-13) está em sintonia com a segunda leitura do 19º domingo do Tempo Comum, que apresenta uma releitura da história da salvação, demonstrando a fé e a perseverança de seus personagens principais, entre os quais o casal Abraão e Sara. O exemplo dessas pessoas serve para indicar aspectos importantes da vida cristã. O autor tem como interlocutor uma comunidade desanimada por causa de conflitos, dificuldades e perseguições (cf. 12,1.4). Nesse contexto, surge a pergunta: como entender o sofrimento cristão? O autor responde que a única forma é avaliá-lo à luz do mistério pascal. A segunda leitura nos fala de um Deus como um Pai atento à educação de seus filhos e disposto a nos corrigir, porque quer o melhor para nós. Ele está ao nosso lado, especialmente quando o caminho é difícil. As provações e obstáculo os são consequências de uma vida mal construída onde o pecado lançou raízes.
O Evangelho (Cf. Lc 13,22-30) tem como tema principal dessa passagem o critério para o ingresso no Reino definitivo de Deus. Jesus percorre todos os lugares, ensinando, porém, a sua meta é Jerusalém (cf. v. 22), lugar da manifestação do Reino de Deus. Enquanto ensina, eis que surge a pergunta: “Senhor é verdade que são poucos os que se salvam?” (v. 23). Essa era uma questão, debatida pelos diferentes grupos religiosos, sobre a qual não havia consenso. Alguns mestres pensavam que todo o Israel, como povo eleito, se salvaria. Outros grupos sustentavam que poucos seriam salvos. Jesus diz que o caminho da salvação é uma porta estreita. Essa linguagem simbólica tem a finalidade de levar o povo a refletir. É um apelo à conversão, à decisão imediata de atender às exigências do Reino, pois é essa a condição necessária para participar do banquete escatológico. A salvação é para aqueles que constroem o Reino de Deus por meio da prática da justiça e da vivência dos valores evangélicos.
No Evangelho alguém pergunta a Jesus se são poucos que se salvam. Jesus, porém, não fala em quantidades, mas sim no tipo de caminho que leva à salvação. Diz que a porta da salvação, isto é, do Reino de Deus, é estreita, mas está aberta para todos. Isto significa que não há salvação sem esforço e sacrifício. Não é Deus que estreita a porta, é o clima de pecado presente nas relações humanas que vai exigir escolhas nem sempre fáceis no caminho da salvação. A porta é a imagem do Reino de Deus. Entrando por ela nos sentimos seguros, acolhidos e plenamente realizados. Estar na Igreja, “comer e beber com o dono da casa”, especialmente na Mesa da Eucaristia, é uma grande ajuda para aprender a praticar o caminho que nos leva à porta da salvação. Mas essas credenciais são poucas para entrar no convívio de Deus, se não estiverem acompanhadas do amor, da caridade e do serviço aos irmãos. Entra pela porta quem ajuda os outros a entrar e quem zela pela vida do irmão, como bom filho do Pai de todos. Como estou buscando a salvação? Como evangelizadores, catequistas, missionários e anunciadores da Boa-Nova de Jesus, estou zelando pela vida dos irmãos(ãs), ajudando-os a entrar pela porta estreita?
Orani João, Cardeal Tempesta, O. Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ
A segunda leitura (Cf. Hb 12,5-7.11-13) está em sintonia com a segunda leitura do 19º domingo do Tempo Comum, que apresenta uma releitura da história da salvação, demonstrando a fé e a perseverança de seus personagens principais, entre os quais o casal Abraão e Sara. O exemplo dessas pessoas serve para indicar aspectos importantes da vida cristã. O autor tem como interlocutor uma comunidade desanimada por causa de conflitos, dificuldades e perseguições (cf. 12,1.4). Nesse contexto, surge a pergunta: como entender o sofrimento cristão? O autor responde que a única forma é avaliá-lo à luz do mistério pascal. A segunda leitura nos fala de um Deus como um Pai atento à educação de seus filhos e disposto a nos corrigir, porque quer o melhor para nós. Ele está ao nosso lado, especialmente quando o caminho é difícil. As provações e obstáculo os são consequências de uma vida mal construída onde o pecado lançou raízes.
O Evangelho (Cf. Lc 13,22-30) tem como tema principal dessa passagem o critério para o ingresso no Reino definitivo de Deus. Jesus percorre todos os lugares, ensinando, porém, a sua meta é Jerusalém (cf. v. 22), lugar da manifestação do Reino de Deus. Enquanto ensina, eis que surge a pergunta: “Senhor é verdade que são poucos os que se salvam?” (v. 23). Essa era uma questão, debatida pelos diferentes grupos religiosos, sobre a qual não havia consenso. Alguns mestres pensavam que todo o Israel, como povo eleito, se salvaria. Outros grupos sustentavam que poucos seriam salvos. Jesus diz que o caminho da salvação é uma porta estreita. Essa linguagem simbólica tem a finalidade de levar o povo a refletir. É um apelo à conversão, à decisão imediata de atender às exigências do Reino, pois é essa a condição necessária para participar do banquete escatológico. A salvação é para aqueles que constroem o Reino de Deus por meio da prática da justiça e da vivência dos valores evangélicos.
No Evangelho alguém pergunta a Jesus se são poucos que se salvam. Jesus, porém, não fala em quantidades, mas sim no tipo de caminho que leva à salvação. Diz que a porta da salvação, isto é, do Reino de Deus, é estreita, mas está aberta para todos. Isto significa que não há salvação sem esforço e sacrifício. Não é Deus que estreita a porta, é o clima de pecado presente nas relações humanas que vai exigir escolhas nem sempre fáceis no caminho da salvação. A porta é a imagem do Reino de Deus. Entrando por ela nos sentimos seguros, acolhidos e plenamente realizados. Estar na Igreja, “comer e beber com o dono da casa”, especialmente na Mesa da Eucaristia, é uma grande ajuda para aprender a praticar o caminho que nos leva à porta da salvação. Mas essas credenciais são poucas para entrar no convívio de Deus, se não estiverem acompanhadas do amor, da caridade e do serviço aos irmãos. Entra pela porta quem ajuda os outros a entrar e quem zela pela vida do irmão, como bom filho do Pai de todos. Como estou buscando a salvação? Como evangelizadores, catequistas, missionários e anunciadores da Boa-Nova de Jesus, estou zelando pela vida dos irmãos(ãs), ajudando-os a entrar pela porta estreita?
Orani João, Cardeal Tempesta, O. Cist.
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