Arquidiocese do Rio de Janeiro

29º 22º

Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, 09/05/2024

09 de Maio de 2024

Maria, Mãe da Igreja

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Maria, Mãe da Igreja

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02/08/2019 00:00 - Atualizado em 06/08/2019 12:15

Maria, Mãe da Igreja 0

02/08/2019 00:00 - Atualizado em 06/08/2019 12:15

A Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro tem a alegria de receber, uma vez mais, a imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré, trazida diretamente do Santuário Arquidiocesano e Basílica Menor de Nossa Senhora de Nazaré, em Belém, PA. Neste, o Círio no Rio tem como tema: “Maria, Mãe da Igreja”, que é mesmo que está sendo aprofundado em Belém. Esta será a 11ª. Edição do Círio de Nazaré em terras cariocas. Este ano ele inicia com o Dia do perdão de Assis (Porciúncula). Aqui já existiam antes as várias comemorações do Círio em Copacabana e Tijuca, além das Paróquias de dedicadas a Nossa Senhora de Nazaré em Acari e Anchieta, além das capelas e comunidades que levam o nome mariano. A vinda da imagem peregrina neste 11º ano vem confirmar a devoção dos paraenses aqui radicados ou os devotos da Virgem de Nazaré em pedir à Maria que reze por nós junto ao seu Filho Jesus. Damos graças a Deus pela graça de celebrar em nossa Arquidiocese o Círio de Nazaré. Na extensa programação da visita da Imagem Peregrina os cariocas e todos os amados devotos, particularmente os paraenses residentes na cidade do Rio de Janeiro, podem celebrar, viver e rezar o seu Círio de Nazaré no Rio de Janeiro.

Um pouco de história aqui no Estado do Rio de Janeiro da devoção da Virgem de Nazaré. No dia 8 de setembro do ano de 1630, após uma grande tempestade, um pescador saiu para ver suas redes no mar de Saquarema. Ao passar diante de um morro, onde hoje está erguida a Igreja Matriz dedicada à Nossa Senhora de Nazaré, viu uma forte luz e foi verificar o que era. No local do brilho, ele encontrou a imagem de Nossa Senhora de Nazaré. Levou a imagem para sua casa na vila dos pescadores, reuniu todos os pescadores, fizeram orações e foram dormir. No dia seguinte, a imagem reapareceu no local onde havia sido encontrada. Isso aconteceu por duas vezes. Todos entenderam que era para construir uma capela naquele local. Muitos milagres aconteceram a partir de então e a capela ficou pequena, sendo necessário construir uma igreja bem maior. Sua festa é celebrada no dia 8 de setembro. A devoção mais antiga em nossa região situa-se, portanto, em Saquarema, Arquidiocese de Niterói. Depois vieram as migrações dos paraenses que, ao fixarem moradia na cidade do Rio de Janeiro trouxeram suas devoções para esta cidade.

Porém a repercussão maior continua sendo a de Belém do Pará.: Círio é uma palavra que significa vela grande. A devoção à Senhora de Nazaré foi levada para Belém do Pará pelos padres Jesuítas há mais de 200 anos e se tornou a maior festa católica do mundo dedicada à Mãe de Jesus. A festa é celebrada desde 1793, e hoje, mais de 12 milhões de pessoas participam das 12 procissões todos os anos. A grande manifestação é celebrada no segundo domingo de outubro. Uma grande procissão com todos sai no sábado para a Catedral e retorna no domingo para a Praça diante da Basílica de Nossa Senhora de Nazaré. Esse percurso têm aproximadamente 5 quilômetros. Existe, também, a procissão de carros, motos e a grande procissão de barcos.

Na Exortação Apostólica Marialis Cultus, do Papa São Paulo VI para a reta ordenação e desenvolvimento do culto à Bem-Aventurada Virgem Maria ensina que: “Maria é a Virgem que sabe ouvir, que acolhe a palavra de Deus com fé; fé, que foi para ela prelúdio e caminho para a maternidade divina, pois, como intuiu Santo Agostinho, "a bem-aventurada Maria, acreditando, deu à luz Aquele (Jesus) que, acreditando, concebera" (Sermão 215, 4; PL 38,1074); na verdade, recebida do Anjo a resposta à sua dúvida (cf. Lc 1,34-37), "Ela, cheia de fé e concebendo Cristo na sua mente, antes de o conceber no seu seio, disse: "Eis a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra" (Lc 1,38 - ibid.); fé, ainda, que foi para Ela motivo de beatitude e de segurança no cumprimento da promessa: "Feliz aquela que creu, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido" (Lc 1,45); fé, enfim, com a qual ela, protagonista e testemunha singular da Encarnação, reconsiderava os acontecimentos da infância de Cristo, confrontando-os entre si, no íntimo do seu coração (cf. Lc 2,19.51). É isto que também a Igreja faz; na sagrada Liturgia, sobretudo, ela escuta com fé, acolhe, proclama e venera a Palavra de Deus, distribui-a aos fiéis como pão de vida (DV 21), à luz da mesma, perscruta os sinais dos tempos, interpreta e vive os acontecimentos da história. Maria é, além disso, a Virgem dada à oração. Assim nos aparece ela, de fato, na visita à mãe do Precursor, quando o seu espírito se efunde em expressões de glorificação a Deus, de humildade, de fé e de esperança: tal é o "Magnificat" (cf. Lc 1,46-55), a oração por excelência de Maria, o cântico dos tempos messiânicos no qual confluem a exultação do antigo e do novo Israel, pois, conforme parece querer sugerir Santo Irineu, no cântico de Maria convergiu o júbilo de Abraão, que pressentia o Messias (cf: Jo 8,56) (36) e ressoou, profeticamente antecipada, a voz da Igreja: "exultante, Maria clamava, em lugar da Igreja, profetizando: a minha alma glorifica o Senhor...".(37) Este cântico da Virgem Santíssima, na verdade, prolongando-se, tornou-se oração da Igreja inteira, em todos os tempos”
(http://w2.vatican.va/content/paul-i/pt/apost_exhortations/documents/hf_p-vi_exh_19740202_marialis-cultus.html, ultimo acesso em 30 de julho de 2019).

São João Paulo II, em sua primeira Visita Apostólica ao Brasil, diante da imagem da Virgem de Nazaré ensinou: “1. Este momento de alegria e comunhão, nos encontra reunidos em Belém, “casa do Pão”, para receber o pão da Palavra de Deus e, dentro de momentos, o Pão eucarístico, Corpo do Senhor. Nosso encontro se realiza na Basílica de Nossa Senhora de Nazaré. Belém e Nazaré nos falam antes de tudo de Jesus, o Salvador, na sua vida oculta, criança e depois jovem, no cumprimento de sua missão: “Eis que venho, ó Deus, para fazer em tudo a Tua vontade” (Hb 10, 7). Belém e Nazaré nos falam também da Mãe de Jesus, sempre próxima ao Filho eterno de Deus, Seu filho segundo a carne, fiel ela também no cumprimento de um papel de primeira importância no plano da Salvação divina: “Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1, 38). Nossa Senhora avançou no caminho da fé, sempre em união com o seu Filho. Acompanha-O passo a passo, associando-se a Ele, alegrando-se e sofrendo com Ele, amando sempre aqueles que Ele amava. Depois, Cristo subiu de novo para junto do Pai. E nos dias que precederam o Pentecostes, o grupo dos discípulos, Igreja nascente, cheios de alegria e de fé, pelo triunfo de Cristo ressuscitado e ansiosos pelo Espírito Santo prometido, querem sentir-se muito unidos. Vamos encontrá-los em oração “com Maria, Mãe de Jesus” (At 1, 14). Era a oração de uma família: daqueles que o Senhor havia chamado para a sua intimidade, com a Mãe, a qual, “com a sua caridade cooperou para que nascessem na Igreja os fiéis, membros daquela Cabeça, da qual Ela é efetivamente Mãe segundo o Corpo”, como diria Santo Agostinho (S. Agostinho, De Virginitate, 6: PL40,399).”(http://w2.vatican.va/content/john-paul ii/pt/homilies/1980/documents/hf_jp-ii_hom_19800708_belem-brazil.html, último acesso em 30 de julho de 2019)

Abundantes graças Nossa Senhora de Nazaré está trazendo para a nossa Arquidiocese com a sua visita. Vamos viver esse momento de renovação, de santificação e de promoção para todas as vocações que vivemos no mês de agosto. Como estamos professando que “Maria é Mãe da Igreja” a Virgem de Nazaré irá abençoar o povo e, particularmente, nosso amado presbitério, reunido na manhã do dia 03 de agosto, na Sé Catedral de São Sebastião para louvarmos e bendizermos o sacerdócio de Cristo Bom Pastor na alegria de servir o Evangelho de todos os nossos presbíteros. Nossa Senhora de Nazaré como Mãe da Igreja e nossa Mãe irá abençoar as famílias, as comunidades, as Paróquias por onde vai peregrinar e toda a nossa Arquidiocese. Pedimos a sua intercessão como em Caná, Ó Virgem Bendita de Nazaré, que abençoe a Igreja de Cristo e a todos nós que queremos seguir Jesus professando a nossa fé católica e apostólica.

Rezemos com Nossa Senhora de Nazaré pedindo a proteção para todas as vocações que celebramos na Igreja no Brasil no mês vocacional de Agosto que estamos iniciando: os padres, os pais, as famílias, os religiosos, os consagrados, os leigos, os catequistas na busca da vocação comum: a vocação à santidade. Que Nossa Senhora de Nazaré nos ajude a crescer na unidade e na santidade pedida por Jesus para que todos sejamos um.
Vamos, com muita fé e devoção, agradecidos por Deus nos ter dado a Virgem de Nazaré como Mãe da Igreja e nossa Mãe, a sua oração: “Ó VIRGEM MÃE AMOROSA, SENHORA DE NAZARÉ, MULHER HUMILDE E SERVA DO SENHOR, QUE FOI ESCOLHIDA, ENTRE TODAS AS MULHERES, PARA SER A MÃE DO SALVADOR, ENSINAI-NOS A CUMPRIR A VONTADE DE DEUS, COMO FIZESTES. SEDE PRESENÇA EM NOSSAS VIDAS, POIS SABEMOS QUE POR TODOS OS CAMINHOS, DERRAMAIS GRAÇA E BELEZA, TRANSFORMANDO AS DUREZAS, EM SUAVIDADE DE FLORES. COMO O ARCANJO SÃO GABRIEL, QUEREMOS SAUDAR-VOS, "AVE, MARIA, CHEIA DE GRAÇA" NOSSA SENHORA DE NAZARÉ, DAI-NOS A BÊNÇÃO! AMÉM.

Que a visita Nossa Senhora de Nazaré ao Rio de Janeiro nos ajude a amar mais e servir à Deus e a trabalhar na Igreja pela santificação de todos que precisam da graça de Deus. Nossa Senhora de Nazaré, rogai por nós que recorremos a Vós!

Orani João, Cardeal Tempesta, O. Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ
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Maria, Mãe da Igreja

02/08/2019 00:00 - Atualizado em 06/08/2019 12:15

A Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro tem a alegria de receber, uma vez mais, a imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré, trazida diretamente do Santuário Arquidiocesano e Basílica Menor de Nossa Senhora de Nazaré, em Belém, PA. Neste, o Círio no Rio tem como tema: “Maria, Mãe da Igreja”, que é mesmo que está sendo aprofundado em Belém. Esta será a 11ª. Edição do Círio de Nazaré em terras cariocas. Este ano ele inicia com o Dia do perdão de Assis (Porciúncula). Aqui já existiam antes as várias comemorações do Círio em Copacabana e Tijuca, além das Paróquias de dedicadas a Nossa Senhora de Nazaré em Acari e Anchieta, além das capelas e comunidades que levam o nome mariano. A vinda da imagem peregrina neste 11º ano vem confirmar a devoção dos paraenses aqui radicados ou os devotos da Virgem de Nazaré em pedir à Maria que reze por nós junto ao seu Filho Jesus. Damos graças a Deus pela graça de celebrar em nossa Arquidiocese o Círio de Nazaré. Na extensa programação da visita da Imagem Peregrina os cariocas e todos os amados devotos, particularmente os paraenses residentes na cidade do Rio de Janeiro, podem celebrar, viver e rezar o seu Círio de Nazaré no Rio de Janeiro.

Um pouco de história aqui no Estado do Rio de Janeiro da devoção da Virgem de Nazaré. No dia 8 de setembro do ano de 1630, após uma grande tempestade, um pescador saiu para ver suas redes no mar de Saquarema. Ao passar diante de um morro, onde hoje está erguida a Igreja Matriz dedicada à Nossa Senhora de Nazaré, viu uma forte luz e foi verificar o que era. No local do brilho, ele encontrou a imagem de Nossa Senhora de Nazaré. Levou a imagem para sua casa na vila dos pescadores, reuniu todos os pescadores, fizeram orações e foram dormir. No dia seguinte, a imagem reapareceu no local onde havia sido encontrada. Isso aconteceu por duas vezes. Todos entenderam que era para construir uma capela naquele local. Muitos milagres aconteceram a partir de então e a capela ficou pequena, sendo necessário construir uma igreja bem maior. Sua festa é celebrada no dia 8 de setembro. A devoção mais antiga em nossa região situa-se, portanto, em Saquarema, Arquidiocese de Niterói. Depois vieram as migrações dos paraenses que, ao fixarem moradia na cidade do Rio de Janeiro trouxeram suas devoções para esta cidade.

Porém a repercussão maior continua sendo a de Belém do Pará.: Círio é uma palavra que significa vela grande. A devoção à Senhora de Nazaré foi levada para Belém do Pará pelos padres Jesuítas há mais de 200 anos e se tornou a maior festa católica do mundo dedicada à Mãe de Jesus. A festa é celebrada desde 1793, e hoje, mais de 12 milhões de pessoas participam das 12 procissões todos os anos. A grande manifestação é celebrada no segundo domingo de outubro. Uma grande procissão com todos sai no sábado para a Catedral e retorna no domingo para a Praça diante da Basílica de Nossa Senhora de Nazaré. Esse percurso têm aproximadamente 5 quilômetros. Existe, também, a procissão de carros, motos e a grande procissão de barcos.

Na Exortação Apostólica Marialis Cultus, do Papa São Paulo VI para a reta ordenação e desenvolvimento do culto à Bem-Aventurada Virgem Maria ensina que: “Maria é a Virgem que sabe ouvir, que acolhe a palavra de Deus com fé; fé, que foi para ela prelúdio e caminho para a maternidade divina, pois, como intuiu Santo Agostinho, "a bem-aventurada Maria, acreditando, deu à luz Aquele (Jesus) que, acreditando, concebera" (Sermão 215, 4; PL 38,1074); na verdade, recebida do Anjo a resposta à sua dúvida (cf. Lc 1,34-37), "Ela, cheia de fé e concebendo Cristo na sua mente, antes de o conceber no seu seio, disse: "Eis a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra" (Lc 1,38 - ibid.); fé, ainda, que foi para Ela motivo de beatitude e de segurança no cumprimento da promessa: "Feliz aquela que creu, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido" (Lc 1,45); fé, enfim, com a qual ela, protagonista e testemunha singular da Encarnação, reconsiderava os acontecimentos da infância de Cristo, confrontando-os entre si, no íntimo do seu coração (cf. Lc 2,19.51). É isto que também a Igreja faz; na sagrada Liturgia, sobretudo, ela escuta com fé, acolhe, proclama e venera a Palavra de Deus, distribui-a aos fiéis como pão de vida (DV 21), à luz da mesma, perscruta os sinais dos tempos, interpreta e vive os acontecimentos da história. Maria é, além disso, a Virgem dada à oração. Assim nos aparece ela, de fato, na visita à mãe do Precursor, quando o seu espírito se efunde em expressões de glorificação a Deus, de humildade, de fé e de esperança: tal é o "Magnificat" (cf. Lc 1,46-55), a oração por excelência de Maria, o cântico dos tempos messiânicos no qual confluem a exultação do antigo e do novo Israel, pois, conforme parece querer sugerir Santo Irineu, no cântico de Maria convergiu o júbilo de Abraão, que pressentia o Messias (cf: Jo 8,56) (36) e ressoou, profeticamente antecipada, a voz da Igreja: "exultante, Maria clamava, em lugar da Igreja, profetizando: a minha alma glorifica o Senhor...".(37) Este cântico da Virgem Santíssima, na verdade, prolongando-se, tornou-se oração da Igreja inteira, em todos os tempos”
(http://w2.vatican.va/content/paul-i/pt/apost_exhortations/documents/hf_p-vi_exh_19740202_marialis-cultus.html, ultimo acesso em 30 de julho de 2019).

São João Paulo II, em sua primeira Visita Apostólica ao Brasil, diante da imagem da Virgem de Nazaré ensinou: “1. Este momento de alegria e comunhão, nos encontra reunidos em Belém, “casa do Pão”, para receber o pão da Palavra de Deus e, dentro de momentos, o Pão eucarístico, Corpo do Senhor. Nosso encontro se realiza na Basílica de Nossa Senhora de Nazaré. Belém e Nazaré nos falam antes de tudo de Jesus, o Salvador, na sua vida oculta, criança e depois jovem, no cumprimento de sua missão: “Eis que venho, ó Deus, para fazer em tudo a Tua vontade” (Hb 10, 7). Belém e Nazaré nos falam também da Mãe de Jesus, sempre próxima ao Filho eterno de Deus, Seu filho segundo a carne, fiel ela também no cumprimento de um papel de primeira importância no plano da Salvação divina: “Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1, 38). Nossa Senhora avançou no caminho da fé, sempre em união com o seu Filho. Acompanha-O passo a passo, associando-se a Ele, alegrando-se e sofrendo com Ele, amando sempre aqueles que Ele amava. Depois, Cristo subiu de novo para junto do Pai. E nos dias que precederam o Pentecostes, o grupo dos discípulos, Igreja nascente, cheios de alegria e de fé, pelo triunfo de Cristo ressuscitado e ansiosos pelo Espírito Santo prometido, querem sentir-se muito unidos. Vamos encontrá-los em oração “com Maria, Mãe de Jesus” (At 1, 14). Era a oração de uma família: daqueles que o Senhor havia chamado para a sua intimidade, com a Mãe, a qual, “com a sua caridade cooperou para que nascessem na Igreja os fiéis, membros daquela Cabeça, da qual Ela é efetivamente Mãe segundo o Corpo”, como diria Santo Agostinho (S. Agostinho, De Virginitate, 6: PL40,399).”(http://w2.vatican.va/content/john-paul ii/pt/homilies/1980/documents/hf_jp-ii_hom_19800708_belem-brazil.html, último acesso em 30 de julho de 2019)

Abundantes graças Nossa Senhora de Nazaré está trazendo para a nossa Arquidiocese com a sua visita. Vamos viver esse momento de renovação, de santificação e de promoção para todas as vocações que vivemos no mês de agosto. Como estamos professando que “Maria é Mãe da Igreja” a Virgem de Nazaré irá abençoar o povo e, particularmente, nosso amado presbitério, reunido na manhã do dia 03 de agosto, na Sé Catedral de São Sebastião para louvarmos e bendizermos o sacerdócio de Cristo Bom Pastor na alegria de servir o Evangelho de todos os nossos presbíteros. Nossa Senhora de Nazaré como Mãe da Igreja e nossa Mãe irá abençoar as famílias, as comunidades, as Paróquias por onde vai peregrinar e toda a nossa Arquidiocese. Pedimos a sua intercessão como em Caná, Ó Virgem Bendita de Nazaré, que abençoe a Igreja de Cristo e a todos nós que queremos seguir Jesus professando a nossa fé católica e apostólica.

Rezemos com Nossa Senhora de Nazaré pedindo a proteção para todas as vocações que celebramos na Igreja no Brasil no mês vocacional de Agosto que estamos iniciando: os padres, os pais, as famílias, os religiosos, os consagrados, os leigos, os catequistas na busca da vocação comum: a vocação à santidade. Que Nossa Senhora de Nazaré nos ajude a crescer na unidade e na santidade pedida por Jesus para que todos sejamos um.
Vamos, com muita fé e devoção, agradecidos por Deus nos ter dado a Virgem de Nazaré como Mãe da Igreja e nossa Mãe, a sua oração: “Ó VIRGEM MÃE AMOROSA, SENHORA DE NAZARÉ, MULHER HUMILDE E SERVA DO SENHOR, QUE FOI ESCOLHIDA, ENTRE TODAS AS MULHERES, PARA SER A MÃE DO SALVADOR, ENSINAI-NOS A CUMPRIR A VONTADE DE DEUS, COMO FIZESTES. SEDE PRESENÇA EM NOSSAS VIDAS, POIS SABEMOS QUE POR TODOS OS CAMINHOS, DERRAMAIS GRAÇA E BELEZA, TRANSFORMANDO AS DUREZAS, EM SUAVIDADE DE FLORES. COMO O ARCANJO SÃO GABRIEL, QUEREMOS SAUDAR-VOS, "AVE, MARIA, CHEIA DE GRAÇA" NOSSA SENHORA DE NAZARÉ, DAI-NOS A BÊNÇÃO! AMÉM.

Que a visita Nossa Senhora de Nazaré ao Rio de Janeiro nos ajude a amar mais e servir à Deus e a trabalhar na Igreja pela santificação de todos que precisam da graça de Deus. Nossa Senhora de Nazaré, rogai por nós que recorremos a Vós!

Orani João, Cardeal Tempesta, O. Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ
Cardeal Orani João Tempesta
Autor

Cardeal Orani João Tempesta

Arcebispo da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro