12 de Março de 2025
Dia do Trabalhador
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01/05/2019 10:22 - Atualizado em 01/05/2019 10:22
Dia do Trabalhador 0
01/05/2019 10:22 - Atualizado em 01/05/2019 10:22
No dia 1° de maio, conhecido como dia do trabalhador, dia em que refletimos sobre as condições em que os trabalhos são propostos e nas situações em que nossos trabalhadores se encontram, a Igreja, desde o ano de 1955, por iniciativa do papa Pio XII, vem celebrando a memória de São José Operário, padroeiro e protetor dos trabalhadores. Neste dia rezamos por todos eles e retomamos o compromisso da Igreja com o estabelecimento da justiça social no âmbito do trabalho. Rezamos de forma muito especial por aqueles que estão desempregados e suas consequências e por aqueles que ainda hoje seguem sendo explorados em sua capacidade de trabalho, em nome de uma cultura que coloca o lucro no lugar da dignidade humana.
O Patrocínio de São José neste dia vem exatamente pelas várias vezes em que a Escritura e a Tradição da Igreja ressaltam, junto com a humildade e o silencio de José, seu trabalho. O Justo José é o modelo ideal de operário e de homem que viveu a caridade. Ele sustentou sua família durante toda a vida com o trabalho de suas próprias mãos; cumpriu sempre seus deveres para com a comunidade; ensinou ao Filho de Deus a profissão de carpinteiro e, desta maneira suada e laboriosa, permitiu que as profecias se cumprissem e seu povo fosse salvo, assim como toda a Humanidade.
Proclamando São José como protetor dos trabalhadores, a Igreja quis demonstrar que está ao lado deles, os mais oprimidos, dando-lhes como patrono o mais exemplar dos homens, aquele que aceitou ser pai adotivo de Deus feito homem, mesmo sabendo o que poderia acontecer à sua família. José lutou pelos direitos da vida do ser humano e, agora, coloca-se ombro a ombro na luta pelos direitos humanos dos trabalhadores do mundo por meio dos membros da Igreja, que aumentam as fileiras dos que defendem os operários e seu direito a uma vida digna.
Podemos dizer que o pensar da Igreja acerca do trabalho consiste em que o trabalho dignifica o homem e deve aperfeiçoá-lo e deve ser uma contribuição para a sociedade. Quem trabalha se realiza, constrói a sociedade e presta um serviço aos irmãos e irmãs. Existem, porém, os que exploram seus semelhantes formando uma sociedade injusta e perversa. Além disso, existem as situações de “trabalho escravo”, ainda hoje, que tiram toda a beleza da dignidade humana. Portanto, ao lado de tanta beleza da importância do trabalho não podemos nos esquecer das situações injustas. E neste tempo, especificamente em nosso país, o grande número de desempregados, que não têm como sustentar sua família devido à situação de crise nacional.
As leituras que são propostas como próprias para a memória do dia de hoje, vão mostrando o lugar especial que tem o trabalho no plano de Deus e seu valor salvífico para o ser humano.
Na leitura tirada do livro do Gênesis, vemos o relato da criação do homem à imagem e semelhança de Deus. Mesmo sendo um texto rico em detalhes, podemos olhar especialmente para dois deles: o primeiro é que o homem foi criado à imagem e semelhança do Criador. Por vocação, o homem é chamado a ser continuador da obra criadora de Deus. Ao mesmo tempo, Deus dá ao homem o dever de Sede fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a! O trabalho humano deve ser entendido como cooperação própria do homem no projeto que Deus tinha para criar o mundo. Como nos recorda o Vaticano II Quando o homem, usando as suas mãos ou recorrendo à técnica, trabalha a terra para que ela produza frutos e se torne habitação digna para toda a humanidade, ou quando participa conscientemente na vida social dos diversos grupos, está a dar realização à vontade que Deus manifestou no começo dos tempos, de que dominasse a terra e completasse a obra da criação, ao mesmo tempo que se vai aperfeiçoando a si mesmo; cumpre igualmente o mandamento de Cristo, de se consagrar ao serviço de seus irmãos. (GS 57).
O Salmo 89 vai apresentando um pedido ao Senhor: fazei dar frutos o labor de nossas mãos. O salmista vincula o êxito de seu trabalho com a ação de Deus. O trabalho de nossas mãos pode estar vinculado a Deus. Ou melhor, o trabalho de nossas mãos pode ser caminho de encontro com Deus. A missão do cristão no mundo é a santificação do trabalho. A participação no ministério sacerdotal de Cristo pelo batismo está exatamente em fazer de nosso trabalho e das circunstâncias do dia a dia os altares onde santificamos nossa existência e oferecemos o trabalho bem feito como sacrifício a Deus. Nossa vocação humana é parte importante da nossa vocação divina. Todo trabalho é testemunho da dignidade do homem, é ocasião de desenvolvimento da própria personalidade, é vínculo de união com os outros, fonte de recursos para sustentar a própria família e meio de contribuir para a melhora da sociedade.
O trecho do Evangelho de Mateus (13, 54-58) apresenta Jesus ensinando na sinagoga de sua terra e causando a admiração de todos que o conheciam. Ante tal admiração perguntam-se se este não é o filho do carpinteiro. Como é bonito constatar que José é conhecido por todos de sua região como um homem trabalhador. Desenvolve sua atividade de guardião dos tesouros de Deus sendo alguém que se destaca e que tem como marca o seu trabalho.
Peçamos a intercessão de São José para realizar bem o ofício que nos ocupa tantas horas: as tarefas domésticas, profissionais, o laboratório, o arado ou o computador, o trabalho de carregar pacotes ou de cuidar da portaria de um edifício. A categoria de um trabalho reside na sua capacidade de nos aperfeiçoar humana e, sobrenaturalmente, nas possibilidades que nos oferece, de levar adiante a família e de colaborar nas obras em favor dos homens, na ajuda que através dele prestamos à sociedade.
Tantos são os que estão desempregados, infelizmente. Vamos pedir, no início do mês de maio, dedicado à Virgem Maria, que por intercessão da Mãe de Deus e do Pai adotivo de Jesus, São José, que emprego e renda sejam concedidos a quem está fora do mercado de trabalho. Agradeçamos, também, a Deus o trabalho que temos que garante o nosso sustento e de nossas famílias!
Ó Deus, criador do universo, que destes aos homens a lei do trabalho, concedei-nos, pelo exemplo e a proteção de São José, cumprir nossas tarefas e alcançar os prêmios prometidos. (Missal Romano, Oração coleta da memória de SãoJosé Operário).
Dia do Trabalhador
01/05/2019 10:22 - Atualizado em 01/05/2019 10:22
No dia 1° de maio, conhecido como dia do trabalhador, dia em que refletimos sobre as condições em que os trabalhos são propostos e nas situações em que nossos trabalhadores se encontram, a Igreja, desde o ano de 1955, por iniciativa do papa Pio XII, vem celebrando a memória de São José Operário, padroeiro e protetor dos trabalhadores. Neste dia rezamos por todos eles e retomamos o compromisso da Igreja com o estabelecimento da justiça social no âmbito do trabalho. Rezamos de forma muito especial por aqueles que estão desempregados e suas consequências e por aqueles que ainda hoje seguem sendo explorados em sua capacidade de trabalho, em nome de uma cultura que coloca o lucro no lugar da dignidade humana.
O Patrocínio de São José neste dia vem exatamente pelas várias vezes em que a Escritura e a Tradição da Igreja ressaltam, junto com a humildade e o silencio de José, seu trabalho. O Justo José é o modelo ideal de operário e de homem que viveu a caridade. Ele sustentou sua família durante toda a vida com o trabalho de suas próprias mãos; cumpriu sempre seus deveres para com a comunidade; ensinou ao Filho de Deus a profissão de carpinteiro e, desta maneira suada e laboriosa, permitiu que as profecias se cumprissem e seu povo fosse salvo, assim como toda a Humanidade.
Proclamando São José como protetor dos trabalhadores, a Igreja quis demonstrar que está ao lado deles, os mais oprimidos, dando-lhes como patrono o mais exemplar dos homens, aquele que aceitou ser pai adotivo de Deus feito homem, mesmo sabendo o que poderia acontecer à sua família. José lutou pelos direitos da vida do ser humano e, agora, coloca-se ombro a ombro na luta pelos direitos humanos dos trabalhadores do mundo por meio dos membros da Igreja, que aumentam as fileiras dos que defendem os operários e seu direito a uma vida digna.
Podemos dizer que o pensar da Igreja acerca do trabalho consiste em que o trabalho dignifica o homem e deve aperfeiçoá-lo e deve ser uma contribuição para a sociedade. Quem trabalha se realiza, constrói a sociedade e presta um serviço aos irmãos e irmãs. Existem, porém, os que exploram seus semelhantes formando uma sociedade injusta e perversa. Além disso, existem as situações de “trabalho escravo”, ainda hoje, que tiram toda a beleza da dignidade humana. Portanto, ao lado de tanta beleza da importância do trabalho não podemos nos esquecer das situações injustas. E neste tempo, especificamente em nosso país, o grande número de desempregados, que não têm como sustentar sua família devido à situação de crise nacional.
As leituras que são propostas como próprias para a memória do dia de hoje, vão mostrando o lugar especial que tem o trabalho no plano de Deus e seu valor salvífico para o ser humano.
Na leitura tirada do livro do Gênesis, vemos o relato da criação do homem à imagem e semelhança de Deus. Mesmo sendo um texto rico em detalhes, podemos olhar especialmente para dois deles: o primeiro é que o homem foi criado à imagem e semelhança do Criador. Por vocação, o homem é chamado a ser continuador da obra criadora de Deus. Ao mesmo tempo, Deus dá ao homem o dever de Sede fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a! O trabalho humano deve ser entendido como cooperação própria do homem no projeto que Deus tinha para criar o mundo. Como nos recorda o Vaticano II Quando o homem, usando as suas mãos ou recorrendo à técnica, trabalha a terra para que ela produza frutos e se torne habitação digna para toda a humanidade, ou quando participa conscientemente na vida social dos diversos grupos, está a dar realização à vontade que Deus manifestou no começo dos tempos, de que dominasse a terra e completasse a obra da criação, ao mesmo tempo que se vai aperfeiçoando a si mesmo; cumpre igualmente o mandamento de Cristo, de se consagrar ao serviço de seus irmãos. (GS 57).
O Salmo 89 vai apresentando um pedido ao Senhor: fazei dar frutos o labor de nossas mãos. O salmista vincula o êxito de seu trabalho com a ação de Deus. O trabalho de nossas mãos pode estar vinculado a Deus. Ou melhor, o trabalho de nossas mãos pode ser caminho de encontro com Deus. A missão do cristão no mundo é a santificação do trabalho. A participação no ministério sacerdotal de Cristo pelo batismo está exatamente em fazer de nosso trabalho e das circunstâncias do dia a dia os altares onde santificamos nossa existência e oferecemos o trabalho bem feito como sacrifício a Deus. Nossa vocação humana é parte importante da nossa vocação divina. Todo trabalho é testemunho da dignidade do homem, é ocasião de desenvolvimento da própria personalidade, é vínculo de união com os outros, fonte de recursos para sustentar a própria família e meio de contribuir para a melhora da sociedade.
O trecho do Evangelho de Mateus (13, 54-58) apresenta Jesus ensinando na sinagoga de sua terra e causando a admiração de todos que o conheciam. Ante tal admiração perguntam-se se este não é o filho do carpinteiro. Como é bonito constatar que José é conhecido por todos de sua região como um homem trabalhador. Desenvolve sua atividade de guardião dos tesouros de Deus sendo alguém que se destaca e que tem como marca o seu trabalho.
Peçamos a intercessão de São José para realizar bem o ofício que nos ocupa tantas horas: as tarefas domésticas, profissionais, o laboratório, o arado ou o computador, o trabalho de carregar pacotes ou de cuidar da portaria de um edifício. A categoria de um trabalho reside na sua capacidade de nos aperfeiçoar humana e, sobrenaturalmente, nas possibilidades que nos oferece, de levar adiante a família e de colaborar nas obras em favor dos homens, na ajuda que através dele prestamos à sociedade.
Tantos são os que estão desempregados, infelizmente. Vamos pedir, no início do mês de maio, dedicado à Virgem Maria, que por intercessão da Mãe de Deus e do Pai adotivo de Jesus, São José, que emprego e renda sejam concedidos a quem está fora do mercado de trabalho. Agradeçamos, também, a Deus o trabalho que temos que garante o nosso sustento e de nossas famílias!
Ó Deus, criador do universo, que destes aos homens a lei do trabalho, concedei-nos, pelo exemplo e a proteção de São José, cumprir nossas tarefas e alcançar os prêmios prometidos. (Missal Romano, Oração coleta da memória de SãoJosé Operário).
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