02 de Fevereiro de 2025
Cristo: a mais bela juventude deste mundo
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03/04/2019 20:07 - Atualizado em 03/04/2019 20:12
Cristo: a mais bela juventude deste mundo 0
03/04/2019 20:07 - Atualizado em 03/04/2019 20:12
«Cristo vive: é Ele a nossa esperança e a mais bela juventude deste mundo! Tudo o que toca torna-se jovem, fica novo, enche-se de vida. Por isso as primeiras palavras, que quero dirigir a cada jovem cristão, são estas: Ele vive e quer-te vivo!».
Assim começa a Exortação Apostólica pós-sinodal "Christus vivit" do Papa Francisco, assinada segunda-feira, 25 de março, Solenidade da Anunciação do Senhor, em Loreto, no Santuário da Santa Casa, publicada nesta terça-feira, dia 02 de abril e dirigida «aos jovens e a todo o povo de Deus». No documento, composto por nove capítulos (além da introdução e conclusão), e que tem o estilo de uma Carta aos Jovens, um sinal concreto daquela escuta, daquele diálogo e do caminhar juntos desejado pelos participantes do Sínodo, o Papa explica que se deixou «inspirar pela riqueza das reflexões e diálogos do Sínodo dos jovens», celebrado no Vaticano em outubro de 2018.
Tal exortação é dirigida especialmente aos jovens, mas tem como destinatária a Igreja inteira, já que todos somos mebros vivos do Cristo Vivo e sempre jovem. Por isso, as palavras apresentadas na exortação são de importância para toda a Igreja e vem a nós num contexto quaresmal, onde somos chamados à revisão de vida, conversão e a caminhar para a vida nova da Ressureição de Cristo. Portanto, são palavras dirigidas a toda a Igreja.
A Carta começa trazendo uma perspectiva Bíblica sobre a figura do Jovem, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. Apresenta brevemente figuras jovens como José, Samuel, Davi, Jeremias, passando no segundo capítulo a falar sobre a Figura de dois jovens fundamentais para a vida da Igreja: Jesus Cristo sempre Jovem e Maria, a Jovem de Nazaré.
Após esta perspectiva Bíblica, o Papa apresenta uma perspectiva de atualidade sobre a figura do jovem, colocando-o não como alguém que deva ser projetado e considerado somente a partir de uma perspectiva de futuro, mas apresentando a valorização do seu agora: Os jovens são o Agora de Deus. Não podemos limitar-nos a dizer, afirma Francisco, que «os jovens são o futuro do mundo: são o presente, estão a enriquecê-lo com a sua contribuição» (CV 64). Por isso é preciso escutá-los mesmo se «prevalece a tendência de fornecer respostas pré-fabricadas e receitas prontas, sem deixar assomar as perguntas juvenis na sua novidade e captar a sua interpelação» (CV 65). Neste capítulo, o Santo Padre faz um apanhado geral sobre os vetores que atravessam a situação dos jovens hoje, a partir da inserção destes em ambientes culturais diversos, acenando seus desejos, feridas e buscas, apontando de forma especial o ambiente digital, criador de uma nova forma de se comunicar,mas ao mesmo tempo tem se tornado um ambiente de solidão e manipulação.
Após apresentar um panorama geral e abrangente sobre as situações que constituem o dsenvolvimento da juventude hoje, o papa anuncia aos jovens, como maneira de lidar com os ambientes em que estão inseridos, três grandes verdades:
A primeira delas é que Deus que é amor. Apresenta um convite a que os jovens não se esqueçam desta verdade fundamental, que sempre foi o primeiro aspecto do Kerigma. Afirma o Papa: O coração de Deus não é um “disco rígido” que grava e armazena todos os nossos dados, a sua memória é um coração terno e rico de compaixão, que se alegra em eliminar definitivamente todos os nossos vestígios de mal… Porque te ama. Procura ficar um momento em silêncio, deixando-te amar por Ele» (CV 115). E o seu é um amor que «entende mais de levantamentos que de quedas, mais de reconciliação que de proibições, mais de dar nova oportunidade que de condenar, mais de futuro que de passado»
A segunda verdade é a de que Cristo te salva. Jesus nos ama e nos salva porque «só o que se ama pode ser salvo. Só o que se abraça, pode ser transformado. O amor do Senhor é maior que todas as nossas contradições, que todas as nossas fragilidades e que todas as nossas mesquinhices. (CV 120)
Logo vem a terceira verdade: Cristo Vive. Cristo não pode somente ser visto e recordado como uma figura do passado. Cristo vive no presente: Hoje, agora! «Ele vive, isso é uma garantia de que o bem pode triunfar na nossa vida…Então podemos deixar de nos lamentar e podemos olhar em frente, porque com Ele é possível sempre olhar em frente». (CV 124).
Nos capítulos seguintes, são indicadas ações práticas que incentivem a vivência da juventude como caminho edificante na vida da Igreja, deixando de lado aquela visão da juventude como etapa de transição e de questionamentos, para uma etapa de edificar e criar raízes. Fala da ncecessidade de que hajam jovens comprometidos com o crescimento espiritual e com a busca da maturidade, trilhando o caminho da fraternidade, e lançando-se no caminho do empenho social e a que sejam missionários corajosos sendo Igreja jovem junto dos jovens, ali onde estes se encontram. Interessante é a menção que faz o papa da importância da relação dos jovens com os idosos: Isto não significa que tenhas de estar de acordo com tudo o que eles dizem, nem que deves aprovar todas as suas ações» trata-se «simplesmente de se manter aberto para recolher uma sabedoria que se comunica de geração em geração» (CV 190).
O capítulo sétimo vai apresentra uma ampla consideração sobre a Pastoral dos Jovens, já que eles «são agentes da pastoral juvenil, acompanhados e orientados mas livres para encontrar caminhos sempre novos, com criatividade e ousadia»(CV 203). O documento oferece um direcionamento concreto da relação da Igreja com os jovens, apresentando para estas duas grandes linhas de ação: a busca e o crescimento. O papa confia na capacidade dos jovens de «encontrar os caminhos atraentes para convidar»: «devemos apenas estimular os jovens e dar-lhes liberdade de ação». O mais importante, porém,«é que cada jovem ouse semear o primeiro anúncio na terra fértil que é o coração doutro jovem» (210). Deve-se privilegiar «a linguagem da proximidade, a linguagem do amor desinteressado, relacional e existencial que toca o coração», aproximando-se dos jovens «com a gramática do amor, não com o proselitismo» (211). Jovens buscando outros jovens sendo jovens. Quanto ao crescimento, mais do que encontros de formação e aprofundamentos, deve-se buscar uma pastoral centrada no kerigma e , «a pastoral juvenil deveria incluir sempre momentos que ajudem a renovar e aprofundar a experiência pessoal do amor de Deus e de Jesus Cristo vivo» (214). E deve ajudar os jovens a «crescer na fraternidade, viver como irmãos, auxiliar-se mutuamente, criar comunidade, servir os outros, aproximar-se dos pobres» (215). O papa ressalta a importância de que existem ambientes adequados onde se desenvolva a acolhida aos jovens, ressalta a importância da pastoral da educação e tratando das principais áreas de desenvolvimento pastoral, o Papa indica as «expressões artísticas» (226), a «prática desportiva» (227), e o compromisso pela salvaguarda do meio ambiente (228). Termina este capítulo ressaltando a importância de uma pastoral juvenil popular, sabendo estar atenta e acompanhar os carismas que o Espírito oferece a ela.
Finalmente, os dois capítulos finais vão falar de uma temática bastante pertinente para a figura do jovem dentro do contexto eclesial: a questão da vocação e do discernimento vocacional. Pivilegia a vivência da vocação primordial à vida e à Filiação Divina, para só então tocar na temática das vocações específicas. Ao falar do discernimento, o papa ressalta a importância da solidão, do silêncio e da oração, para que este realmente aconteça.
A exortação se conclui com um desejodo Papa Francisco: «Queridos jovens, ficarei feliz vendo-vos correr mais rápido do que os lentos e medrosos. Correi atraídos por aquele Rosto tão amado, que adoramos na sagrada Eucaristia e reconhecemos na carne do irmão que sofre…A Igreja precisa do vosso ímpeto, das vossas intuições, da vossa fé...E quando chegardes aonde nós ainda não chegamos, tende a paciência de esperar por nós» (CV 299).
Não há como receber este documento voltado para os nossos Jovens e não se lembrar do grande acontecimento que tivemos em nossa Arquidiocese no ano de 2013, a Jornada Mundial da Juventude, onde todos experimentamos a força e a eficácia do que é ser uma igreja jovem.
Convido a todos os cristãos da nossa arquidiocese ao contato com estas palavras do papa Francisco e a uma revisão pastoral sobre o lugar do jovem dentro de nossas comunidades, o lugar que eles ocupam, a acolhida que damos a eles, a vivência fraterna que temos em relação a eles. Que o Senhor Ressuscitado, o Cristo sempre Jovem que vive para sempre, aquele que crescia em sabedoria, estatura e Graça diante de Deus e diante dos homens, nos dê o discernimento necessário para este chamado a converter-se igreja jovem e para os Jovens. Que a Jovem Virgem de Nazaré nos acompanhe nesse caminho de acolhida da mensagem de Cristo.
Cristo: a mais bela juventude deste mundo
03/04/2019 20:07 - Atualizado em 03/04/2019 20:12
«Cristo vive: é Ele a nossa esperança e a mais bela juventude deste mundo! Tudo o que toca torna-se jovem, fica novo, enche-se de vida. Por isso as primeiras palavras, que quero dirigir a cada jovem cristão, são estas: Ele vive e quer-te vivo!».
Assim começa a Exortação Apostólica pós-sinodal "Christus vivit" do Papa Francisco, assinada segunda-feira, 25 de março, Solenidade da Anunciação do Senhor, em Loreto, no Santuário da Santa Casa, publicada nesta terça-feira, dia 02 de abril e dirigida «aos jovens e a todo o povo de Deus». No documento, composto por nove capítulos (além da introdução e conclusão), e que tem o estilo de uma Carta aos Jovens, um sinal concreto daquela escuta, daquele diálogo e do caminhar juntos desejado pelos participantes do Sínodo, o Papa explica que se deixou «inspirar pela riqueza das reflexões e diálogos do Sínodo dos jovens», celebrado no Vaticano em outubro de 2018.
Tal exortação é dirigida especialmente aos jovens, mas tem como destinatária a Igreja inteira, já que todos somos mebros vivos do Cristo Vivo e sempre jovem. Por isso, as palavras apresentadas na exortação são de importância para toda a Igreja e vem a nós num contexto quaresmal, onde somos chamados à revisão de vida, conversão e a caminhar para a vida nova da Ressureição de Cristo. Portanto, são palavras dirigidas a toda a Igreja.
A Carta começa trazendo uma perspectiva Bíblica sobre a figura do Jovem, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. Apresenta brevemente figuras jovens como José, Samuel, Davi, Jeremias, passando no segundo capítulo a falar sobre a Figura de dois jovens fundamentais para a vida da Igreja: Jesus Cristo sempre Jovem e Maria, a Jovem de Nazaré.
Após esta perspectiva Bíblica, o Papa apresenta uma perspectiva de atualidade sobre a figura do jovem, colocando-o não como alguém que deva ser projetado e considerado somente a partir de uma perspectiva de futuro, mas apresentando a valorização do seu agora: Os jovens são o Agora de Deus. Não podemos limitar-nos a dizer, afirma Francisco, que «os jovens são o futuro do mundo: são o presente, estão a enriquecê-lo com a sua contribuição» (CV 64). Por isso é preciso escutá-los mesmo se «prevalece a tendência de fornecer respostas pré-fabricadas e receitas prontas, sem deixar assomar as perguntas juvenis na sua novidade e captar a sua interpelação» (CV 65). Neste capítulo, o Santo Padre faz um apanhado geral sobre os vetores que atravessam a situação dos jovens hoje, a partir da inserção destes em ambientes culturais diversos, acenando seus desejos, feridas e buscas, apontando de forma especial o ambiente digital, criador de uma nova forma de se comunicar,mas ao mesmo tempo tem se tornado um ambiente de solidão e manipulação.
Após apresentar um panorama geral e abrangente sobre as situações que constituem o dsenvolvimento da juventude hoje, o papa anuncia aos jovens, como maneira de lidar com os ambientes em que estão inseridos, três grandes verdades:
A primeira delas é que Deus que é amor. Apresenta um convite a que os jovens não se esqueçam desta verdade fundamental, que sempre foi o primeiro aspecto do Kerigma. Afirma o Papa: O coração de Deus não é um “disco rígido” que grava e armazena todos os nossos dados, a sua memória é um coração terno e rico de compaixão, que se alegra em eliminar definitivamente todos os nossos vestígios de mal… Porque te ama. Procura ficar um momento em silêncio, deixando-te amar por Ele» (CV 115). E o seu é um amor que «entende mais de levantamentos que de quedas, mais de reconciliação que de proibições, mais de dar nova oportunidade que de condenar, mais de futuro que de passado»
A segunda verdade é a de que Cristo te salva. Jesus nos ama e nos salva porque «só o que se ama pode ser salvo. Só o que se abraça, pode ser transformado. O amor do Senhor é maior que todas as nossas contradições, que todas as nossas fragilidades e que todas as nossas mesquinhices. (CV 120)
Logo vem a terceira verdade: Cristo Vive. Cristo não pode somente ser visto e recordado como uma figura do passado. Cristo vive no presente: Hoje, agora! «Ele vive, isso é uma garantia de que o bem pode triunfar na nossa vida…Então podemos deixar de nos lamentar e podemos olhar em frente, porque com Ele é possível sempre olhar em frente». (CV 124).
Nos capítulos seguintes, são indicadas ações práticas que incentivem a vivência da juventude como caminho edificante na vida da Igreja, deixando de lado aquela visão da juventude como etapa de transição e de questionamentos, para uma etapa de edificar e criar raízes. Fala da ncecessidade de que hajam jovens comprometidos com o crescimento espiritual e com a busca da maturidade, trilhando o caminho da fraternidade, e lançando-se no caminho do empenho social e a que sejam missionários corajosos sendo Igreja jovem junto dos jovens, ali onde estes se encontram. Interessante é a menção que faz o papa da importância da relação dos jovens com os idosos: Isto não significa que tenhas de estar de acordo com tudo o que eles dizem, nem que deves aprovar todas as suas ações» trata-se «simplesmente de se manter aberto para recolher uma sabedoria que se comunica de geração em geração» (CV 190).
O capítulo sétimo vai apresentra uma ampla consideração sobre a Pastoral dos Jovens, já que eles «são agentes da pastoral juvenil, acompanhados e orientados mas livres para encontrar caminhos sempre novos, com criatividade e ousadia»(CV 203). O documento oferece um direcionamento concreto da relação da Igreja com os jovens, apresentando para estas duas grandes linhas de ação: a busca e o crescimento. O papa confia na capacidade dos jovens de «encontrar os caminhos atraentes para convidar»: «devemos apenas estimular os jovens e dar-lhes liberdade de ação». O mais importante, porém,«é que cada jovem ouse semear o primeiro anúncio na terra fértil que é o coração doutro jovem» (210). Deve-se privilegiar «a linguagem da proximidade, a linguagem do amor desinteressado, relacional e existencial que toca o coração», aproximando-se dos jovens «com a gramática do amor, não com o proselitismo» (211). Jovens buscando outros jovens sendo jovens. Quanto ao crescimento, mais do que encontros de formação e aprofundamentos, deve-se buscar uma pastoral centrada no kerigma e , «a pastoral juvenil deveria incluir sempre momentos que ajudem a renovar e aprofundar a experiência pessoal do amor de Deus e de Jesus Cristo vivo» (214). E deve ajudar os jovens a «crescer na fraternidade, viver como irmãos, auxiliar-se mutuamente, criar comunidade, servir os outros, aproximar-se dos pobres» (215). O papa ressalta a importância de que existem ambientes adequados onde se desenvolva a acolhida aos jovens, ressalta a importância da pastoral da educação e tratando das principais áreas de desenvolvimento pastoral, o Papa indica as «expressões artísticas» (226), a «prática desportiva» (227), e o compromisso pela salvaguarda do meio ambiente (228). Termina este capítulo ressaltando a importância de uma pastoral juvenil popular, sabendo estar atenta e acompanhar os carismas que o Espírito oferece a ela.
Finalmente, os dois capítulos finais vão falar de uma temática bastante pertinente para a figura do jovem dentro do contexto eclesial: a questão da vocação e do discernimento vocacional. Pivilegia a vivência da vocação primordial à vida e à Filiação Divina, para só então tocar na temática das vocações específicas. Ao falar do discernimento, o papa ressalta a importância da solidão, do silêncio e da oração, para que este realmente aconteça.
A exortação se conclui com um desejodo Papa Francisco: «Queridos jovens, ficarei feliz vendo-vos correr mais rápido do que os lentos e medrosos. Correi atraídos por aquele Rosto tão amado, que adoramos na sagrada Eucaristia e reconhecemos na carne do irmão que sofre…A Igreja precisa do vosso ímpeto, das vossas intuições, da vossa fé...E quando chegardes aonde nós ainda não chegamos, tende a paciência de esperar por nós» (CV 299).
Não há como receber este documento voltado para os nossos Jovens e não se lembrar do grande acontecimento que tivemos em nossa Arquidiocese no ano de 2013, a Jornada Mundial da Juventude, onde todos experimentamos a força e a eficácia do que é ser uma igreja jovem.
Convido a todos os cristãos da nossa arquidiocese ao contato com estas palavras do papa Francisco e a uma revisão pastoral sobre o lugar do jovem dentro de nossas comunidades, o lugar que eles ocupam, a acolhida que damos a eles, a vivência fraterna que temos em relação a eles. Que o Senhor Ressuscitado, o Cristo sempre Jovem que vive para sempre, aquele que crescia em sabedoria, estatura e Graça diante de Deus e diante dos homens, nos dê o discernimento necessário para este chamado a converter-se igreja jovem e para os Jovens. Que a Jovem Virgem de Nazaré nos acompanhe nesse caminho de acolhida da mensagem de Cristo.
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