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Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, 17/05/2024

17 de Maio de 2024

O Ano Litúrgico

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18/10/2013 16:16 - Atualizado em 18/10/2013 16:18

O Ano Litúrgico 0

18/10/2013 16:16 - Atualizado em 18/10/2013 16:18

O Ano Litúrgico / Arqrio

A constituição dogmática Sacrosanctum Concilium, no número 102, afirma que o Ano Litúrgico “revela todo o mistério de Cristo no decorrer do ano, desde a Encarnação e Nascimento até a Ascensão, ao Pentecostes, à expectativa da feliz esperança e da vinda do Senhor”. Vamos nos deter um pouco neste ciclo anual no qual a Igreja faz memória, pela força do Espírito Santo, da vida de seu Senhor e, com isto, glorifica ao Pai e santifica os homens.

Páscoa, núcleo do Ano Litúrgico

O centro da celebração da Igreja é o mistério da morte e da ressurreição de Jesus. Por isso, uma vez por ano, celebramos a solenidade da ressurreição do Senhor, a Páscoa anual. A data desta festa é móvel, obedecendo ao calendário lunar. Fixou-se a Páscoa no primeiro domingo que segue a lua cheia após o equinócio da primavera (do Hemisfério Norte). Todavia, a celebração do domingo da Páscoa pertence ao Tríduo Pascal. Este começando nas vésperas da quinta-feira anterior (celebração da Ceia do Senhor), passa pela sexta-feira (ato litúrgico da Paixão do Senhor) e pelo Sábado (dia do grande silêncio), e desemboca na grande Vigília Pascal que inicia o Domingo da Páscoa. “Partindo do Tríduo Pascal, como de sua fonte de luz, o tempo novo da Ressurreição enche todo o Ano Litúrgico com sua claridade” (CIC nº 1.168), pois “o Ano Litúrgico é o desdobramento dos diversos aspectos do único mistério pascal de Cristo” (CIC nº 1.171).

O Tempo da Quaresma e da Páscoa

No tempo da Quaresma, inspirados nos 40 dias em que Jesus esteve no deserto, temos o período de preparação para a Páscoa. O primeiro dia da Quaresma é a quarta-feira de cinzas. Este tempo conta com seis domingos celebrativos, sendo que o sexto se chama Domingo de Ramos ou da Paixão do Senhor, e com ele se inicia a Semana Santa. Possui duas características segundo a SC nº 109: preparar tanto os catecúmenos para receber os sacramentos no Tempo Pascal, quanto os cristãos iniciados para a celebração do mistério pascal, e ser um tempo de penitência e conversão.

O Tempo da Páscoa decorre do primeiro domingo da Páscoa até a solenidade de Pentecostes. Ele tem sete domingos celebrativos nos quais se recordam as aparições do Ressuscitado, a sua ascensão ao Céu e o envio do Espírito Santo sobre os apóstolos no cenáculo, manifestando a Igreja. Os oito primeiros dias do tempo da Páscoa, ou seja, do primeiro até o segundo domingo, são chamados de ‘oitava da Páscoa’. Estes dias são celebrados com a mesma dignidade do grande domingo, pois são comemorados como um único dia solene. Na verdade todo o Tempo da Páscoa é visto como um grande domingo que se estende por cinquenta dias.

O Natal e o seu ciclo

Dando início ao Ano Litúrgico e apontando o mistério da Páscoa, se encontra o ciclo do Natal, composto pelo Tempo do Advento e do Natal. O Tempo do Advento não tem um número fixo de dias e depende sempre da celebração do Natal. Ele começa na tarde (I Vésperas) do primeiro domingo após a solenidade de Cristo Rei e se desenvolve até o momento anterior à tarde (I Vésperas) do Natal. É composto por quatro semanas e, assim, quatro domingos celebrativos. Possui uma dupla característica: preparar os cristãos para celebrar a solenidade do Natal e, com isso, anunciar a segunda vinda do Senhor.

O Tempo do Natal se estende da tarde da festa do Natal até a festa do Batismo do Senhor. É um tempo rico em solenidades e festas que marcam a manifestação de Deus aos homens por meio da Encarnação do Verbo. Assim, temos a solenidade do Nascimento do Senhor com sua respectiva oitava, a festa da Sagrada Família, a solenidade da Santa Mãe de Deus, a solenidade da Epifania do Senhor, e a festa do Batismo do Senhor.

O Tempo Comum

O restante do ano, cerca de 33 ou 34 semanas, se chama Tempo Comum. Este se divide em duas etapas: uma entre o Tempo do Natal e o da Quaresma e outra entre o Tempo da Páscoa e o do Advento. Na última semana do Ano Litúrgico, celebra-se Jesus Cristo, Rei do Universo. Neste período, o domingo é o dia principal de celebração, é a Páscoa semanal do cristão. Pois aquilo que a Festa da Páscoa representa para o Ano Litúrgico, o domingo representa para a semana litúrgica. Os chamados ‘dias férias’ são dias celebrativos nos quais a assembleia se alimenta cotidianamente da Palavra de Deus e dos sacramentos. Em alguns domingos e dias férias deste tempo celebramos solenidades, festas e memórias do Senhor, da Virgem Maria e dos santos.

Para aprofundar...

Para saber mais sobre o assunto, indicamos CIC (Catecismo da Igreja Católica), números 1.168 até 1.173; no Compêndio do Catecismo, perguntas de 241 e 242; no Youcat, perguntas de 184 até 187; e Sacrosanctum Concilium, capítulo V.

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O Ano Litúrgico / Arqrio

O Ano Litúrgico

18/10/2013 16:16 - Atualizado em 18/10/2013 16:18

A constituição dogmática Sacrosanctum Concilium, no número 102, afirma que o Ano Litúrgico “revela todo o mistério de Cristo no decorrer do ano, desde a Encarnação e Nascimento até a Ascensão, ao Pentecostes, à expectativa da feliz esperança e da vinda do Senhor”. Vamos nos deter um pouco neste ciclo anual no qual a Igreja faz memória, pela força do Espírito Santo, da vida de seu Senhor e, com isto, glorifica ao Pai e santifica os homens.

Páscoa, núcleo do Ano Litúrgico

O centro da celebração da Igreja é o mistério da morte e da ressurreição de Jesus. Por isso, uma vez por ano, celebramos a solenidade da ressurreição do Senhor, a Páscoa anual. A data desta festa é móvel, obedecendo ao calendário lunar. Fixou-se a Páscoa no primeiro domingo que segue a lua cheia após o equinócio da primavera (do Hemisfério Norte). Todavia, a celebração do domingo da Páscoa pertence ao Tríduo Pascal. Este começando nas vésperas da quinta-feira anterior (celebração da Ceia do Senhor), passa pela sexta-feira (ato litúrgico da Paixão do Senhor) e pelo Sábado (dia do grande silêncio), e desemboca na grande Vigília Pascal que inicia o Domingo da Páscoa. “Partindo do Tríduo Pascal, como de sua fonte de luz, o tempo novo da Ressurreição enche todo o Ano Litúrgico com sua claridade” (CIC nº 1.168), pois “o Ano Litúrgico é o desdobramento dos diversos aspectos do único mistério pascal de Cristo” (CIC nº 1.171).

O Tempo da Quaresma e da Páscoa

No tempo da Quaresma, inspirados nos 40 dias em que Jesus esteve no deserto, temos o período de preparação para a Páscoa. O primeiro dia da Quaresma é a quarta-feira de cinzas. Este tempo conta com seis domingos celebrativos, sendo que o sexto se chama Domingo de Ramos ou da Paixão do Senhor, e com ele se inicia a Semana Santa. Possui duas características segundo a SC nº 109: preparar tanto os catecúmenos para receber os sacramentos no Tempo Pascal, quanto os cristãos iniciados para a celebração do mistério pascal, e ser um tempo de penitência e conversão.

O Tempo da Páscoa decorre do primeiro domingo da Páscoa até a solenidade de Pentecostes. Ele tem sete domingos celebrativos nos quais se recordam as aparições do Ressuscitado, a sua ascensão ao Céu e o envio do Espírito Santo sobre os apóstolos no cenáculo, manifestando a Igreja. Os oito primeiros dias do tempo da Páscoa, ou seja, do primeiro até o segundo domingo, são chamados de ‘oitava da Páscoa’. Estes dias são celebrados com a mesma dignidade do grande domingo, pois são comemorados como um único dia solene. Na verdade todo o Tempo da Páscoa é visto como um grande domingo que se estende por cinquenta dias.

O Natal e o seu ciclo

Dando início ao Ano Litúrgico e apontando o mistério da Páscoa, se encontra o ciclo do Natal, composto pelo Tempo do Advento e do Natal. O Tempo do Advento não tem um número fixo de dias e depende sempre da celebração do Natal. Ele começa na tarde (I Vésperas) do primeiro domingo após a solenidade de Cristo Rei e se desenvolve até o momento anterior à tarde (I Vésperas) do Natal. É composto por quatro semanas e, assim, quatro domingos celebrativos. Possui uma dupla característica: preparar os cristãos para celebrar a solenidade do Natal e, com isso, anunciar a segunda vinda do Senhor.

O Tempo do Natal se estende da tarde da festa do Natal até a festa do Batismo do Senhor. É um tempo rico em solenidades e festas que marcam a manifestação de Deus aos homens por meio da Encarnação do Verbo. Assim, temos a solenidade do Nascimento do Senhor com sua respectiva oitava, a festa da Sagrada Família, a solenidade da Santa Mãe de Deus, a solenidade da Epifania do Senhor, e a festa do Batismo do Senhor.

O Tempo Comum

O restante do ano, cerca de 33 ou 34 semanas, se chama Tempo Comum. Este se divide em duas etapas: uma entre o Tempo do Natal e o da Quaresma e outra entre o Tempo da Páscoa e o do Advento. Na última semana do Ano Litúrgico, celebra-se Jesus Cristo, Rei do Universo. Neste período, o domingo é o dia principal de celebração, é a Páscoa semanal do cristão. Pois aquilo que a Festa da Páscoa representa para o Ano Litúrgico, o domingo representa para a semana litúrgica. Os chamados ‘dias férias’ são dias celebrativos nos quais a assembleia se alimenta cotidianamente da Palavra de Deus e dos sacramentos. Em alguns domingos e dias férias deste tempo celebramos solenidades, festas e memórias do Senhor, da Virgem Maria e dos santos.

Para aprofundar...

Para saber mais sobre o assunto, indicamos CIC (Catecismo da Igreja Católica), números 1.168 até 1.173; no Compêndio do Catecismo, perguntas de 241 e 242; no Youcat, perguntas de 184 até 187; e Sacrosanctum Concilium, capítulo V.

Padre Vitor Gino Finelon
Autor

Padre Vitor Gino Finelon

Professor das Escolas de Fé e Catequese Mater Ecclesiae e Luz e Vida